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quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Estudando a Bíblia: O Primeiro Livro de Samuel
Divisão do livro original
Formação: A busca da perfeição
O progresso implica ascese e mortificação
Eis aí um ledo erro, pois tal é a vocação de todo aquele que tem fé, dado que Deus já preceituara no Antigo Testamento: “Sede santos, porque eu sou santo”, como está no Livro do Levítico (cf. Lv 2, 43-45). Jesus veio a esta terra para mostrar como colocar em prática esta solicitação divina.
Os santos realizaram, de maneira excelente, aquilo que todo cristão deve querer ser, se tivesse plena consciência de sua vocação.
Não se trata de viver na estratosfera, num estado de alienação, mas simplesmente estar imbuído de uma disposição sincera de adesão à vontade do Ser Supremo, amando-O e ao próximo como Jesus amou. Amar é preferir. É sacrificar as preferências egoístas para aderir às de Deus e aos legítimos interesses dos irmãos na fé, inclusive amando os inimigos e por eles orando.
Na prece do Pai-Nosso se reza o que nem sempre se coloca em prática: “Seja feita a vossa vontade”. São Paulo decodificou o amor ao semelhante com detalhes magníficos: “A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não se ufana, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Cor 13,4-7).
Não há nunca um basta na caminhada do verdadeiro cristão. É claro que cada um alça seus voos para o Alto de acordo com seus próprios carismas e sua atividade específica dentro da sociedade. Enraizado no batismo e na confirmação, cada um deve procurar o Reino de Deus ordenando as coisas temporais em vista da salvação própria e a dos outros. Tudo depende da união vital com Cristo, ou seja, uma sólida espiritualidade nutrida por uma participação ativa na Liturgia e expressa no estilo das oito bem-aventuranças evangélicas.
A força para o progresso espiritual advém a cada um por meio dos sacramentos que conferem as graças especiais para a vivência plena do Evangelho. O que não se pode, porém, esquecer é que o caminho da perfeição passa pela cruz. Não há santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso implica ascese e mortificação que conduzem gradualmente a viver na paz. A perfeição que Cristo preceitua tem, de fato, que passar pelo Calvário. Os sacrifícios diários no exercício da profissão, as tarefas de todo instante, a convivência com os semelhantes, a luta contra a carne e seus desejos maus e cobiças desregradas, a fuga das ocasiões de pecado, enfim, tudo isso a cada hora sem paciência e muita determinação ninguém consegue se vencer, conviver consigo mesmo e com o próximo.
Animado, contudo, pelo Espírito de Jesus pode o cristão vencer os movimentos desordenados da alma, lutando contra eles. É o que ensina São Paulo: “Os que são de Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo espírito, andemos também no espírito” (Gl 5, 25). É desse modo que o cristão espera a graça da perseverança final e a recompensa de Deus seu Pai pelas boas obras realizadas com Sua graça em comunhão com Jesus. Ao guardar esta regra de vida quem crê, vive na casa da esperança, olhos voltados para a Cidade santa, a Jerusalém celeste. Eis o destino de todo aquele que, viril, corajosa e prontamente busca as veredas da perfeição, as quais nunca se tornam possíveis para os fracos, os pusilânimes, os covardes. Por tudo isso ser santo é ser salvo.
Mensagem: Poder superior
imobilizados, sem conseguir nos mexer.
no meio de toda essa areia, e que a própria areia é útil.
“Como um velho garimpeiro, você deve se conformar
em cavar muita areia e peneirá-la pacientemente até
descobrir pequenas pepitas de ouro.”
Políticas devem visar justiça para criar a paz, salienta o Papa
Com base na pequena narrativa tirada do Primeiro Livro dos Reis, onde o rei Salomão pede a Deus “um coração dócil, para saber administrar a justiça ao teu povo e discernir o bem do mal”, Bento XVI salienta que a Bíblia quer indicar o que deve, em última análise, ser importante para um político.
“O seu critério último e a motivação para o seu trabalho como político não devem ser o sucesso e menos ainda o lucro material”, reforçou o Pontífice.
A busca pelo sucesso é natural para um político, reconhece o Santo Padre, mas ele salienta que o sucesso há-de estar subordinado ao critério da justiça, à vontade de atuar o direito e à inteligência do direito. “O sucesso pode tornar-se também um aliciamento, abrindo assim a estrada à falsificação do direito, à destruição da justiça”, disse o Papa.
Estado sem justiça
Para o Santo Padre, servir o direito e combater o domínio da injustiça é a tarefa fundamental do político.
“Num momento histórico em que o homem adquiriu um poder até agora impensável, esta tarefa torna-se particularmente urgente. O homem é capaz de destruir o mundo. Pode manipular-se a si mesmo. Pode, por assim dizer, criar seres humanos e excluir outros seres humanos de serem homens. Como reconhecemos o que é justo? Como podemos distinguir entre o bem e o mal, entre o verdadeiro direito e o direito apenas aparente? O pedido de Salomão permanece a questão decisiva perante a qual se encontram também hoje o homem político e a política”, afirmou.
Bento XVI salientou que nas questões fundamentais do direito, em que está em jogo a dignidade do homem e da humanidade, o princípio maioritário não basta: no processo de formação do direito, cada pessoa que tem responsabilidade deve ela mesma procurar os critérios da própria orientação.
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