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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Estudando a Bíblia: O Primeiro Livro de Samuel


I Samuel, também chamado "Primeiro Livro de Samuel" ou "1 Samuel". Trata-se do primeiro de dois livros (1 e 2 Samuel) dos Livros históricos do Antigo Testamento da Bíblia, vem depois do Livro de Rute e antes de II_Samuel e um único livro na Bíblia Hebraica (Tanak), sendo que não estavam separados no cânon hebraico original. Junto com II Samuel abrange um período de aproximadamente 140 anos (cerca de 1180 a 1040 a.C.).


Divisão do livro original

Acredita-se que este livro formava originalmente uma só obra com II Samuel, I e II Reis. A primeira parte teria sido escrita por Samuel, mas o restante por Natã e Gade. O enorme tamanho deste único rolo, composto por um dos escritores, deve ter levado à sua divisão arbitrária em quatro partes, num tamanho de mais fácil manuseio. Assim, tanto a Septuaginta grega como a Vulgata latina, o chamam de I e II Samuel ,I e II Reis, respectivamente, e I e II, III e IV Reis, reconhecendo que trata-se de uma divisão posterior.

Conteúdo
I Samuel conta a história de Samuel, um importante profeta, e do reinado do rei Saul até a sua morte, incluindo a guerra dos filisteus contra Israel e a grande façanha do jovem pastor Davi (mais tarde rei de Israel), ao derrotar o gigante Golias.
"Samuel falou então ao povo sobre a prerrogativa legítima do reinado, e escreveu-a num livro e depositou-o perante YHVH."
§  Resumo de alguns destaques de I Samuel:
§  YHVH escolhe Samuel como profeta em Israel. (1:1–7:17)
§  Saul torna-se o primeiro rei de Israel. (8:1–15:35)
§  Davi obtém destaque, irando a Saul. (16:1–20:42)
§  Davi torna-se fugitivo. (21:1-27:12)
§  O reinado de Saul chega ao fim. (28:1–31:13)

Interpretações modernas do contexto histórico
Para entender a parte histórica dos livros de Samuel, torna-se necessário conhecer a história bíblica desse período.
As Doze tribos de Israel achavam-se desorganizadas. No período relatado em I Samuel, o perigo em comum obrigou-as a unirem-se. A conclusão lógica deste processo seria o estabelecimento de uma monarquia centralizada.
O livro relata a existência de duas visões opostas sobre o surgimento da autoridade política central: a primeira é contrária e hostil à monarquia, que era a visão mais democrática das tribos do Norte, que viviam em terras mais produtivas, a segunda visão é favorável à monarquia e representa a visão da Tribo de Judá, que vivia em terras menos produtivas. Considerando as duas versões, pode-se concluir que a autoridade é um mal necessário (embora justificável, ela pode ser absoluta, explorar e oprimir o povo) e, ao mesmo tempo, um dom de Deus (uma instituição mediadora, que deve representar, isto é, tornar presente o próprio Deus, único rei que liberta e governa o seu povo).
Por outro lado, Airton José da Silva sustenta que I Samuel 8:11-18 é um discurso colocado na boca de Samuel, por um autor deuteronomista, após a falência da monarquia.
Os inimigos territoriais de Israel — MoabeEdom e Amon - também haviam se organizado em forma similar, inclusive antes que os israelitas chegassem a Canaã, depois de sua grande peregrinação pelo deserto, após terem sido libertos da escravidão Egito. Outro inimigo de Israel, Síria também tinha um governo monárquico.
Os Reis de Israel são retratados nestes livros como cabeças legais e visíveis dum estado nacional organizado. No entanto, compreende-se que a transição não foi abrupta, mas seguiu-se de forma gradual. Logo depois do período dos JuízesDeus escolhe o rei de Israel: Saul. O apoio e a direção de Deus sobre este israelita levam-o a alcançar grandes realizações. Esta nova instituição real aparece logo depois da vitória de Israel sobre Amom relatado em I Samuel. Logo após, o reinado de Saul recebe reconhecimento como autoridade nacional.
Apesar da direção teocrática que a Bíblia outorga aos Reis de Israel e Judá, percebe-se que houve um desvio de proceder da parte de muitos destes, o que incluiu o rei Saul.

Aspectos religiosos
Assim como acontece com outros livros históricos do Antigo Testamento, mediante a mera leitura se evidencia que I Samuel não foi escrito com mero objetivo histórico, mas sua narração está fortemente ligada ao interesse religioso da antiga nação de Israel, e do seu Deus YHVH. Além disso, o registro está em completa harmonia com o restante das Escrituras.
O objetivo da união das 12 tribos, para maior glória de YHVH teria fracassado se não fosse o êxito da escolha do sucessor de Saul, Davi, monarca ideal do ponto de vista do cronista bíblico. Já Salomão e outros Reis posteriores mereceram a reprovação dos escritores deCrónicas e Reis.
Depois da reprovação de Saul, chega a fidelidade de Davi, nome que foi eleito como modelo de liderança esperado por YHVH. Sua autoridade não se compara com nada antes dele. De sua semente nasceria o Messias e esta promessa de esperança messiânica se estende por todos os tempos, até se consolidar com a vinda do Messias (Jesus Cristo).

Formação: A busca da perfeição

O progresso implica ascese e mortificação
Após descer a detalhes sobre o preceito maior do amor ao próximo Jesus deixou esta ordem para Seus seguidores: “Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,38-48). Esta clara determinação do Mestre Divino é um vibrante apelo à fuga de toda e qualquer mediocridade. Cristo está a ensinar que o apelo à santidade é para todo batizado. Muitos são os que julgam que a perfeição cristã está reservada aos grandes místicos como Santa Catarina de Sena, São João da Cruz, o Padre Pio.

Eis aí um ledo erro, pois tal é a vocação de todo aquele que tem fé, dado que Deus já preceituara no Antigo Testamento: “Sede santos, porque eu sou santo”, como está no Livro do Levítico (cf. Lv 2, 43-45). Jesus veio a esta terra para mostrar como colocar em prática esta solicitação divina.

Os santos realizaram, de maneira excelente, aquilo que todo cristão deve querer ser, se tivesse plena consciência de sua vocação.
Não se trata de viver na estratosfera, num estado de alienação, mas simplesmente estar imbuído de uma disposição sincera de adesão à vontade do Ser Supremo, amando-O e ao próximo como Jesus amou. Amar é preferir. É sacrificar as preferências egoístas para aderir às de Deus e aos legítimos interesses dos irmãos na fé, inclusive amando os inimigos e por eles orando.
Na prece do Pai-Nosso se reza o que nem sempre se coloca em prática: “Seja feita a vossa vontade”. São Paulo decodificou o amor ao semelhante com detalhes magníficos: “A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não se ufana, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Cor 13,4-7).
A busca da perfeição, assim conceituada, é sem limites, pois o referencial dado por Cristo é a santidade divina: “Sede perfeitos, como o Pai celeste é perfeito”. Ele deu a Seus seguidores um modelo a imitar. Não se deve abaixar as normas de Deus ao nível dos preceitos humanos. A medida à qual se deve aspirar é a imitação do Todo-Poderoso na Sua infinita santidade. 
Não há nunca um basta na caminhada do verdadeiro cristão. É claro que cada um alça seus voos para o Alto de acordo com seus próprios carismas e sua atividade específica dentro da sociedade. Enraizado no batismo e na confirmação, cada um deve procurar o Reino de Deus ordenando as coisas temporais em vista da salvação própria e a dos outros. Tudo depende da união vital com Cristo, ou seja, uma sólida espiritualidade nutrida por uma participação ativa na Liturgia e expressa no estilo das oito bem-aventuranças evangélicas.
Na prática cotidiana isso significa a competência profissional, o senso sagrado do espírito familiar e cívico, as virtudes sociais. Além disso, à medida do possível, o engajamento nas diversas pastorais colaborando na difusão do verdadeiro Cristianismo. Nunca se deve esquecer de que, para aqueles que assim amam a Deus, tudo coopera para o bem. A sublime missão de todo batizado é ser predestinado a reproduzir a imagem do Filho de Deus para uma multidão de irmãos. Diz São Paulo: “Os que Ele predestinou, Ele também os chamou. Os que Ele chamou, Ele justificou. Os que Ele justificou, ele os glorificou” (Rm 8,28-30). Deste modo, a santidade do povo de Deus se espalha em frutos abundantes como o testemunha com brilho a História da Igreja pela vida de tantos que colocaram seus passos nos passos de Jesus.
A força para o progresso espiritual advém a cada um por meio dos sacramentos que conferem as graças especiais para a vivência plena do Evangelho. O que não se pode, porém, esquecer é que o caminho da perfeição passa pela cruz. Não há santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso implica ascese e mortificação que conduzem gradualmente a viver na paz. A perfeição que Cristo preceitua tem, de fato, que passar pelo Calvário. Os sacrifícios diários no exercício da profissão, as tarefas de todo instante, a convivência com os semelhantes, a luta contra a carne e seus desejos maus e cobiças desregradas, a fuga das ocasiões de pecado, enfim, tudo isso a cada hora sem paciência e muita determinação ninguém consegue se vencer, conviver consigo mesmo e com o próximo.
Animado, contudo, pelo Espírito de Jesus pode o cristão vencer os movimentos desordenados da alma, lutando contra eles. É o que ensina São Paulo: “Os que são de Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo espírito, andemos também no espírito” (Gl 5, 25). É desse modo que o cristão espera a graça da perseverança final e a recompensa de Deus seu Pai pelas boas obras realizadas com Sua graça em comunhão com Jesus. Ao guardar esta regra de vida quem crê, vive na casa da esperança, olhos voltados para a Cidade santa, a Jerusalém celeste. Eis o destino de todo aquele que, viril, corajosa e prontamente busca as veredas da perfeição, as quais nunca se tornam possíveis para os fracos, os pusilânimes, os covardes. Por tudo isso ser santo é ser salvo.

Mensagem: Poder superior


Às vezes nos sentimos enterrados na areia, apertados,
imobilizados, sem conseguir nos mexer.
Nesses momentos precisamos lembrar que não estamos sós.
A ajuda está por perto, basta pedir.
Se invocamos nosso poder superior, nossa fonte espiritual
pode nos ajudar a acreditar que existe ouro escondido
no meio de toda essa areia, e que a própria areia é útil.
“Como um velho garimpeiro, você deve se conformar
em cavar muita areia e peneirá-la pacientemente até
descobrir pequenas pepitas de ouro.”

Políticas devem visar justiça para criar a paz, salienta o Papa

Em seu discurso histórico ao Parlamento alemão, pronunciado nesta quinta-feira, 22, o Papa Bento XVI enfatizou que a política deve ser um compromisso em prol da justiça e, assim, criar as condições para a paz.

Com base na pequena narrativa tirada do Primeiro Livro dos Reis, onde o rei Salomão pede a Deus “um coração dócil, para saber administrar a justiça ao teu povo e discernir o bem do mal”, Bento XVI salienta que a Bíblia quer indicar o que deve, em última análise, ser importante para um político.

“O seu critério último e a motivação para o seu trabalho como político não devem ser o sucesso e menos ainda o lucro material”, reforçou o Pontífice.

A busca pelo sucesso é natural para um político, reconhece o Santo Padre, mas ele salienta que o sucesso há-de estar subordinado ao critério da justiça, à vontade de atuar o direito e à inteligência do direito. “O sucesso pode tornar-se também um aliciamento, abrindo assim a estrada à falsificação do direito, à destruição da justiça”, disse o Papa.


Estado sem justiça

“Nós, alemães, sabemos pela nossa experiência que estas palavras não são um fútil espantalho. Experimentamos a separação entre o poder e o direito, o poder colocar-se contra o direito, o seu espezinhar o direito, de tal modo que o Estado se tornara o instrumento para a destruição do direito: tornara-se uma banda de salteadores muito bem organizada, que podia ameaçar o mundo inteiro e impeli-lo até à beira do precipício”, salientou o Papa.

Para o Santo Padre, servir o direito e combater o domínio da injustiça é a tarefa fundamental do político.

“Num momento histórico em que o homem adquiriu um poder até agora impensável, esta tarefa torna-se particularmente urgente. O homem é capaz de destruir o mundo. Pode manipular-se a si mesmo. Pode, por assim dizer, criar seres humanos e excluir outros seres humanos de serem homens. Como reconhecemos o que é justo? Como podemos distinguir entre o bem e o mal, entre o verdadeiro direito e o direito apenas aparente? O pedido de Salomão permanece a questão decisiva perante a qual se encontram também hoje o homem político e a política”, afirmou.

Bento XVI salientou que nas questões fundamentais do direito, em que está em jogo a dignidade do homem e da humanidade, o princípio maioritário não basta: no processo de formação do direito, cada pessoa que tem responsabilidade deve ela mesma procurar os critérios da própria orientação.

Visita de Bento XVI não agrada a todos os alemães

O Papa inícia esta quinta-feira uma visita à Alemanha. Bento XVI ainda não chegou a Berlim, mas já tem à sua espera várias manifestações.
A fachada do edifício do diário sensacionalista “Bild” saúda, em formato gigante, a visita do Papa ao país natal. Uma reedição da manchete da eleição de Joseph Ratzinger serve para dar as boas-vindas.
Mas a mensagem eufórica contrasta com as críticas ao discurso que pronunciará no Parlamento.
“As críticas ao Papa estão relacionadas com a atitude do Sumo Pontífice em relação ao direito das mulheres à autodeterminação, em relação aos homossexuais e lésbicas”, explica Barbara Holl, do partido de esquerda Die Linke.
Muitos deputados planeiam boicotar a sessão do Bundestag por considerar que o discurso do Papa rompe com o princípio de independência religiosa.
As ações de protesto estendem-se também ao domínio católico.
Como compete aos chefes de Estado, o presidente alemão receberá o Papa. Católico, casado em segundas núpcias, o presidente Christian Wulff lamentou que a Igreja continue a negar a comunhão aos divorciados.
Também católico, o autarca-governador de Berlim Klaus Wowereit, homossexual assumido, lamentou que as obrigações como anfitrião o impeçam de participar nas manifestações.

Arrecadação federal sobe 8,1% em agosto

A arrecadação federal foi recorde em agosto para o mês, mas o crescimento frente ao ano anterior desacelerou, mostraram dados da Receita Federal nesta quinta-feira (22/9).
O governo federal arrecadou R$ 74,608 bilhões em impostos e contribuições em agosto, uma alta real de 8,1% sobre igual mês do ano passado.
Em julho, a arrecadação havia crescido mais de 20%, inflada por um recolhimento extraordinário de tributos da Vale após uma decisão judicial favorável à Receita.
No mês passado, o recolhimento do Imposto de Renda caiu 1,13% na comparação anual e o da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido teve queda de 5,8%, enquanto a do Imposto sobre Produtos Industrializados ficou praticamente estável.
A arrecadação da Cofins, por outro lado, aumentou 12,1% e a do Pis/Pasep, 11,9%.
No acumulado do ano, a arrecadação está em R$ 639,080 bilhões, com crescimento real de 13,26% frente aos R$ 564,253 bilhões recolhidos de janeiro a agosto de 2010.
Os valores são corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Israelenses e palestinos se enfrentam mais uma vez na ONU

No ringue dos conflitos mundiais, a ONU recebe, nesta sexta-feira, adversários já conhecidos. A Palestina, no canto direito, tenta vencer com a admissão de seu Estado como membro das Nações Unidas, enquanto, no canto esquerdo, Israel tenta fazer de tudo para impedir.
Os critérios da decisão serão um pouco mais democráticos. Em vez de socos e chutes, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, terá como arma os votos dos membros do Conselho de Segurança da ONU. Se a maioria dos 15 países que o compõem desejarem, os palestinos passam a ter um lugar nas decisões e discussões das Nações Unidas. A não ser que alguém decida usar o poder de veto.

“Para ter reconhecimento como membro pleno das Nações Unidas, a Palestina precisa da aprovação do Conselho de Segurança, o que não vai acontecer porque os Estados Unidos já disseram que não vão aceitar”, explica o professor de Relação Internacionais da PUC Márcio Scalercio.
Os Estados Unidos são membros permanentes do Conselho de Segurança, o que significa que, seja qual for o resultado da votação, os americanos podem barrar a proposta palestina. Como a diplomacia de Obama já anunciou que usará esse poder veto, as chances de Abbas já são mínimas antes mesmo de o pedido ser oficialmente apresentado.
É claro que nada é certo ainda, já que a votação não ocorreu, mas Scalercio duvida que os Estados Unidos possam mudar de ideia, mesmo sabendo o quanto esse posicionamento “seria péssimo para eles”.
O professor se refere à reação do mundo árabe diante da proposta por um lugar palestino na ONU. Tanto o Egito quanto a Arábia Saudita já se mostraram a favor da adesão, o que os deixou extremamente exaltados com os americanos. Os sauditas declararam que o veto mudará a relação do país com os Estados Unidos, enquanto os egípcios preferiram se dirigir a Israel, dizendo que o acordo de paz que existe entre eles “não é sagrado”.
Para o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim AlZeben, no entanto, a situação norte-americana seria muito mais complicada do que as possíveis retaliações do mundo árabe.
“O veto vai gerar descontentamento geral, não só dos árabes. E os Estados Unidos vão ter que enfrentar essa realidade”, afirmou AlZeben.
De fato, pesquisas e especialistas garantem que o pedido palestino tem grande aprovação. Segundo Scalercio, os palestinos contam com pelos menos 130 países na Assembléia Geral da ONU, o que poderia evidenciar o forte isolamento diplomático de Israel e trazer grandes consequências para os Estados Unidos.

Mas não é com receio que os israelenses enxergam o apoio mundial à questão palestina. Para o conselheiro político de Israel no Brasil, Leo Vinovezky, os próprios israelenses são a favor de que os palestinos tenham o seu próprio Estado. A questão, segundo ele, é: sob que condições?
De um lado, a Palestina vê no pedido que vai oficializar na sexta-feira um meio de retomar negociações de paz paradas há mais de oito anos, quando foram firmados os acordos de Oslo. Neles, ficou determinado o fim dos conflitos na região, assim como a reabertura os debates sobre as fronteiras de cada Estado.
De lá para cá, contudo, ataques fazem vítimas de ambos os lados e pouco avançou, “a não ser os assentamentos israelenses”, explica o professor de Relações Internacionais da PUC Márcio Scalercio.
Diante dessa situação de estagnação, o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim AlZeben, acredita que “seja hora de o mundo, como testemunha da boa vontade palestina, ver que (a postura atual) não está adiantando”.
Alzaben garante que a decisão palestina de pedir um lugar à ONU não tem por objetivo afrontar Israel. Não é uma questão de, segundo ele, pedir que Israel seja expulso das Nações Unidas, e sim que mais um membro seja adicionado.
Por outro lado os israelenses definem a iniciativa palestina como um pular de etapas nas negociações entre as duas nações. O conselheiro político de Israel no Brasil, Leo Vinovezky, vê o pedido por vias legais como “tragicômico”, uma ironia depois de mais de 60 anos de conflitos.
“As fronteiras têm que ser decididas com os vizinhos. A paz com Israel não precisa ser uma imposição, porque ela é possível, se for bilateral”, afirma Vinovezky.
Em uma tentativa de dissuadir o presidente palestino , Mahmoud Abbas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chamou o líder para conversar, voltar a negociar em vez de “perder tempo com medidas unilaterais e vazias”.
O grande argumento israelense, então, é que qualquer decisão que se refira à questão palestina precisa ser conversada entre as partes envolvidas no problema, ou seja, Israel e Palestina. Não é que a ajuda internacional não seja apreciada, pois, segundo Vinovezky, ela é muito bem-vinda. Mesmo assim, o conselheiro deixa claro o seu posicionamento: “com todo respeito à ONU, terceiros não podem impor acordos”.
O professor Márcio Scalercio, no entanto, não vê como os palestinos teriam outra alternativa.
“A Palestina é mais fraca que Israel, então quer compensar internacionalizando o processo de negociação”, explica.
Para o embaixador palestino no Brasil há, ainda, uma outra questão. Para ele,  a proposta de adesão da Palestina à ONU sequer tem relação com as negociações de paz.
“Nós sabemos com quem o debate tem que ser, mas a admissão palestina na ONU não é assunto israelense, e sim uma questão de soberania palestina”, rebateu Alzaben.
O próximo round

Ambas as nações, independentemente da aprovação da proposta palestina na sexta-feira, reconhecem que o caminho ainda é longo.
O conselheiro político Leo Vinovezky vê a Palestina como um Estado prematuro, que exige reconhecimento, mas não coloca fim às ameaças nas fronteiras.
“Se a Palestina quer ser parte do conselho das nações, ela tem que se tornar uma nação. Não pode ser nação de um lado e rede terrorista de outro. Temos interesse em vizinhos tranquilos”, afirma.
Ainda assim, o embaixador palestino, que também denuncia as violências por parte de Israel, garante que, mesmo com a possível derrota na ONU, a luta continuará nas bases do Direito Internacional.
De acordo com Alzaben, a Palestina está disposta até a receber forças da ONU e da Otan. A única coisa que, para ele, é inaceitável, é a presença de soldados israelenses. “Israelenses, só como vizinhos ou turistas.”

Protagonismo do Brasil pode ser prejudicado pelas sucessivas denúncias de corrupção

Especialistas analisaram o discurso da presidente na abertura da Assembleia da ONU


A presidente Dilma Rousseff fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta segunda-feira. Como a primeira mulher na história a inaugurar o debate, Dilma abordou em seu discurso temas atuais como a crise econômica mundial, a paz no Oriente Médio, a criação do Estado da Palestina, sem perder a chance de pleitear um lugar como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Sobre a crise econômica mundial, Dilma salientou a importância da união das nações para que haja uma solução vitoriosa e o perigoso alastramento do desemprego mesmo nas nações mais desenvolvidas, além de criticar a guerra cambial. Segundo a presidente, o Brasil é um país emergente “que vive praticamente um ambiente de pleno emprego”.
“O Brasil está fazendo a sua parte. Com sacrifício, mas com discernimento, mantemos os gastos do governo sob rigoroso controle, a ponto de gerar vultoso superávit nas contas públicas – sem que isso comprometa o êxito das políticas sociais, nem nosso ritmo de investimento e de crescimento”.
O especialista João Antonio Wiegerinck, especialista do Instituto Millenium e professor de Direito Constitucional na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na Universidade Santa Cecília, classificou o discurso como uma sequência de abordagens dos pontos evidentes de forma equivocada. Em sua opinião, tal afirmação foi ofensiva.
“Como uma representante do governo brasileiro pode abrir a boca e citar seu país como exemplo de gestão de verba pública, quando cinco dos ministros indicados por ela caíram em tempo recorde por envolvimento com corrupção? Chega a ser ofensivo. Seria muito melhor se ela falasse da coragem de botar os corruptos para fora. Pelo menos as pessoas não ficariam olhando e pensando ‘Do que ela está falando?’”, critica Wiegerinck.
Para Alexandre Pagliarini, especialista do Instituto Millenium, pós-doutor em Direito e Professor de Direito Internacional Público e Constitucional, “a crise econômica, apesar de trazer sofrimento para grande do mundo, tornou o Brasil um protagonista”, mas adverte que este protagonismo pode ser seriamente violentado pelas sucessivas denúncias de corrupção no governo.
“Isso diminui a credibilidade internacional do Estado brasileiro, diminui a credibilidade da Dilma perante outros chefes de Estado e acaba com a auto-estima do povo brasileiro”, analisa.
Outro ponto do discurso criticado por Wiegerinck foi quando Dilma lembrou de sua luta pela democracia na época da Ditadura e afirmou que, “como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como  são importantes  os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade”.
“Para mim este foi um dos piores pontos, porque ela fala de um passado de militância e parece que ninguém ali estuda história brasileira. Como se o mundo não soubesse que ela fez parte de um ativismo considerado por muitos como terrorista. Ela nunca falou por que pegou em metralhadora para entrar em banco. E isso não é falácia, são dados históricos. Ela se coloca como um ícone da vitória e da significância da mulher e esconde informações sobre seu passado”, ressalta o professor.  
Criação do Estado da Palestina

Depois de saudar o presidente do Estado recém-criado Sudão do Sul, Dilma lamentou não poder fazer o mesmo com o Estado da Palestina e apoiou seu ingresso na ONU, dizendo que “apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política em seu entorno regional”.   
“O reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades de uma paz duradoura no Oriente Médio”, sustentou a presidente.
Pagliarini  achou fundamental a atitude da chefe de Estado brasileira, já que hoje o mundo quer ouvir o Brasil. Ele explica que, para que o direito internacional público reconheça um estado, existem três exigências. Que haja um povo, que haja uma autoridade governamental e que haja uma estabilidade regional.
“Nós temos um povo milenar da Palestina, uma autoridade soberana, mas o que falta é exatamente a estabilidade territorial, por causa das expansões de Israel para além de suas terras. Isso, aos olhos do direito internacional público, é uma violência”, observa.
Entretanto, para Wiegerinck, se posicionar em um momento como este é inútil. Isso porque, mesmo que todos os países membros da ONU votem a favor do reconhecimento do Estado da Palestina, ele precisa ser aprovado por unanimidade no Conselho de Segurança. E é aí que mora o problema.
“A votação deve passar pelo Conselho de Segurança e ter aprovação unânime. Este reconhecimento afeta a soberania de Israel e os EUA estão reticentes, dizendo que vetam. O que a Palestina está fazendo é tentar mobilizar a opinião pública, já que Israel se nega a negociar. Mas está claro que, enquanto Israel não se posicionar, não adianta a ONU inteira se posicionar”, explica.

Satélite americano deve cair na Terra nesta sexta-feira

Um satélite americano deve cair na Terra na sexta-feira, anunciou a agência espacial Nasa, que não soube informar o horário e o local da colisão.
"A entrada do satélite na atmosfera está prevista para 23 de setembro", afirma um comunicado da agência.
O Upper Atmosphere Research Satellite (Satélite de Pesquisa da Alta Atmosfera, UARS, na sigla em inglês) é um satélite da Nasa que tem dezenas de metros de comprimento e pesa quase seis toneladas.
Foi colocado em órbita em 1991 pelo ônibus espacial Discovery para estudar a alta atmosfera e fazer medições na camada de ozônio.
O UARS concluiu sua missão em 2005 e, por falta de combustível, cairá na Terra na sexta-feira.
"Grande parte do satélite será destruído ao entrar na atmosfera, mas nem todos os destroços serão queimados", explicou a Nasa.

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