Grécia vive greve geral de 48 horas antes de votação
Sindicatos protestam contra adoção do pacote de austeridade econômica
Nesta terça-feira, a Grécia amanheceu sob uma greve geral de 48 horas convocada pelos sindicatos dos setores público e privado, a quarta do ano. A paralisação deverá afetar o transporte aéreo, urbano e marítimo, além de todos os tipos de serviço público.
O plano de austeridade proposto pelo governo socialista pretende arrecadar 78 bilhões de euros até 2015, e inclui privatizações, novos impostos sobre renda e propriedades e cortes de salários e aposentadorias. A taxa de desemprego na Grécia subiu para 15,9% no primeiro trimestre, elevação em relação ao primeiro trimestre do ano passado (11,7%) e quarto trimestre de 2010 (14,2%). O Produto Interno Bruto (PIB) da Grécia recuou 5,5% no primeiro trimestre deste ano. Em relação ao quarto trimestre de 2010, o PIB grego mostrou alta de 0,2% entre janeiro e março deste ano.
"Nossas mobilizações continuarão enquanto estiverem em vigor estas políticas" disse Stakis Anesti, um porta-voz da Confederação Geral de Trabalhadores da Grécia (GSEE). Segundo Anesti, o protesto terá como ponto de encontro a Praça Sintagma, em frente do Parlamento, onde os sindicatos esperam uma participação em massa.
As autoridades informaram que cerca de cinco mil policiais cuidarão da segurança nessa zona. À manifestação desta terça-feira se une a União de Funcionários Públicos (ADEDY).
O governo prevê reduzir a força de trabalho do setor público em 25%, ao tempo que será elevada a 40 horas semanais a carga de trabalho e serão estipulados novos contrato com um salário mínimo de 500 euros mensais.
Jogador foi ouvido nesta terça-feira (28) por comissão de deputados. Noiva Ingrid Oliveira compareceu e trocou carícias com Bruno.
A sessão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para ouvir o goleiro Bruno sobre denúncia de tentativa de venda de habeas corpus em favor dele terminou às 12h18 desta terça-feira (28), em Belo Horizonte. O jogador, que vai a júri popular sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, pediu ao fãs que acreditem na inocência dele. "Eu não pude dar retorno, agradecer todos os meus fãs. Podem acreditar em mim, nas minhas palavras. Eu sou inocente”, disse.
A sessão começou às 9h35 e foi conduzida por membros da Comissão de Direitos Humanos da ALMG. O advogado de Bruno, Cláudio Dalledone, e a noiva do jogador, Ingrid Calheiros Oliveira, também prestaram esclarecimentos aos deputados Durval Ângelo, Rogério Correia, Maria Tereza Lara, Délio Malheiros e outros. Durante a sessão, Ingrid e Bruno chegaram a sentar lado a lado e trocaram beijos.
A denúncia partiu da noiva do goleiro no dia 10 de junho, quando já havia falado aos deputados. Segundo a comissão, ela disse que a juíza Maria José Starling, da comarca de Esmeraldas, teria intermediado conversa de Ingrid com um advogado que participou da defesa do goleiro. Este defensor teria proposto à noiva do goleiro uma assinatura de um contrato de R$ 1,5 milhão com cláusula de impetração de habeas corpus a favor de Bruno.
Ele negou o envolvimento de Maria José Starling em supostas irregularidades envolvendo o caso do goleiro Bruno. Segundo Queiroz, “a juíza Starling não tem competência para colocar o Bruno para fora, para liberar da prisão. Não pode revogar a decisão da Marixa (Rodrigues, juíza da comarca de Contagem, que proveriu sentença de pronúncia contra os réus)", disse.
Bruno negou ter proposto ou aceitado qualquer tipo de corrupção para se livrar da acusação pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio. "Quero sair da Nelson Hungria pela porta da frente", disse. O jogador falou que espera voltar ao trabalhar quando deixar o presídio. "Quero sair dali, para dar continuidade à minha carreira e cuidar dos meus entes queridos".
Logo no início do depoimento, Bruno fez acusação ao delegado Edson Moreira, da Polícia Civil em Belo Horizonte. “O senhor Edson Moreira me ofereceu R$ 2 milhões para sair, jogar o caso em cima do meu sobrinho. Como eu não devo nada, R$ 2 milhões para mim, na situação que eu me encontrava, eu resolvia em um estalar de dedos. Mas a Justiça tem que ser feita. Não é assim que as coisas se resolvem, disse Bruno em sessão na ALMG.
Procurado, o delegado Edson Moreira comentou sobre a declaração dada pelo goleiro. "Deixa o Bruno pra lá. Ele já falou isto antes. Não tem o que negar. A gente só nega o que acontece", disse o delegado.
Depoimentos na ALMG
Ingrid Calheiros Oliveira, noiva do goleiro Bruno, foi a primeira a chegar à Assembleia Legislativa. Em seguida, Bruno, que deixou a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, para participar da reunião. Ele estava acompanhado de policiais e sem algemas. Os dois entraram juntos na sala de audiência e estavam usando aliança na mão direita.
O primeiro a falar foi o advogado Cláudio Dalledone. Ele disse que, em fevereiro, Ingrid teria sido chamada por um ex-advogado do goleiro, que teria pedido a quantia em troca da soltura do jogador. Segundo a denúncia, a cobrança seria da juíza Maria José Starling. Ainda de acordo com Dalledone, um vídeo mostraria a suposta negociação que teria sido feita em um hotel no Rio de Janeiro. A gravação foi exibida aos presentes no encerramento. Como não tinha áudio, foi narrada pelo advogado.
Em seguida, Bruno falou aos deputados. O jogador chegou a chorar por duas vezes, pediu à sociedade que acredite na inocência dele e disse que se sente humilhado.“Estão procurando ela (Eliza Samúdio) morta. Porque não começa a procurar ela viva? Porque eu tenho que passar por essa humilhação, sendo tratado pior do que um preso? E as pessoas ficam dizendo que eu tenho regalias”, disse. Ao beber um copo de água, o jogador comentou que não bebia água gelada desde quando foi preso.
Nesta terça-feira (28), Ingrid disse que esteve na casa da juíza, a convite da magistrada, para tomar um chá com duas familiares de Bruno. O advogado citado na denúncia também estaria presente. Segundo Ingrid, em uma conversa reservada no escritório da casa da juíza, o advogado teria mostrado habeas corpus negados ao atleta e dito que, se não houvesse a ajuda de uma pessoa influente, Bruno continuaria preso. “No início, eu achei que a juíza realmente estava querendo ajudar, estava agindo de boa-fé. Depois, é que eu vi que ela estava interessada na questão do dinheiro”, disse Ingrid.
Ao término da sessão, membros da Comissão de Direitos Humanos levantaram a possibilidade da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a conduta da juíza citada na denúncia feita por Ingrid e também a conduta do delegado acusado de extorsão por Bruno.
Réu pela morte de Eliza Samúdio
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza Samudio deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Eliza teria sito morta no início de junho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil indiciou Bruno e mais oito envolvidos no desaparecimento e morte da jovem. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público em agosto de 2010. O corpo de Eliza não foi encontrado.
Em dezembro de 2010, a mulher de Bruno, Dayanne; a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro; o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva; e Wemerson Marques, o Coxinha, foram soltos e respondem em liberdade. O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio estão presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Praça Tahrir volta a ser palco de violência
A Praça Tahrir, no Cairo, voltou a ser palco de protestos e de violência, mais de quatro meses depois da revolta popular que levou à queda de Hosni Mubarak.
Durante a madrugada desta quarta-feira, a polícia egípcia utilizou gás lacrimogéneo – condenado pela Amnistia Internacional - para dispersar milhares de manifestantes, na sua maioria jovens, que responderam com pedras e que pediam rapidez no julgamento de responsáveis do antigo regime, avança a Reuters.
“As pessoas estão zangadas com o facto de os processos contra responsáveis do regime estarem constantemente a atrasar-se”, disse à Reuters Ahmed Abdel Hamid, um padeiro de 26 anos, no local. Hamid adiantou que a polícia entrou em confronto com alguns dos que prestavam homenagem às vítimas mortais da revolução, o que levou os manifestantes a deslocarem-se para a Praça Tahrir.
Os protestos terão tido início na terça-feira, quando as famílias de mais de 840 pessoas mortas durante a revolta que pôs fim ao regime de Mubarak se juntaram para honrar os “mártires” numa área próxima da capital egípcia. De acordo com Angie, de 28 anos, o confronto entre autoridades e manifestantes começou quando as forças de segurança desalojaram os familiares dos “mártires” que pediam justiça. A transferência dos protestos para a Praça Tahrir transformou o confronto num dos mais graves desde a saída de Mubarak a 11 de Fevereiro.
Em Tahiri, enquanto uns gritavam pela queda do regime, outros pediam a demissão de Mohamed Hussein Tantawi, o chefe do conselho militar que actualmente governa o Egipto, e outros queixavam-se da lentidão da justiça.
“As famílias dos mártires estão desesperadas com o ritmo dos processos contra os polícias que assassinaram os seus filhos”, disse Sherif, um jovem de 28 anos ao jornal espanhol “El Mundo”. “A mentalidade brutal da polícia não mudará nunca. É preciso criar um novo sistema de segurança e acabar com as mesmas caras de sempre”, acrescentou.
Para Omar Azab, de 25 anos, o que se está a viver deve “ajudar a entender que os comícios parlamentares devem organizar-se o mais rápido possível”. E adiantou ao “El Mundo”: “Estive aqui desde dia 25 de Janeiro e é o mesmo”.
Mais de 50 pessoas ficaram feridas mas enquanto umas puderam ser levadas por ambulâncias para o hospital, outras tiveram de ser tratadas no local.
Para o Conselho Militar que agora governa o país, citado pela CNN, os manifestantes “não têm motivos a não ser destabilizar a segurança e a estabilidade do país”.
Há dias, centenas de egípcios, na sua maioria familiares das vítimas da revolta de Janeiro-Fevereiro, confrontaram-se com a polícia anti-motim em frente ao tribunal que julgava o antigo ministro do Interior do país, Habib el-Adli.
O julgamento do antigo Presidente egípcio está marcado para 3 de Agosto. Mubarak está acusado de homicídios premeditados e corrupção e pela repressão dos protestos que levaram ao fim do seu regime e que provocaram a morte de mais de 800 pesssoas. O antigo chefe de Estado poderá ser condenado à pena de morte.
Rio: polícia procura corpo de modelo em operação na Rocinha
A Polícia Civil, representada pela Divisão de Homicídios (DH) e pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), realiza uma operação na localidade conhecida como Divineia, na favela da Rocinha, em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira. Os agentes fazem buscas para encontrar o corpo da modelo Luana Rodrigues, 20 anos.
A DH informou que as informações sobre um possível lugar que Luana poderia ter sido enterrada foram passadas ao Disque Denúncia (21 2253-1177) durante o fim de semana e por pequenas incursões na Rocinha. Se o corpo for encontrado, os agentes farão uma perícia. A DH enviou 100 homens e a Core, outros 30.
Luana Rodrigues desapareceu no dia 9 de maio depois de sair de casa. A jovem tinha um filho de 2 anos com um morador da favela, morava na estrada das Canoas e fazia parte da agência de modelos Dream Model's. Luana foi vista pela última vez em frente a uma loja de venda de veículos dentro da comunidade.
Pouco depois de desaparecer, parentes dela estiveram na Rocinha em busca de informações e receberam a notícia de que ela teria sido morta por traficantes. O motivo da morte teria sido um romance da modelo com um policial militar.