É preciso testemunhar Cristo também nas redes sociais, diz Papa
“Também no mundo digital, não pode haver anúncio de uma mensagem sem um testemunho coerente por parte de quem anuncia. Nos novos contextos e com as novas formas de expressão, o cristão é chamado de novo a dar resposta a todo aquele que lhe perguntar a razão da esperança que está nele”, ressaltou Bento XVI.
As redes sociais já fazem parte do cotidiano das pessoas, logo, o Papa aconselha aos cristãos que se unam com confiança, criatividade, consciência e responsabilidade, para que estas não sejam meios de simples satisfação do desejo de estar presente.
A web, salientou o Pontífice, contribui para o desenvolvimento de formas novas, e mais complexas, de consciência intelectual e espiritual. “Somos chamados a anunciar neste campo, também, a nossa fé: que Cristo é Deus, o Salvador do homem e da história, Aquele em quem todas as coisas alcançam a sua perfeição”, enfatizou.
Os jovens são os mais envolvidos nesses novos meios de comunicação, mas o Santo Padre alerta que é preciso estar atento para evitar seus perigos da rede, como refugiar-se numa espécie de mundo paralelo ou expor-se excessivamente ao mundo virtual. “Na busca de partilha, de 'amizades', confrontamo-nos com o desafio de ser autênticos, fiéis a si mesmos, sem ceder à ilusão de construir artificialmente o próprio 'perfil' público”, aconselhou Bento XVI.
CNBB saúda criação da Diocese de Naviraí e seu primeiro bispo
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma nota, nesta quinta-feira, 2, para demonstrar sua satisfação com o anúncio da criação da Diocese de Naviraí (MS), feito pelo Papa Bento XVI nesta quarta-feira, e pela nomeação do primeiro bispo da nova diocese.
Leia a nota na íntegra
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB recebeu com grata satisfação o anúncio da criação da Diocese de Naviraí, no Estado do Mato Grosso do Sul, feito pelo Santo Padre Bento XVI nesta quarta-feira, 1º de junho, bem como a nomeação de seu primeiro bispo, Monsenhor Ettore Dotti, CSF. Com este gesto o Santo Padre demonstra, mais uma vez, seu carinho e apreço pela Igreja no Brasil. Somos-lhe imensamente gratos por tamanha deferência.
Enviamos nossa saudação fraterna à nova Diocese e ao Regional Oeste 1, que acolhe esta circunscrição eclesiástica. À luz das novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, fazemos votos de que nesta nova Igreja Particular o anúncio de Jesus Cristo continue encontrando eco nos corações humanos e o Reino de Deus aconteça a partir de uma prática cada vez mais identificada com o Evangelho.
Agradecemos a Dom Redovino Rizzardo, CS e à Diocese de Dourados, da qual é pastor, todo o trabalho pela criação da nova diocese. Desmembrada de Dourados, à qual permanecerá unida por laços filiais, a Diocese de Naviraí já nasce grande e com caminhada pastoral e evangelizadora.
Cumprimentamos, igualmente, Monsenhor Dotti, nomeado primeiro bispo da recém-criada Diocese de Naviraí. A CNBB, identificada pela colegialidade e comunhão episcopal, o acolhe fraternalmente augurando-lhe abundantes frutos nesta nova missão para qual o Espírito Santo o convoca. Asseguramos-lhe nossas preces e solidariedade.
Papa explica mistério da Ascensão de Jesus ao Céu
A Ascensão de Jesus ao Céu, explica o Papa Bento XVI, é um mistério da fé cristã. Jesus sai da terra em direção ao Céu diante dos olhos dos discípulos, este é seu último ato terreno depois da Ressurreição. Jesus sai fisicamente da história humana para entrar fisicamente no Reino de Seu Pai.
“Na Ascensão de Cristo ao Céu, o ser humano entra numa nova intimidade com Deus, sem precedentes. O homem encontra agora, e para sempre, espaço em Deus. O 'Céu' não é um lugar sobre as estrelas, mais uma coisa muito mais ousada e sublime: é o próprio Cristo, a Pessoa divina que acolhe plenamente e para sempre a humanidade, Aquele no qual Deus e o homem estão inseparavelmente unidos para sempre”, disse o Papa em 2009.
O dinamismo da Ascensão não pode se opor ao dinamismo da Encarnação, quando o Filho de Deus abriu pela primeira vez - com sua vinda para o meio dos homens - a comunicação entre o Céu e a terra.
O Pontífice esclarece que Cristo, de fato, veio ao mundo para levar o homem a Deus, não sob o plano ideal – como um filósofo ou um mestre da sabedoria – mas realmente, como um pastor que quer reconduzir as ovelhas ao aprisco.
“Este 'êxodo' para a Pátria Celeste, que Jesus viveu em primeira pessoa, foi totalmente dirigido para nós. É porque Ele desceu dos Céus e, por nós, ascendeu, depois de se fazer em tudo semelhante aos homens, humilhado até a morte na cruz e depois de tocar o abismo do máximo afastamento de Deus”, disse o Santo Padre na oração do Regina Coeli, em 4 de maio de 2008.
A Ascensão é, assim, a estrada oposta ao afastamento de Deus. Por ela, Jesus se coloca ao lado do Pai. Todavia, elucida Bento XVI, a Ascensão não é uma “temporária ausência do mundo”, pois Jesus prometeu que ficaria ao lado da humanidade para sempre. Assim, a Ascensão é a indicação de uma direção, a trajetória na qual todos são chamados.
“O Senhor dirige o olhar dos apóstolos para o Céu para indicar a eles como percorrer a estrada do bem durante a vida terrena. Ele, entretanto, permanece na trama da história humana, está próximo a cada um de nós e guia nosso caminho cristão: é companheiro dos perseguidos por causa da fé, está no coração daqueles que são marginalizados, está presente junto aqueles aos quais foi negado o direito à vida”, salientou o Santo Padre, na oração do Regina Coeli, de 16 de maio de 2010.
Mas a Ascensão coloca em destaque outra realidade: a transcendência da Igreja. Enquanto constrói o Reino de Deus sob a terra, a Igreja marcha para o seu destino.
“A Igreja não nasceu e não vive para suprir a ausência do Senhor 'desaparecido', mas ao contrário, encontra razão ao seu ser e a sua missão na permanente, mesmo que invisível, presença de Jesus - uma presença operante, mediante a potência do seu Espírito”, ressaltou o Papa.
Em outros termos, explica ainda o Pontífice, pode-se dizer que a Igreja não desenvolve a função de preparar o retorno de Jesus 'ausente', mas ao contrário, vive e opera para proclamar a 'presença gloriosa' de maneira histórica e existencial.