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ELETRÔNICA OLIVEIRA
A secretária Elaine Nascimento Lima, de 28 anos, atua, desde o temporal, como voluntária no abrigo improvisado que funciona em uma escola do bairro Olaria. O sindicato onde ela trabalha está retomando, esta semana, o expediente normal, mas ela afirma que isso não vai atrapalhar a sua ação voluntária.
“Eu não perdi nenhum parente, graças a Deus, mas eu me coloco no lugar das pessoas que perderam tudo. Por isso, vim ajudar. Vou ter que começar a trabalhar no escritório [do sindicato]. Mas, como eu trabalho até as cinco horas da tarde, virei ajudar na parte da noite”.
A funcionária dos Correios Zilpa Ferreira já voltou a trabalhar. Mas a vontade de ajudar é grande e, depois do expediente, ela segue para uma segunda jornada como voluntária no abrigo de Olaria. “Não tem como a gente ver toda essa tragédia e ficar à parte. Nossa cidade está precisando muito. Graças a Deus, meu bairro não foi atingido, mas acho que cada um que tenha condições, tempo, dinheiro e solidariedade, precisa doar nesse momento para as pessoas que estão precisando. A destruição foi muito grande e tem pessoas precisando muito de todo tipo de ajuda”, disse ela.
Corpos resgatados na região serrana já somam 717
O número foi no último balanço, divulgado na manhã de hoje, 19, pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
O município de Nova Friburgo ainda é o que registra o maior número de mortos em conseqüência das chuvas que atingiram a região há uma semana: 338. Em Teresópolis, os mortos são 292; em Itaipava, distrito do município de Petrópolis, 63; em Sumidouro, 19; em São José do Vale do Rio Preto, quatro, e em Bom Jardim, uma pessoa morreu.