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sexta-feira, 25 de março de 2011

Jovem sem braços que pilota aviões presenteia Papa com sua medalha

Apesar de ter nascido sem os braços, Jessica Cox, de 28 anos, é piloto de avião e toca o piano com os pés. Essas são algumas das conquistas que lhe renderam a medalha oficial do Guinnes World Records, entregue por ela mesmo, de presente, ao Papa Bento XVI, após a Catequese desta quarta-feira, 23, no Vaticano.

Segundo informações do L'Osservatore Romano, Jessica tomou essa iniciativa para "testemunhar o valor da vida sempre e em todo lugar, em qualquer condição". 

Sobre o fato de viver sem braços e ter que fazer as coisas cotidianas com os pés, como cozinhar, colocar as lentes de contato ou enviar mensagens de texto, a jovem comenta que "é um estilo de vida com o qual procuro contagiar os jovens que vivem no desespero e sem valores autênticos".

Superação

Jessica é uma jovem oradora motivacional filipino-americana. Ela nasceu em 1983 no estado do Arizona, Estados Unidos. Os médicos que a atenderam não puderam explicar as razões pelas quais nasceu sem braços, entretanto desde pequena Jessica praticou ginástica, dança, sapateado, canto, tae kwon-do (é faixa preta) e natação.

Além disso, ela conseguiu concluir e obter o título em psicologia e é capaz de conduzir seu próprio automóvel sem necessidade de adaptações.

Jessica obteve sua permissão para pilotar aviões ligeiros em 2008, logo depois de três anos nos quais voou 89 horas junto a três instrutores, cinco vezes mais tempo do que normalmente se requer.

Seu avião se chama Ercoupe e é um dos poucos aviões certificados sem pedais, para que Jessica use os pés como qualquer outro utilizaria as mãos.

Uma das razões pelas quais se empenhou por isso, foi porque desde pequena tinha medo voar e assim quis superar este temor.

Quero tirar habilitação', diz ex-mendigo que construiu carro

O ex-mendigo Orismar de Souza, 35 anos, quer tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para evitar ser parado em alguma blitz de trânsito em São José de Piranhas (PB). Ele teme que o veículo feito por ele mesmo seja apreendido. "O carro não tem documento e eu não tenho a carteira ainda. É a próxima providência que preciso tomar."
Apesar de não ter CNH, Souza chegou a fazer bico de mototaxista na região, mas disse que sempre foi cauteloso. "Nunca andei em alta velocidade. Nem com a moto e nem com o carro. Meus pais me ensinaram a andar corretamente e quero fazer tudo direitinho."
Orismar teme que carro seja apreendido e quer tirar CNH (Foto: Divulgação/Wagner Batista da Silva/Arquivo Pessoal)
saiba mais
Souza sempre teve o sonho de dirigir um carro e fez da paixão automobilística, já aos 9 anos, o estopim para começar a construir carrinhos com lata de óleo, no sítio onde trabalhavam os pais, produtores rurais em Cajazeiras (PB). Aos 17 anos, ele teve o seguinte lampejo: "vou construir meu próprio carro". O sonho se tornou realidade em dezembro de 2010, quando ele concluiu o seu atual meio de transporte, o 'camarão móvel'.
Construção do carro
Usando apenas uma talhadeira e um martelo, que foram presentes de um vizinho, Souza disse que começou a cortar as primeiras chapas de aço. "Virei piada. Lembro de quando vi um homem montando um portão em uma casa e perguntei onde ele comprava as chapas de aço. Ele riu da minha cara e disse que eu estava louco quando falei que queria construir um carro."
Souza contou ao G1 que chegou a passar fome para guardar dinheiro e conseguir comprar o material para a lataria do 'camarão móvel'. "Deixava de comer para juntar todo o dinheiro necessário. Em quatro meses eu juntei R$ 450 e fui até a cidade comprar as chapas. Ninguém acreditava, todo mundo ria de mim. Fui muito humilhado por isso, mas eu venci e construí meu carro, sozinho, com minhas próprias mãos."
Ele disse que a inexperiência em lidar com o aço quase o fez desistir do sonho. "Comecei a cortar o aço com a talhadeira e o aço foi ficando mole, não sabia mexer com isso e me assustei. Depois, quando fui dobrando as peças, ele voltou a ficar rígido. Foi Deus que me ajudou e consegui dar forma ao carro."
Peça por peça
Para construir o 'camarão móvel', Souza disse que pedia muitas peças nas oficinas da região e também pegava tudo que era descartado no lixo. "Peguei um motor de motocicleta, de 125 cc, para mover o carro. Antes, a ligação era feita com pedal, igual ao de moto, na parte traseira. Agora, em dezembro, consegui fazer a ignição com chave e também coloquei câmbio com ré."
Souza disse que o carro chega até 80 km/h na rodovia asfaltada. "Na cidade e no barro eu ando devagar, não passo dos 40km/h. Cabe duas pessoas, mas não tenho namorada. Quando ando na rua é aquela festa, porque muita gente me admira e acaba tirando foto."
'Carro de verdade'
Apesar de ter conseguido construir seu próprio carro, o ex-mendigo, que faz bicos de faxineiro e cortador de cana, disse que espera um dia arrumar uma garagem fixa para seu 'camarão móvel'. "Na verdade, na verdade, ainda sonho em ter um carro direitinho, com placa, documento e tudo, além de um lugar para guardá-lo com segurança."

Reino Unido divulga imagens de caças atingindo tanques da Líbia








                                                                                                                        O Ministério da Defesa do Reino Unido divulgou nesta sexta-feira  
(25) imagens de caças britânicos e aliados destruindo tanques das
tropas de Kadhafi que estariam ameaçando a cidade de Ajdabiyah 
na noite da véspera.
As imagens, em preto-e-branco, foram mostradas em uma entrevista
em Londres. Elas mostram dois de sete tanques destruídos.
Os tanques parecem estar parados e são atingidos por mísseis ar-terra.
Em um dos tiros, o tanque explode em chamas.
Qatar
Dois Mirage 2000 do governo de Qatar, acompanhados de dois aparelhos
franceses do mesmo tipo, realizaram nesta sexta a primeira missão aérea
do país árabe no céu líbio, anunciou o Estado-Maior da França em seu site.
114 mortos
O Ministério da Saúde líbio divulgou nesta sexta que pelo menos
 quantas delas eram civis.

Confessionário pode ser verdadeiro lugar de santificação, diz Papa

O Papa Bento XVI recebeu em audiência os participantes do22º Curso sobre Foro Íntimo, promovido pelo Tribunal da Penitenciária Apostólica, na manhã desta sexta-feira, 25, na Sala das Bênçãos, no Vaticano. O curso oferece subsídios aos novos presbíteros para auxiliá-los no exercício de ministrar o Sacramento da Penitência (Confissão).

O discurso do Pontífice destacou um aspecto que, na sua opinião, não seria suficientemente considerado, embora de grande relevância espiritual e pastoral: o valor pedagógico da Confissão sacramental, tanto para o penitente quanto para o confessor.

"A fiel e generosa disponibilidade dos sacerdotes em escutar as confissões indica a todos nós como o confessionário pode ser um verdadeiro 'lugar' de santificação", afirmou.

Para o penitente, a Reconciliação sacramental "é um dos momentos nos quais a liberdade pessoal e a consciência de si mesmo são chamados a se expressar de modo particularmente evidente", salienta o Santo Padre, indicando que a atual época de relativismo e menor consciência do próprio ser diminui a procura pela prática sacramental.

Além disso, o exame de consciência "educa a olhar com sinceridade a própria existência, a confrontá-la com a verdade do Evangelho e avaliá-la com parâmetros não sobretudo humanos, mas tomados da divina Revelação. O confronto com os Mandamentos, com as Bem Aventuranças e, sobretudo, com o Preceito do amor, constitui a primeira grande 'escola penitencial'", ensinou o Bispo de Roma.

Em meio ao rumor, distração e solidão de nosso tempo, a conversa com o confessor pode ser uma das poucas – se não a única – ocasiões em que se pode ser escutado verdadeiramente e em profundidade. "A íntegra confissão dos pecados educa para a humildade, o reconhecimento da própria fragilidade e a consciência acerca da necessidade do perdão de Deus e da confiança de que a Graça divina pode transformar a vida", enfatizou.

Finalmente, o penitente deve acolher os conselhos do confessor e suas exortações como forma de julgar os próprios atos no caminho espiritual e de cura interior. "Escutar as palavras 'Eu te absolvo dos teus pecados' representa uma verdadeira escola de amor e de esperança, que guia à plena confiança no Deus Amor revelado em Jesus Cristo, à responsabilidade e ao compromisso de contínua conversão".


Para o sacerdote

Bento XVI explicou que o Sacramento da Penitência educa antes de tudo o confessor, porque a missão sacerdotal é um ponto de observação único e privilegiado da Misericórdia divina. "Quantas vezes o sacerdote assiste a verdadeiros milagres de conversão, que, renovando o encontro com um acontecimento, uma Pessoa, reforçam a sua própria fé. No fundo, confessar significa assistir a tantas profissões de fé quanto são os penitentes, contemplar a ação de Deus misericordioso na história, tocar com a mão os efeitos salvíficos da Cruz e da Ressurreição de Cristo, em cada tempo e para cada homem".

O Santo Padre salienta que conhecer, visitar o abismo do coração humano, também nas suas faces obscuras, por um lado, coloca à prova a humanidade e a fé do próprio sacerdote, mas, por outro, alimenta nele a certeza de que a última palavra sobre o mal do homem e da história é de Deus, é da sua Misericórdia: "Quanto pode, pois, o sacerdote aprender de penitentes exemplares pela sua vida espiritual, pela seriedade com que conduzem o exame de consciência, pela transparência no reconhecer o próprio pecado e pela docilidade com relação ao ensinamento da Igreja e as indicações do confessor".

Em síntese, para o sacerdote – diz o Papa –, a administração do Sacramento da Penitência possibilita profundas lições de humildade e de fé, é um forte recordar da sua própria identidade sacramental. "Nunca, unicamente por força da nossa humanidade, podemos escutar as confissões dos irmãos! Se esses acorrem a nós, é somente porque somos sacerdotes, configurados a Cristo e tornados capazes de agir em seu Nome e na sua Pessoa, de tornar realmente presente Deus que perdoa, renova e transforma".

"Queridos sacerdotes, não deixem de dar oportuno espaço ao exercício da Penitência no confessionário: ser acolhido e escutado constitui também um sinal humano do acolhimento e da bondade de Deus por seus filhos", concluiu Bento XVI.

Dilma anuncia que governo vai fatiar reforma tributária

A presidente Dilma Rousseff anunciou ontem na reunião do Conselho Político que vai fatiar a reforma tributária para viabilizar a aprovação das mudanças. Na reunião ontem, no Palácio do Planalto, ela admitiu a dificuldade para aprovar a reforma em uma única proposta. A intenção do governo, portanto, é propor as mudanças em vários projetos, que serão negociados individualmente.
A presidente não adiantou, no entanto, quais mudanças no sistema tributário serão propostas pelo governo. No discurso de posse no Congresso em janeiro, a presidente afirmou que a prioridade do governo na área tributária é simplificar, racionalizar e modernizar o sistema. Ela disse também que é preciso ampliar a base de arrecadação tributária para desonerar as atividades que promovem o crescimento econômico, em especial os investimentos e a produção dos bens de consumo popular.
O fatiamento da reforma já vinha sendo discutido na Câmara. Parlamentares da base aliada e de oposição concordam que será mais fácil discutir e votar as alterações na legislação tributária por meio de projetos específicos.
Sem consenso
Não há consenso, no entanto, sobre que pontos serão discutidos em primeiro lugar. O PSDB, por exemplo, já apontou a desoneração da folha de salários como prioridade. Para o líder do partido, deputado Duarte Nogueira (SP), a medida aumentará a competitividade das empresas e sua capacidade de absorver mais mão de obra.
Outra divergência é sobre as mudanças que serão necessárias para viabilizar a redução da carga tributária. O deputado Pedro Eugênio (PT-PE), ex-presidente da Comissão de Finanças e Tributação, defende a redistribuição da carga, fazendo quem ganha mais pagar mais. Já Duarte Nogueira acredita que a eficiência virá por meio da melhoria na qualidade do gasto público, com corte de despesas que não são prioritárias.
Já a simplificação do número de impostos e dos procedimentos tem o apoio das maioria dos parlamentares.
Texto aprovado
Em 2008, a Câmara aprovou substitutivo do deputado Sandro Mabel (PR-GO) a várias propostas sobre reforma tributária (PECs 233/08 e 31/07, entre outras) em tramitação na Casa. Entre os principais pontos do texto aprovado, estão a unificação das 27 leis estaduais do 
ICMS e a criação do Imposto sobre Valor Adicionado Federal (IVA-F) - a partir da fusão do PIS/Pasep, da Cofins e da contribuição do salário-educação.
Outros pontos importantes do texto pronto para votação na Câmara são desoneração de alimentos, produtos de higiene, limpeza e de consumo popular com o excedente de arrecadação e a incorporação da Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL) ao Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

Japão organiza retirada de moradores dos arredores de usina

O governo do Japão está oferecendo transporte e assistência aos moradores da região entre 20 km e 30 km da usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelo terremoto e tsunami do último dia 11.
O porta-voz do Gabinete japonês, Yukio Edano, afirmou que a retirada é voluntária e leva em consideração as "dificuldades" enfrentadas por estes moradores e não um risco à sua saúde pelo vazamento de radiação.
Segundo Yukio, os moradores enfrentam dificuldades em conseguir suprimentos no comércio local. Muitas empresas não estão repondo seus produtos no comércio local, por medo de enviar seus funcionários para a região.
Ele ressaltou que esta não é uma retirada obrigatória, mas não descartou que a medida seja imposta caso os níveis de radiação subam a níveis perigosos.
O governo já havia retirado mais de cem mil pessoas da área de até 20 km da usina, cujos técnicos continuam enfrentando dificuldade em conter o vazamento de vapor radiativo com a falta de energia elétrica e os danos causados aos prédios dos reatores.
As autoridades pediram ainda que os moradores desta faixa entre 20 km e 30 km ficassem em casa me tomassem precauções adicionais contra a radiação.
"A distribuição de bens está estagnada e é difícil manter sua vida diária por um longo período de tempo", disse Yukio, acrescentando que o governo dará assistência logística para transporte e outras facilidades para quem quiser se mudar.
O governo pediu ainda que as cidades trabalhem coordenadamente para tornar a retirada imediata possível, caso seja decidido um esvaziamento emergencial da região.
A Comissão de Segurança Nuclear do Japão, um painel do governo, também recomendou a retirada voluntária dos moradores, já que o vazamento de material radioativo deve continuar por algum tempo.
EFEITOS
Apesar do governo afirmar que não há risco de radiação nesta faixa, os efeitos dos vazamentos da usina de Fukushima Daiichi estão sendo sentidos a milhares de quilômetros.
Traços de iodo radioativo foram detectados na Suécia, França e Estados Unidos, embora sejam muito abaixo do que é considerado prejudicial para seres humanos.
Dois turistas japoneses, um de Nagano e um de Saitama, ambos a 200 km de Fukushima, foram levados ao hospital na China, após as autoridades detectarem níveis anormais de radiação.
Um porta-voz da Embaixada do Japão na China disse que ambos estão bem, já deixaram o hospital e se reuniram com os demais turistas.
A agência de notícias chinesa Xinhua disse ainda que níveis anormais de radiação também foram detectados em um barco japonês.

Decisão sobre Ficha Limpa afeta pouco as bancadas na Câmara, dizem deputados

BRASÍLIA - A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar inconstitucional a aplicação da Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010 não deverá alterar de forma significativa a correlação de forças políticas na Câmara. A avaliação foi feita nesta quarta-feira pela maioria dos deputados ouvidos pela Agência Câmara.
“Não sabemos exatamente o alcance da decisão, o que muda aqui em termos de representação nas bancadas. Vai ter repercussão, sim, mas não acredito que ela modifique a correlação de forças”, disse o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM). Para ele e para outros parlamentares, as mudanças serão pontuais e não devem afetar a direção dos partidos ou o alinhamento com governo e oposição. “A mudança vai ser superficial”, concordou o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).
A Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10) entrou em vigor no dia 4 de junho do ano passado e criou novas hipóteses de inelegibilidade. A maioria dos tribunais eleitorais, de primeira e segunda instâncias, aplicou a lei para os candidatos na eleição passada, o que implicou em centenas de cassações de registros – o número exato não é conhecido.

Anterioridade
Por seis votos contra cinco, o STF decidiu nesta quarta-feira que a aplicação da lei violou o princípio da anterioridade, previsto no artigo 16 da Constituição. O dispositivo estabelece que uma lei que modifique o processo eleitoral somente será aplicada a partir de um ano da data de sua vigência. No caso da Ficha Limpa, só valerá a partir do pleito de 2012.
Com isso, os candidatos barrados na Justiça Eleitoral por causa da lei que conseguiram votos suficientes para serem eleitos têm a possibilidade de vir a tomar posse.
O julgamento no Supremo acabou com uma indecisão que durava desde o ano passado, quando por duas vezes os ministros discutiram a questão e houve empate – cinco votos para cada lado. Com a posse do ministro Luiz Fux, neste mês, a questão foi decidida contra a anterioridade da norma.
Apesar de não acreditar em grandes mudanças, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) fez uma ressalva: para ele, mesmo com a decisão de ontem, ainda restam algumas questões em aberto. Segundo o parlamentar, os candidatos que foram ao STF podem entrar com ação rescisória (usada para impugnar decisões judiciais) para tentar tomar posse. Os que não foram à Justiça Eleitoral poderão não trilhar o mesmo caminho, pois não existe esse tipo de instrumento no direito eleitoral. “As coisas ainda estão embaralhadas. O imbróglio permanece”, disse Garotinho.

Efeito político
A concordância quanto ao efeito partidário de decisão não se repetiu quanto ao efeito político. Os parlamentares divergiram sobre o acerto do julgamento. Para o deputado Garotinho, por exemplo, os ministros do Supremo mostraram, de forma correta, que estão mais preocupados com o respeito ao texto constitucional do que com a opinião das ruas. “O STF é guardião da Constituição”, afirmou.
Na mesma linha, o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) afirmou que a decisão põe fim à insegurança jurídica que imperava no processo eleitoral. “O voto do [Luiz] Fux foi acertado. Havia uma balbúrdia jurídica tão grande que hoje respiramos mais aliviados. Teremos clareza, a partir de agora, da interpretação eleitoral”, disse Vieira. Ele destacou que a questão era tão complexa que o Supremo precisou de três votações para chegar a uma decisão, e mesmo assim sem maioria ampla.
O deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) lembrou que a decisão não acaba com a lei, apenas limita no tempo os seus efeitos. “A sociedade ganha na medida em que o STF mostra que existe uma segurança jurídica. A lei está valendo, mas dentro do que a Constituição prevê”, disse.

Sociedade
Do outro lado, parlamentares como Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), Ivan Valente (Psol-SP) e Pauderney Avelino criticaram a decisão final, que frustra os anseios da população. “A sociedade sai perdendo. Na prática, a decisão do Supremo equivale a uma anistia. Todos os corruptos do País vão jogar no lixo as condenações”, disse Paulo Rubem Santiago.
O deputado Ivan Valente foi mais longe e afirmou que o Supremo “desrespeitou” o povo brasileiro. “Acho que os ministros não devem dar votos que não estejam sintonizados com a sociedade. A tecnicalidade não pode estar acima do interesse público”, afirmou. O Psol poderá perder uma vaga no Senado com a determinação.

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