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sexta-feira, 6 de maio de 2011

"Cristo deve ser medida da nossa vida", diz Papa a guardas suíços


Guarda Suíça é responsável pela segurança pessoal do Papa. Pontífice recebeu o Corpo da Guarda por ocasião do juramento de 6 de maio

Os novos recrutas da Guarda Suíça Pontifícia fizeram seu juramento na manhã desta sexta-feira, 6. Após a cerimônia, eles e seus familiares foram recebidos em audiência pelo Papa Bento XVI, na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano, às 12h (hora local).

O Papa expressou sua alegria por encontrar-se com os novos recrutas, que decidiram dedicar alguns anos da sua juventude ao serviço do Sucessor de Pedro. A presença dos pais e amigos, na opinião do Pontífice, expressa não somente os laços entre os católicos suíços e a Santa Sé, mas também o ensinamento, educação moral e bom exemplo, através dos quais é transmitido aos filhos a fé cristã e o sentido do serviço desinteressado.

O Santo Padre convidou todos os guardas, tanto recrutas quanto os que renovaram o próprio juramento, a pensar no rosto luminoso de Cristo, que chama a serem autênticos homens e verdadeiros cristãos, protagonistas da própria existência. "A sua paixão, morte e ressurreição são uma eloquente lembrança a afrontar com consciente maturidade os obstáculos e os desafios da vida. Somente Ele é a Verdade, o Caminho e a Vida. Ele deve se tornar, cada dia mais, o parâmetro da nossa vida e do nosso comportamento, assim como Ele escolheu a plena e total fidelidade à missão de salvação confiada a Si pelo Pai, como medida e fulcro da sua vida".
Sobre o passado glorioso da Guarda, Bento XVI lembrou o famoso "Saque de Roma" – acontecimento no qual 147 guardas suíços deram a própria vida em defesa do Papa, em 6 de maio de 1527, de onde vem a tradição da data do juramento. No entanto, o Papa também fez um alerta sobre um outro tipo de "saque", ao qual particularmente os jovens são ameaçados.

"A recordação daquele saque terreno deve fazer refletir que existe também a ameaça de um saque mais perigoso, aquele que podemos definir de espiritual. No atual contexto social, muitos jovens arriscam-se, de fato, a cair em um empobrecimento progressivo da alma, porque perseguem ideais e perspectivas de vida superficiais, que preenchem somente necessidades e exigências materiais", salientou.

O Bispo de Roma convidou os novos guardas a desfrutarem da melhor maneira possível o tempo passado na cidade, rica de história, cultura e fé, oportunidade de ampliar os horizontes, especialmente o espiritual, bem como a ter uma vida exemplarmente cristã. Ele agradeceu aos novos recrutas pela escolha de colocar-se à disposição do Sucessor de Pedro por algum tempo, contribuindo para garantir a ordem necessária e a segurança no interior da Cidade do Vaticano. Da mesma forma, Bento XVI reconheceu o trabalho de todo o Corpo da Guarda Suíça, que possui, entre outras, a missão de acolher com cortesia e gentileza os peregrinos e visitantes no Vaticano. 

"Queridos amigos, o vosso serviço é mais do que nunca útil para o tranquilo e seguro desenvolvimento da vida cotidiana e das manifestações espirituais e religiosas da Cidade do Vaticano. A vossa significativa presença no coração da cristandade, onde multidão de fiéis chegam sem parar para encontrar o Sucessor de Pedro e para visitar os túmulos dos Apóstolos, suscite sempre mais em cada um de vós o propósito de intensificar a dimensão espiritual da vida, bem como o compromisso em aprofundar a vossa fé cristã, testemunhando-a alegremente com uma coerente conduta de vida. Asseguro-vos a minha fervorosa oração e, de coração, concedo a vós e a quantos vos acompanham nesta singular circunstância a Bênção Apostólica", finalizou.

Refletindo...

Notícias do Estado do Ceará

      Perigo no transporte escolar

        

Pau-de-arara superlotado leva alunos para escola em Choró, deixando moradores apreensivos na cidade


Alunos da rede pública de Choró vão em pau-de-arara superlotado para a escola entre as localidades de Palestina, Serra da Palha e Riacho do Juazeiro. São 109 alunos na rota 

Choró Há mais de um ano, alunos da rede pública deste Município estão sofrendo com a superlotação do transporte escolar na ida e volta para casa. Mais de 100 deles, estudantes das localidades de Palestina, Serra da Palha e Riacho do Juazeiro, realizam o trajeto em um caminhão pau-de-arara. Estudam no Centro Educacional Dom Bosco e na Escola Estadual Maria de Fátima Verçosa Damasceno. O problema está preocupando os pais e causando medo nos alunos. Eles reclamam das condições do transporte escolar.

A auxiliar de serviços, Maria Irenilda Lemos Santos, tem dois filhos pequenos que estudam na sede do Município. Ela diz que já pensou em tirar os filhos do colégio por conta da superlotação do transporte escolar. "Já estive na Secretaria de Educação, mas às vezes em que fui o secretário estava ocupado ou em reunião. A única coisa que queremos é que seja colocado mais um carro".

Na localidade de Palestina, onde o transporte passa por último, já não há mais bancos disponíveis no caminhão e muito menos onde segurar. Em muitos casos, os alunos se esticam e se apertam, em pé, para conseguir segurar na capota. Sem espaço, os mais afoitos vão em pé, nas grades, ou sentados na carroceria. O estudante Francisco Edivaldo Fernandes Ferreira, 19 anos, é um deles. Relata o medo de andar no transporte escolar, por conta da superlotação e das estradas, não oferecendo condições de trafegar. Ele diz que foi feito um levantamento do número de alunos que são transportados no pau-de-arara. São 109 a cada viagem. O estudante conta que, certa vez, o caminhão chegou a estourar um dos pneus já na volta para casa. "Alguns alunos começaram a gritar e outros a chorar. Foi aquele pânico, um desespero. Muitos pularam pensando que o caminhão iria virar, mas graças a Deus nada aconteceu. Só o susto mesmo".

Estrada ruim

Na localidade de Serra da Palha quem fala sobre o problema é a agricultora Cícera Lima da Silva. Segundo ela, a filha de 11 anos e os outros amigos estão correndo risco. São muitos alunos em um único veículo. Para agravar ainda mais a situação, as estradas são muito ruins. "É um perigo. A gente vê a hora de acontecer um acidente com eles. O que nós queremos é outro transporte, assim a gente vai ficar mais tranquila", desabafa.

O agricultor Sebastião Paulino de Lima, da localidade de Serra da Palha, também fica assustado quando o caminhão lotado passa em frente à residência. Ainda tem que apanhar os alunos da Palestina. "Eu só fico tranquilo quando meu filho de 15 anos chega em casa. Como pai fico muito preocupado, mas graças a Deus nada de mais grave tem acontecido", ressalta.

O secretário de Educação de Choró, Manoel Maciel de Queiroz, diz que nunca recebeu alguém das localidades para discutir o problema. Justificou porém não haver interesse dos proprietários de caminhões pelo serviço. "Quem é que vai colocar um carro para rodar cinco quilômetros por dia? Eu já divulguei na impressa local, mas até hoje não apareceu nenhum dono de transporte que tivesse interesse em fazer a rota em Riacho do Juazeiro, Serra da Palha e Palestina".

Único carro

Segundo Queiroz, nos anos anteriores, eram dois carros. Porém, um dos proprietários não quis mais fazer a rota. Ele conta que moradores das respectivas localidades afirmaram ser suficiente apenas um carro no roteiro dos estudantes. Pediram apenar para ampliar a capacidade do transporte.

Ele discorda da quantidade de alunos no transporte, informada pelas famílias. Sugeriu, como alternativa para o problema, o retorno do transporte de barco, como era feito anteriormente. As comunidades afetadas são ribeirinhas ao Açude Pompeu Sobrinho.

O radialista e repórter da emissora comunitária Pioneira FM, de Choró, Jonathas Oliveira, confirma a versão dos pais e estudantes. A quantidade é superior a 100. O pau-de-arara trafega realmente superlotado.

Ele acompanhou o trajeto do transporte escolar nas referidas localidades da zona rural de Choró. Observou o cuidado do motorista, dirigindo em baixa velocidade para evitar acidentes no percurso. Na sua opinião, a qualquer momento uma tragédia poderá ser registrada. Todavia, reconhece que os caminhões e caminhonetes com tração são as únicas alternativas para o tráfego nas estradas ruins da zona rural, principalmente no inverno.

139 Municípios registram chuvas


A paisagem da zona rural do Estado mudou com as chuvas. A beleza das águas também causa danos em algumas áreas




Iguatu A quadra invernosa intensificou-se neste mês de maio e a pluviometria já ultrapassou a média histórica no Ceará. Ontem, segundo dados da Funceme, choveu em 139 Municípios e as mais intensas precipitações ocorreram nas regiões do Cariri, Vale do Jaguaribe e Inhamuns. A maior chuva foi em Porteiras, 182 milímetros, seguida de Cariús, 103mm e Aiuaba, 88mm. No Estado, de acordo com a Cogerh, ontem, 47 açudes estavam sangrando e 13 estavam com volume acima de 90%.

A paisagem no sertão mudou. Os reservatórios estão transbordando e rios e riachos cheios atraem moradores e visitantes. A queda d´água nos sangradouros e pontilhões forma um espetáculo de beleza, mas a força da correnteza muitas vezes provoca destruição de estradas, pontes, inundações e isolam famílias.

Nos últimos três dias, os açudes Trussu, em Iguatu, Santo Antônio do Aracatiaçu, em Sobral, e São Mateus, em Canindé, atingiram a cota de sangria. Neste ano, 49 açudes já atingiram a capacidade máxima. Em 2010, apenas cinco reservatórios transbordaram. O percentual dos 134 açudes monitorados pela Cogerh, em parceria com o Dnocs, está no momento com 77,01%, representando 13.919 bilhões de metros cúbicos do total de acúmulo do Estado, que é de 18.07 bilhões/m³. Na região Centro-Sul, o Açude Trussu está sangrando com uma lâmina de 25 centímetros. Este é o segundo ano em que o reservatório atinge a capacidade máxima. Construído em 1996, o Trussu tem capacidade de acumular 300 milhões de metros cúbicos de água. O Açude Orós, ontem, atingiu o nível de 44 cm de sangria e a perspectiva é de elevação, pois os rios Jaguaribe e Cariús, principais afluentes, estão com cheias.

O Açude Lima Campos um dos reservatórios públicos mais antigos do Ceará, construído em 1932, localizado no Município de Icó, permanece sangrando e a queda d´água é um atrativo para os visitantes.

Cota máxima

Em Canindé, o segundo maior reservatório do Município, o Açude São Matheus, a 3Km da sede, está sangrando com uma lâmina de três centímetros. A barragem atingiu a sua cota na madrugada de ontem e tornou-se ponto de atração para as crianças da área da Palestina, bairro próximo ao açude. O reservatório tem capacidade para armazenar 10,340 milhões de metros cúbicos.

Maiores chuvas

Porteiras 182mm

Cariús 103mm

Aiuaba88mm

Parambu84mm

Limoeiro do Norte 82mm

Irapuan Pinheiro 73mm

Icapuí 72mm

Jaguaruana 69mm

Quixeré 69mm

Saboeiro 64mm

Cedro 64mm



Notícias Nacionais

Brasil vai ajudar a França no resgate dos corpos do voo 447, diz Jobim



BRASÍLIA - O Brasil vai ajudar a França no resgate dos corpos encontrados entre os destroços do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 2009, afirmou o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A França anunciou nesta quinta o resgate do primeiro corpo. Os restos mortais de um dos passageiros foram levados a bordo do navio Ile de Sein.
"O Brasil tem seu comissionado e vai trabalhar junto com os franceses no sentido de examinar a caixa preta e na recuperação de corpos, restos mortais para que possamos identificar se são ou não brasileiros. Porque ali você tinha mais ou menos dez nacionalidades envolvidas", disse o ministro.
A polícia francesa informou que o corpo, juntamente com as caixas-pretas do avião, será encaminhado, na próxima semana, a um laboratório de análise para determinar a possibilidade de uma identificação por meio do DNA.
O resgate de corpos está sob a responsabilidade da Justiça francesa. O acidente matou 228 pessoas. Ele fazia a rota Rio-Paris. Apenas 50 corpos foram encontrados logo após o desastre, sendo 20 deles de brasileiros.
De acordo com Jobim, os corpos serão examinados na França e caso sejam identificados como brasileiros, serão trazidos ao Brasil. Ele também negou que haja problemas entre os países que apuram o acidente. "Não há nenhum conflito entre o Brasil e os outros países envolvidos na apuração dos elementos relativos a esse acidente".  

Goleiro Bruno recebe visita das filhas na prisão

 



Dayanne levou as duas filhas de Bruno até o presídio
O goleiro Bruno Fernandes, que atuava no Flamengo, recebeu na manhã de ontem a visita da ex-mulher e
das duas filhas na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Minas Gerais. Ele está preso sob acusação de ter participado do sequestro e suposto homicídio da examante, Eliza Samudio, que desapareceu em junho do ano passado.

Essa é a primeira vez que Dayanne Souza vai visitar o goleiro na prisão. Ela também é acusada de participação no crime, mas agora responde ao processo em liberdade.

O caso

Eliza foi vista por amigos e conhecidos pela última vez em 4 de junho de 2010, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno.

Em 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte.

Bruno, Macarrão, Dayanne de Souza, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, Elenilson Vitor da Silva, Sérgio Rosa Sales e Marcos Aparecido dos Santos também foram presos por envolvimento no crime. Todos negaram participação e se recusaram a prestar depoimento à polícia, decidindo falar apenas em juízo.

Em 30 de julho, a polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno responderá como mandante e executor do crime. Além dos oito que foram presos inicialmente, a investigação apontou a participação da atual amante do goleiro, Fernanda Gomes Castro, que também foi indiciada e detida.

TERCEIRO DIA DE ATIVIDADES DOS BISPOS DO BRASIL REUNIDOS EM APARECIDA




Aparecida, 06 mai (RV) – Terceiro dia dos trabalhos da 49ª Assembleia Geral da CNBB que se realiza em Aparecida, São Paulo e se encerra no próximo dia 13. Na manhã desta sexta-feira a Santa Missa com Laudes, que deu início aos trabalhos do dia no Santuário de Aparecida, foi presidida por Dom Gílio Felício, Bispo de Bagé, (RS), dedicada aos afro-brasileiros. Nós conversamos com Dom Gílio. (Voz Dom Gílio)

Ontem os bispos rezaram pelas vítimas das catástrofes naturais ocorridas em várias regiões do país neste ano. A Celebraçaõ foi presidida por Dom Edney Gouvêa Mattoso, bispo de Nova Friburgo, uma das cidades mais castigadas na região serrana do Rio de Janeiro. Depois os trabalhos foram retomados no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida.

Ontem durante a coletiva de imprensa foi tocado outro tema, o reconhecimento civil da união entre pessoas do mesmo sexo. Sobre esse tema nós conversamos com o Arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti. (Voz Dom Anuar)

Entretanto foi criada ontem a Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, primeiro fruto da 49ª Assembleia. Quem nos fala sobre isso é o bispo de Santos Dom Jacir Braido. (Voz Dom Anuar)

Do Santuário Nacional de Aparecida, São Paulo, para a Rádio Vaticano, Silvonei José.


Notícias Internacionais

Só um homem teria disparado contra EUA em ação que matou Bin Laden

Relatos sugerem que militares americanos 'reinaram' sem resistência em operação que levou à morte do líder terrorista



Relatos de autoridades do governo americano sugerem que a operação que levou à morte de Osama bin Laden foi "caótica e sangrenta", mas que o combate foi desequilibrado: mais de 20 integrantes da equipe Seal mataram rapidamente os poucos homens que protegiam o líder da Al-Qaeda.
As autoridades, que não quiseram ser identificadas, disseram que as forças americanas só enfrentaram disparos no início da operação. O mensageiro de confiança de Bin Laden, Abu Ahmed Al-Kuwait, abriu fogo de trás da porta do prédio de visitas adjacente ao que o líder terrorista usava como esconderijo.
Depois que os membros da equipe balearam e mataram Al-Kuwait e uma mulher, ninguém mais disparou contra os americanos.
Esta versão é diferente da oficial divulgada pelo Pentágono na terça-feira e lida pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, segundo a qual os membros da equipe Seal "estiveram envolvidos em um tiroteio durante a operação".
Em uma entrevista à emissora PBS na terça-feira, o diretor da CIA (agência de inteligência americana), Leon E. Panetta, disse: "Houve alguns tiros enquanto a equipe abria caminho pela escadaria do casarão".
Autoridades do governo disseram que o relato oficial dos acontecimentos mudou ao longo da semana porque foi preciso tempo para verificar os relatórios posteriores à ação da equipe Seal. Como os agentes de Operações Especiais enfrentaram disparos assim que pousaram na mansão, eles presumiram que todos lá dentro estavam armados. "Eles estiveram em um ambiente ameaçador e hostil o tempo todo", disse um integrante do governo dos Estados Unidos.
Quando os agentes entraram na casa principal, eles viram o irmão do mensageiro, que acreditavam estar se preparando para disparar uma arma. Eles atiraram e o mataram. Então, conforme seguiam pela escada da casa, eles mataram Khalid bin Laden, filho do líder da Al-Qaeda, depois de ele ter pulado em um agente da equipe Seal.
Quando os agentes chegaram ao andar de cima, eles entraram numa sala e viram Osama bin Laden com uma AK-47 e uma pistola ao alcance da mão. Eles atiraram e o mataram, além de ferir uma de suas mulheres.
Após a morte de Bin Laden, a equipe encontrou diversas informações importantes e conseguiuapreender cerca de 100 pen drives, DVDs e disquetes, juntamente com 10 discos rígidos e cinco computadores. Havia também pilhas de documentos impressos espalhadas pela casa.
A Casa Branca se recusou a divulgar detalhes da operação, afirmando que outros dados podem pôr em risco a capacidade dos militares de conduzir operações clandestinas como essa. A reticência do governo veio depois de se ver forçado a corrigir partes de seu relato inicial sobre o ataque na terça-feira, incluindo afirmações de que Bin Laden havia usado a sua esposa como "escudo humano". "Nós já revelamos muitas informações, temos sido tão abertos com os fatos quanto podemos ser", disse Carney.
Segundo Carney, desde o início o presidente Barack Obama manifestou dúvidas sobre a possibilidade de liberar as fotos do corpo de Bin Laden, mas consultou seus assessores. Todos eles, segundo o porta-voz, expressaram preocupações sobre os riscos dessa medida. Além disso, com base no monitoramento da reação de todo o mundo ao anúncio da morte de Bin Laden, o governo concluiu que a maioria das pessoas acreditou no relato e que divulgar fotografias faria pouco para influenciar aqueles que não acreditaram.
Obama foi direto em uma entrevista ao programa "60 Minutes", que será transmitido no domingo, segundo uma transcrição divulgada pela emissora CBS.

 “É muito importante para nós ter a certeza de que fotos muito fortes de alguém que foi baleado na cabeça não circulem para incitar violência, como ferramenta de propaganda. Não somos assim", disse o presidente. “Não vamos mostrar este material como um troféu”.
"Certamente não há dúvidas entre os membros da Al-Qaeda de que ele está morto", acrescentou. "Portanto nós não achamos que uma fotografia por si só vai fazer alguma diferença. Algumas pessoas irão negar o fato. Mas a questão é que você não vai ver Bin Laden caminhando pela Terra outra vez”.
Em maio de 2009, Obama combateu a divulgação de fotos que documentaram os abusos contra prisioneiros no Iraque e no Afeganistão por militares dos Estados Unidos. O governo disse inicialmente não se opor à liberação das imagens, mas o presidente decidiu que lutaria contra torná-las públicas após seus comandantes militares alertarem que poderiam provocar uma reação violenta contra os soldados.
A Casa Branca disse que Obama irá participar de uma cerimônia de colocação de coroa de flores no memorial de 11 de setembro em Manhattan nesta quinta-feira. Ele também se encontrará com familiares das vítimas dos ataques terroristas, mas não vai fazer discurso. No dia seguinte, viajá para o Forte Campbell, em Kentucky, para conversar com soldados que retornaram do Afeganistão.
No Congresso, as opiniões eram divididas sobre a divulgação das fotografias, com alguns parlamentares dizendo que os Estados Unidos precisavam provar que Bin Laden estava morto, e outros mais preocupados com a possibilidade de retaliação contra soldados americanos.
"O propósito de enviar nossas tropas à fortaleza, ao invés de realizar um bombardeio aéreo, era obter provas irrefutáveis da morte de Bin Laden", disse o senador Lindsey Graham. "A melhor maneira de proteger e defender os nossos interesses no exterior é provar o fato para o resto do mundo".
Mas o deputado Mike Rogers, presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, disse: "Imagine como o povo americano reagiria se a Al-Qaeda matasse um dos nossos soldados ou líderes militares e colocasse fotos do corpo na internet”.
Analistas disseram que a decisão do governo, embora compreensível por razões de segurança, pode não impedir que as imagens circulem. "Na era do WikiLeaks, alguém vai vazar", disse Brian Katulis, um especialista em segurança nacional no Centro Americano para o Progresso.

Serviços de emergência ilibados das mortes nos atentados em Londres de 2005




A sentença declarada esta sexta-feira quanto às responsabilidades na morte de 52 pessoas, nos atentados de 7 de Julho de 2005, em Londres, conclui que as mortes foram ilegais, mas esclarece que eventuais falhas nos serviços de segurança ou de emergência não tiveram influência nas fatalidades.

A magistrada Heather Hallet, do Tribunal Superior de Londres, referiu, na presença da familiares das vítimas, que não há provas de que qualquer falha institucional ou humana «causou ou contribuiu para estas mortes», registadas na sequência as explosões registadas em três metropolitanos e num autocarro.

A juíza fez questão de sublinhar a «dignidade silenciosa» das famílias durante os mais de cinco anos de inquérito ao caso e revelou que irá fazer recomendações no sentido de «salvar vidas» no futuro, nomeadamente em relação à actuação dos serviços de emergência na reacção a este tipo de eventos.

Durante o inquérito, foram ouvidas mais de 700 testemunhas, além de sobreviventes aos atentados e membros das forças de segurança e das equipas de socorro. Além das 52 vítimas mortais, morreram também os quatro bombistas suicidas e ficaram feridas outras 700 pessoas.

Na Síria, oposição convoca mais um dia de manifestações contra o governo Assad


Brasília – A oposição ao governo do presidente da Síria, Bashar Al Assad,  convocou para hoje (6)
mais um dia de manifestações. A convocação foi feita por vários segmentos da sociedade, sob a liderança do grupo Revolução Síria 2011, utilizando as redes sociais na internet. Os oposicionistas mantêm os protestos apesar das prisões que ocorrem em todo o país na tentativa de conter as manifestações.
De acordo com relatos, nos últimos dias 300 pessoas foram presas em todo o país devido às participações nos protestos. Na área central de Damasco, na  Praça dos Mártires, houve um embate ontem entre manifestantes e forças policiais, quando cartazes e fotgrafias foram destruídos.
Em Deraa, a 100 quilômetros de Damasco, nas última semanas foram mortos 27 militares e 177 civis acabaram feridos. De acordo com organizações não governamentais, as manifestações provocaram mais de 600 mortos na Síria – a maioria em Deraa.
As organizações calculam que há aproximadamente 8 mil pessoas presas e desaparecidas na Síria, segundo o diretor executivo da organização de defesa dos direitos humanos Insan, Wissam Tarif.  
Assad suspendeu o Estado de Emergência, em vigor há 50 anos na Síria, no último dia 21 de abril. Mas a repressão prosseguiu, provocando várias condenações internacionais. A família do atual presidente ocupa o poder há mais de quatro décadas. Assad é criticado por manter um governo autoritário e com denúncias de violação de direitos humanos.
  

Diário Oficial publica regras para a Campanha do Desarmamento



Brasília - A portaria do Ministério da Justiça que define as regras para a entrega de armas de fogo e o pagamento de indenização no âmbito da Campanha do Desarmamento foi publicada hoje (6) no Diário Oficial da União. A campanha será lançada hoje no Rio pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
O proprietário ou possuidor de arma de fogo, acessório ou munição que não tiver acesso à internet poderá comparecer a uma das unidades da Polícia Federal ou órgãos credenciados para pegar a Guia de Trânsito para transportar a arma que será entregue.
De acordo com a portaria, o anonimato será assegurado. O proprietário ou possuidor não será identificado. O interessado deverá, caso seja possível, levar o documento de registro da arma para o cancelamento no Sistema Nacional de Armas (Sinarm).
A arma de fogo a ser entregue nos locais previstos deverá ser transportada sem munição e embalada de forma que não seja possível seu uso imediato. Recebida a arma, acessório ou munição, a Polícia Federal ou órgão credenciado que fizer o recolhimento expedirá protocolo para o recebimento da indenização e recibo, em duas vias.
O protocolo deverá contar com numeração única concedida pelo Ministério da Justiça, que identificará o número e a arma entregue, bem como o valor devido e o prazo para o saque da indenização. O recibo deverá conter também numeração única concedida pelo Ministério da Justiça, dados de identificação da arma e do local de entrega.
No momento da expedição do protocolo, o proprietário ou possuidor que compareceu ao posto de recolhimento para a entrega da arma deverá cadastrar senha pessoal a ser utilizada para o saque do valor da indenização.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública deverá autorizar a instituição financeira, por meio eletrônico, a fazer o pagamento da indenização referente aos protocolos expedidos pelos postos de recolhimento.
Os valores referentes à indenização variam entre R$ 100 e R$ 300, dependendo da arma.

Câmara aprova plebiscito sobre divisão do Pará



O plenário da Câmara dos Deputados aprovou QUINTA-FEIRA (5) a realização dos plebiscitos para decidir sobre a criação dos Estados de Tapajós e Carajás. As duas propostas foram colocadas em pauta durante a realização de uma sessão deliberativa, que não precisa contar com os votos individuais dos deputados. Apenas representantes das lideranças dos partidos que compõem a casa votaram, definindo os votos de todas as bancadas.
 Os deputados paraenses Giovanni Queiroz (PDT), Lira Maia (DEM) e Zequinha Marinho (PSC) encaminharam os votos em nome dos partidos que representam. Os parlamentares paraenses ausentes à sessão foram: Arnaldo Jordy (PPS), José Priante (PMDB) e André Dias (PSDB). Os demais registraram suas presenças na sessão - onde foram votadas outras propostas -, mas nem todos se mantiveram em plenário ao longo da votação.
 O texto do Projeto de Decreto Legislativo 731/2000, que trata do plebiscito do Tapajós, de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), vai voltar para ratificação do plenário do Senado, já que houve mudança no texto original. A proposta sobre o Carajás já vai direto para promulgação da presidente Dilma Rousseff.
 Nas duas propostas aprovadas foi inserido um item que estabelece o prazo de seis meses após a aprovação dos projetos para a realização dos plebiscitos, que devem ser realizados em um único dia.
 O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deverá realizar o plebiscito. O deputado Giovanni Queiroz (PA) informou que foram aprovadas emendas ao Orçamento da União que permitem a realização da consulta pública. O valor total do processo deverá
 ultrapassar R$ 8,5 milhões.

QUESTIONAMENTOS

Durante a votação em plenário, somente o líder do PSol, deputado Chico Alencar (RJ), encaminhou voto contra de sua bancada. “Minha posição era de que o presidente Marco Maia não colocasse a matéria (plebiscitos) em pauta nesta sessão, dada a debilidade legislativa das reuniões de quinta-feira”, protestou o deputado. De acordo com Alencar, o voto simbólico das sessões deliberativas das quintas-feiras não pode representar a manifestação dos votos de cada parlamentar em sua plenitude.
 A deputada Elcione Barbalho (PMDB) também declarou que a votação de projetos tão importantes para o futuro do Pará deveria ser nominal, e não simbólica. “Sempre disse que sou favorável ao plebiscito para que o povo tenha o direito democrático de decidir. Mas não posso concordar com a divisão. Acho que deveríamos integrar e não separar”.

PESQUISA

Uma pesquisa realizada em outubro do ano passado mostrou que mais de 90% da população do oeste do Pará apoiam a criação do Tapajós. A mesma pesquisa, coordenada pela UFPA, também comprovou que mais de 60% dos eleitores do sul e sudeste do Estado apoiam Carajás. Segundo o último censo divulgado pelo IBGE, o Pará tem 7,5 milhões de habitantes, sendo que 2,5 milhões residem na região metropolitana.
 De acordo com o projeto, o novo Estado do Tapajós teria 27 municí-
 pios, ocupando 58% da área atual do Pará, na região oeste, e uma população de 1,3 milhão de habitantes. A proposta tramita há mais de 10 anos no Congresso.
 Já o Estado de Carajás teria 39 municípios, no sul e sudeste do Pará, com área equivalente a 25% do território atual do Pará e uma população de 1,6 milhão. Se a divisão for aprovada, o Pará ficaria com 4,6 milhões de habitantes e 86 municípios.

Políticos darão entrevista coletiva sobre o plebiscito

Às 10h desta sexta-feira (6), na Câmara de Santarém, acontece uma entrevista coletiva com a presença de diversos políticos da região para falar sobre os planos a partir da aprovação do plebiscito para consulta sobre a criação do Estado do Tapajós. Estarão juntos representantes do governo municipal e da oposição, dentre eles a prefeita Maria do Carmo e o deputado federal Lira Maia, assim como outras personalidades que estiveram ontem em Brasília acompanhando o processo de aprovação da matéria.
 Ontem (5), a sessão da Câmara dos Deputados que tinha na pauta o PDC 731/00, que trata do plebiscito para a criação do Estado de Tapajós, foi acompanhada por veículos de comunicação da cidade. Logo após a aprovação, o secretário de Governo de Santarém, Inácio Correa, ligou para as rádios, falando do assunto. Ele não soube informar os próximos passos do projeto em Brasília, mas disse que se sentia muito alegre por acompanhar esse momento histórico, representando a prefeita Maria do Carmo.
 Enquanto isso, o deputado Lira Maia também telefonava para os veículos de comunicação da cidade, dando a notícia. Nas ruas, muita gente passou a comentar o assunto. Algumas pessoas nem tinham ideia do significado da votação.
 Ivete Locatelli, servidora pública municipal de Placas, disse que ainda não havia ouvido falar sobre “esse negócio de Estado do Tapajós”. De acordo com ela, na cidade de Placas não existe nenhum movimento que trabalhe com a conscientização do povo sobre esse projeto.
 Através da assessoria de imprensa da Prefeitura, no final da tarde o secretário Inácio Correa garantiu que a articulação do ex-deputado federal Paulo Rocha foi fundamental no processo de aprovação do plebiscito, pois ele que “assegurou que o projeto fosse incluído e votado na pauta de hoje (ontem). Estamos muito felizes enquanto governo, pois vimos ser respeitada a vontade da população do oeste do Pará, em poder decidir e opinar pelo que se quer e se acredita, através do plebiscito”, declarou Inácio.
A ideia de criar um novo Estado, o Tapajós, repercutiu de forma muito positiva entre os altamirenses. O vereador Djalma Mineiro, ex-presidente da Câmara Municipal, e que antes era contrário ao projeto, hoje se mostra grande apoiador. “Eu me orgulho de ter ajudado neste processo de votação. Todos vamos ganhar com isso. Agora está nas mãos do povo a decisão”.
 O agricultor José Benedito de Souza, que há mais de 40 anos vive na região, diz que a criação de um novo Estado vai trazer benefícios que até hoje ninguém viu nesta região do Pará. “O Pará é grande, e porque é grande, fica ingovernável. A gente tá cansado de ser esquecido”.
 Entre os movimentos sociais existe uma certa expectativa. Para Marcelo Dias, é positivo o plebiscito porque é uma forma de conhecer a opinião pública sobre o tema. Para ele, a ideia de criação de um novo Estado é muito negativa. “Já estamos na situação que estamos, de um lado floresta, do outro a margem de um grande lago”, referindo-se à construção da barragem de Belo Monte. “Pra onde é que a gente vai crescer?”, indagou o líder sindical.
 Enquanto isso, os prefeitos da região do Xingu são unânimes a favor da criação do novo Estado.
 Para a prefeita de Altamira, Odileida Sampaio, o projeto vai melhorar bastante as condições econômicas e sociais da região. O prefeito de Pacajá, Padre Edimir, destacou que o novo Estado trará grandes transformações sociais, juntamente com o projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte. Bergue Campos, de Porto de Moz, acredita que isso vai ser muito bom para a região esquecida pelo poder público.
Um dos blogs de notícias mais acessados de Santarém, o Blog do Jeso, recebeu número recorde de comentários nas postagens que fez ontem, sobre a aprovação do plebiscito pela criação do Estado do Tapajós. O Facebook foi outro espaço que suscitou inúmeras discussões dos internautas.
 Nos textos, as manifestações de apoio, alegria e críticas aos políticos que já estão se aproveitando do fato para fazer o nome. A grande maioria, dentre os que se manifestaram, deu apoio ao projeto, alertando que agora o mais difícil dessa luta será conseguir a aprovação do eleitorado.
 “Com a criação do Estado do Tapajós, o poder estará mais próximo da população. Teremos grandes ganhos políticos e econômicos como a criação de muitos empregos na máquina pública e na iniciativa privada”, disse João Evangellista Sousa da Fonseca, de Monte Alegre, município localizado na margem esquerda do rio Amazonas.
 Tereza Correa, que mora no Rio de Janeiro, escreveu: “Eu e minha família apoiamos a criação do Estado do Tapajós. Santarém tem que ser capital independente de Belém. Moro há 20 anos no Rio de Janeiro e trabalho em turismo. Aqui, 99% das pessoas não conhecem, aliás nem sabem se existe Santarém e Alter do Chão (que é o nosso Caribe brasileiro). Apoiamos o Estado do Tapajós e estamos à disposição para o que der e vier”.
 Roberto Pena, que mora em Formosa, Goiás, destacou: “Que seja bem-vindo o Estado do Tapajós. O Pará é muito grande, o que inviabiliza a presença do Estado (governo) nos lugares mais distantes. Deve mesmo ser dividido”.
 Vinte e sete municípios deverão fazer parte da futura unidade da Federação, na região oeste, com uma população total de 1,1 milhão de habitantes, com área territorial de 718.138. São eles: Alenquer, Almeirim, Altamira, Aveiro, Belterra, Brasil Novo, Curuá, Faro, Itaituba, Jacareacanga, Juruti, Medicilândia, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Novo Progresso, Óbidos, Oriximiná, Placas, Porto de Moz, Prainha, Rurópolis, Santarém, Sousel, Terra Santa, Trairão, Uruará e Vitória do Xingu.
Deputados separatistas comemoram
Os que defendem a divisão do Estado comemoraram. Para o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT/PA), foi gratificante aprovar a proposta em plenário. “É um esforço que representa a vontade do povo. A cobrança da população do Pará tem sido enorme”. Segundo ele, a criação de dois estados - Mato Grosso do Sul e Tocantins - é a prova de que a divisão permite o desenvolvimento de regiões muito pobres dentro de um Estado. “Carajás e Tapajós têm potencial, mas predomina nestas regiões a ausência de Estado”.
 Quem também comemorou foi Lira Maia (DEM), representante da região do Tapajós. “São milhares de brasileiros mobilizados para que nós possamos fazer um plebiscito, ouvir a população, o que é absolutamente legítimo. Isso é princípio constitucional”.
 Para Wandenkolk Gonçalves (PSDB), a aprovação é boa para o país. “Nós podemos avançar na questão da descentralização administrativa. A própria Constituição prega a possibilidade concreta do desenvolvimento regional. E o caminho mais curto para o desenvolvimento é a criação de novas entidades federativas, principalmente de Estados”.
 Ao final da votação, a deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), primeira vice-presidente da Câmara, que conduziu a votação, parabenizou os deputados que defendem a divisão do Estado. (LM) 
Expectativa em 39 municípios

A notícia de que a Câmara dos Deputados aprovou projeto para realização do plebiscito para criação do Estado de Carajás repercutiu nos 39 municípios que deverão compor a nova unidade da federação, caso a maioria da população vote pela separação das regiões sul e sudeste do restante do Pará.
 Depois de aproximadamente 20 anos de mobilização pela aprovação do plebiscito, políticos que encamparam a luta comemoram a conquista, considerando-a uma porta para a criação do Estado de Carajás.
 Cerca de 500 quilômetros da capital, um dos argumentos dos favoráveis ao novo Estado é que esta distância sempre impediu a chegada de políticas públicas para desenvolver a região e propiciar a melhora da qualidade de vida das pessoas.
 As regiões sul e sudeste do Pará possuem três fortes pilares econômicos. Uma é a agropecuária. Com cerca de 20 milhões de cabeças de gado não impressiona apenas pela quantidade, mas também melhor qualidade genética nos animais, considerada a melhor do país.
 A atividade madeireira, que sempre foi intensa e depois passou por crise em função da nova realidade ambiental, agora passa por reestruturação, fazendo investimentos em reflorestamento para se adequar às leis e se autossustentar para atender também o mercado exterior. O potencial mineral, que há mais de 20 anos trouxe uma nova cara para o mercado regional, começa a galgar no caminho da verticalização.
ECONOMIA

Marabá tem um distrito industrial com dez siderúrgicas de ferro-gusa implantadas e com a chegada da Sinobras, uma usina integrada, o município passou a produzir e exportar produtos, como o vergalhão. Agora, a população vive a concretização da Aços Laminados do Pará (Alpa), pela mineradora Vale, que também propiciará a criação de um polo metal mecânico no município.
 Somados a esses potenciais, a região ainda tem a hidrelétrica e eclusas de Tucuruí, os rios Araguaia e Tocantins, Serra dos Carajás (maior província mineral do mundo), além de outros projetos minerais que a mineradora Vale possui na região.
LOCALIZAÇÃO

O movimento separatista baseia-se muito nas experiências do Goiás e Mato Grosso, que conseguiram progredir socioeconomicamente, segundo Josenir Gonçalves Nascimento, secretário executivo da Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás.
 “A criação de um novo Estado é benéfica tanto para quem se emancipou quanto para quem vive no Estado-mãe. Como o Goiás que aproveita hoje muito mais os seus recursos por não ser mais responsável pela região onde foi criado o Tocantins. Por outro lado, o Tocantins tinha somente 4% do PIB do Estado do Goiás e hoje o Tocantins tem cerca de 40%, se juntar os dois”, pontua Josenir.
 Outro ponto positivo elencado pela Amat com a criação do Estado de Carajás é que a região amazônica teria maior representatividade política no cenário nacional. “O Pará, sendo dividido em três unidades federativas, terá mais força política. Na verdade, se trata de uma soma benéfica para todos, já que a criação de mais Estados significa mais cobrança política para a região” destaca Josenir.
É preciso esclarecer, diz Jatene
 O governador Simão Jatene acompanha com o máximo interesse os desdobramentos da proposta de desmembramento do Pará, para criação dos Estados de Carajás e Tapajós.
 Segundo a Secretaria de Comunicação do Governo (Secom), Simão Jatene é totalmente favorável ao recurso do plebiscito, mas adverte que a consulta à população por si só não encerra o assunto e nem contempla o processo democrático de forma integral.
 Para o governador, deve ser feita uma ampla campanha destinada a esclarecer a população sobre as ameaças e oportunidades da divisão do Estado. “A população deve ter total clareza do que vai escolher e suas reais consequências”, ressalta Jatene.
 O governador também não admite que o plebiscito esteja associado a qualquer tipo de processo eleitoral, para que esse expediente não seja contaminado por outros interesses. No caso de Carajás, será promulgado um decreto legislativo e o plebiscito terá de ser feito no prazo de seis meses.

PROJETO

O projeto que prevê um plebiscito sobre a criação do Estado do Tapajós ainda voltará ao Senado. Neste tempo, acredita o governador Simão Jatene, é necessário um esforço pelo esclarecimento das populações envolvidas acerca dos benefícios ou prejuízos que podem advir deste processo.
 “A população deve ser protagonista e não coadjuvante diante de uma decisão desse porte. Para isso, precisa ser devidamente informada sobre todos os ângulos possíveis”, reitera Jatene.
 Procurado pelo DIÁRIO, o chefe da Casa Civil do governo, Zenaldo Coutinho, preferiu não dar entrevista, mas reforçou, por sua assessoria, que continua contra o processo de divisão do Pará. (com informações da Agência Pará)
NÚMEROS
90% da população do oeste do Pará apoia a criação do Estado do Tapajós, segundo pesquisa realizada pela UFPA em 2010.
60% dos eleitores do sul e sudeste do Pará apoiam a criação do Estado do Carajás.
66 municípios deixarão de fazer parte do Pará caso os dois novos estados sejam criados.
24% do território paraense ou 951.085,80 km² do território do Pará seriam absorvidos pelo Estado de Carajás.

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