Presidente do Senado lembrou que Palocci centralizava as articulações políticas
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta quarta-feira (8) que a saída de Antonio Palocci do comando da Casa Civil significa “o início de um novo modo de governar” da presidenta Dilma Rousseff.
Para o lugar de Palocci, que pediu demissão na tarde de ontem, Dilma escolheu a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Na avaliação feita por Sarney, o convite a Gleisi mostra que a presidente quer dar “um novo desenho ao governo”, fortalecendo a Secretaria de Relações Institucionais nas discussões com o Congresso e a base aliada.
- Ninguém pode desconhecer que a figura de Palocci, dentro do governo, era de predominância.
Com perfil mais técnico, a própria Gleisi já disse que sua missão será gerenciar os programas do governo. O papel se assemelha ao que Dilma desempenhou no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Palocci, por outro lado, era mais um articulador político.
Perguntado se o atual ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, faz um bom trabalho, Sarney afirmou que a coordenação política do governo “vinha sendo feita predominantemente por Palocci, com a ajuda de Luiz Sérgio”.
Agora, acrescentou, fica a incógnita de como a presidenta deseja estabelecer uma nova forma de relação com os políticos e o Congresso.
Sarney, aliado de primeira ordem do governo, também qualificou como “página virada” a tentativa da oposição de instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias contra o ex-ministro da Casa Civil, posto sob suspeita após a divulgação de que seu patrimônio pessoal cresceu 20 vezes entre 2006 e 2010.
Para Sarney, a intenção do bloco PSDB, DEM, PPS e PSOL era estabelecer “uma guerra política” que, agora, não faz mais sentido.
Cinzas chegam a Buenos Aires
Buenos Aires, (AE) - A nuvem de cinzas provenientes do vulcão chileno Puyehue chegou a Buenos Aires, após percorrer mais de 1,7 mil quilômetros. Os portenhos amanheceram com um céu cinzento-marrom provocado pelas partículas vulcânicas em suspensão no ar. Enquanto isso, entre a noite da segunda-feira (06) e a manhã desta terça-feira (07), a totalidade das companhias aéreas anunciou a suspensão dos voos que partiam e aterrissavam no Aeroporto Internacional de Ezeiza. As empresas também determinaram o fechamento do Aeroparque, o aeroporto metropolitano da capital argentina, destinado aos voos domésticos e um punhado de conexões internacionais. No entanto, no início da tarde, os voos estavam sendo retomados gradualmente em Ezeiza e Aeroparque.
Desde sábado (04), a nuvem de cinzas havia provocado o fechamento total dos aeroportos de Bariloche, Chapelco, Esquel, Viedma e Bahia Blanca. Além disso, os terminais de Comodoro Rivadavia, Ushuaia, Mendoza, San Rafael e Santa Rosa funcionavam de forma parcial.
Os governos das províncias de Neuquén, Río Negro e Chubut distribuíram máscaras cirúrgicas à população.
Em Puerto Madryn, na província de Chubut, às margens do Oceano Atlântico, a 800 quilômetros de Bariloche, as autoridades recomendaram à população não sair de suas casas. Assustados, os moradores correram às farmácias para comprar máscaras. As autoridades também registraram uma corrida aos supermercados para estocar água mineral.
Enquanto isso, turistas brasileiros que estavam de passeio em Bariloche, na Província de Rio Negro, aguardam seu retorno ao Brasil. Fontes do Consulado do País em Buenos Aires indicaram ao Grupo Estado que "poucos brasileiros devem estar em Bariloche nesta semana, já que recebemos pouquíssimas solicitações desde o início da erupção, no sábado (04)".
Segundo as fontes, as companhias aéreas estão providenciando a saída dos brasileiros por via terrestre, desde Bariloche. Mas os ônibus - por recomendação das autoridades argentinas - só podem trafegar pelas estradas durante o dia, entre 9 e 18 horas. Na tarde desta terça-feira (07), o prefeito de Bariloche, Marcelo Cascón, informou que o aeroporto da cidade estará fechado até o 21 de junho, data em que começa a temporada de inverno. O prefeito não descartou a eventual reprogramação das atividades previstas para esse período.
Ontem, os moradores de Bariloche continuavam em suas tarefas de remoção da camada de dois centímetros de cinzas acumuladas desde o último sábado (04). No entanto, o cotidiano da cidade foi interrompido por uma sequência de apagões que deixaram os mais de 150 mil habitantes sem energia elétrica. As cinzas vulcânicas e a água provocavam curtos-circuitos nos transformadores elétricos em toda a região. O Lago Nahuel Huapi, famoso por suas águas azul-turquesa, exibia uma cor marrom por causa das cinzas acumuladas na superfície.
A poucos quilômetros de Bariloche, em Villa La Angostura, Província de Neuquén, a camada de cinzas chegava 40 centímetros de altura. Uma proporção similar acumulava-se sobre as ruas de San Martín de Los Andes.
Há duas semanas, antes da erupção do vulcão Puyehue, as autoridades municipais de Bariloche e o setor hoteleiro da cidade calculavam que mais de 30 mil turistas brasileiros desembarcariam no principal centro de esqui da América Latina entre o final de junho e meados de agosto. No entanto, nesta semana, o pessimismo começa a pairar sobre o setor. "Poderá haver uma queda, mas, o fluxo de turistas não despencará tal como ocorreu em 2009, quando o pânico pela gripe A levou milhares de pessoas a cancelar suas viagens à Bariloche", disseram fontes do setor hoteleiro.
Consequências atingem região Sul do Brasil
Porto Alegre, (AE) - A nuvem de cinzas do vulcão Puyehue se espalhou sobre o Rio Grande do Sul, num movimento de sudoeste a nordeste, durante esta terça-feira (07). Detectada pelos meteorologistas na observação de imagens de satélites, a passagem da fuligem não foi notada pelos gaúchos e nem interferiu em suas atividades. A poeira se deslocou a uma altitude próxima de dez mil metros, enquanto o Estado passou o dia sob chuva, provocada por nuvens mais baixas, em faixas próximas de cinco a seis mil metros do nível do solo.
A presença das cinzas sobre o território brasileiro é consequência de diversos fatores atmosféricos. O meteorologista Flávio Varone, do 8º Distrito de Meteorologia, explica que a fuligem foi empurrada de sul a norte do continente por vento forte, em níveis altos e, de certa forma, foi "sugada" por um ciclone extratropical que estava se formando entre o norte da Argentina, o Paraguai e o Rio Grande do Sul e que vai se deslocar para o Oceano Atlântico nesta quarta-feira (08). A tendência é de que a nuvem de cinzas siga o mesmo trajeto.
Embora pequena, a possibilidade de as cinzas se misturarem com a umidade e caírem ao solo junto com a chuva não está descartada e nem seria inédita. Houve registro de fenômeno semelhante em abril de 1993 no Rio Grande do Sul.
Aviação
A aviação regional no Sul do Brasil não foi prejudicada pela poeira do vulcão na atmosfera. A empresa NHT, que tem operações em diversas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, não precisou cancelar qualquer de seus voos nesta terça-feira (07).
Ao contrário da normalidade dos voos internos, o transporte aéreo internacional passou por transtornos provocados pelo fechamento temporário dos aeroportos de Montevidéu e Buenos Aires. Em Porto Alegre, seis saídas e cinco chegadas foram canceladas durante o dia. Desse total, três saídas e três chegadas correspondem a apenas três voos porque eram escalas de aviões que faziam viagens de Guarulhos a Montevidéu, de Buenos Aires a Belo Horizonte e de Montevidéu a Guarulhos. Outras duas saídas e duas chegadas correspondem a operações de duas aeronaves, que fariam voos de Buenos Aires a Porto Alegre e de Montevidéu a Porto Alegre e depois voltariam à origem.
Mano divulga a lista dos 22 convocados para a Copa América
Foi divulgada nesta madrugada (08 de junho) a lista de convocados do técnico Mano Menezes para a disputa da Copa América, que será disputada mês que vem na Argentina, conforme o programado pela CBF.
Dos 28 convocados para os amistosos contra Holanda e Romênia, o comandante da Seleção deixou sete nomes de fora da lista final para a competição do continente sul-americano. Os goleiros Jefferson e Fábio, o volante Anderson, os meias Henrique e Thiago Neves e os atacantes Nilmar e Leandro Damião.
Outros dois nomes que não participaram dos amistosos, no entanto, marcarão presença no torneio. O atacante Alexandre Pato e o meia Paulo Henrique Ganso, que estavam lesionados receberam o aval do departamento médico da Seleção para participar da competição.
O Brasil tem até o dia 27 deste mês para enviar a lista anunciada por Mano para a Conmebol. Em caso de alguma possível lesão, o técnico brasileiro poderá mudar a lista dos 22 convocados. O grupo se apresenta no dia 20 deste mês no Rio de Janeiro, onde farão exames médicos. No dia seguinte, a Seleção embarca para a Argentina. A delegação brasileira ficará hospedada em um hotel à 60 km de Buenos Aires.
Os brasileiros estão no grupo B, composto ainda por Venezuela, Paraguai e Equador. Os primeiros adversários serão os venezuelanos, no dia 03 de julho, na cidade de La Plata.
Confira a lista dos Convocados para a Copa América
Goleiros
Julio César (Inter de Milão)
Victor (Grêmio)
Laterais
Daniel Alves (Barcelona)
Maicon (Inter de Milão)
André Santos (Fenerbahçe)
Adriano (Barcelona)
Zagueiros
Lúcio (Inter de Milão)
David Luiz (Chelsea)
Luisão (Benfica)
Thiago Silva (Milan)
Volantes
Ramires (Chelsea)
Lucas Leiva (Liverpool)
Sandro (Tottenham)
Meias
Elano (Santos)
Elias (Atlético de Madri)
Paulo Henrique Ganso (Santos)
Jadson (Shakhtar Donetsk)
Lucas (São Paulo)
Atacantes
Neymar (Santos)
Robinho (Milan)
Fred (Fluminense)
Alexandre Pato (Milan)
UE faz reunião de emergência para discutir surto de bactéria
Ministros da Agricultura dos países da União Europeia se reúnem hoje extraordinariamente, em meio aos esforços da Alemanha para identificar a fonte de um surto de infecções pela bactéria E.coli. Testes preliminares realizados em brotos de feijão de uma fazenda alemã suspeita de ser a origem do surto não identificaram a presença da bactéria.
O comissário da União Europeia para a Saúde, John Dalli, afirmou hoje que o surto de infecções está limitado geograficamente ao Norte da Alemanha e não há necessidade de medidas de controle. Dalli também advertiu à Alemanha que a divulgação de informações não confirmadas espalha o temor e causa impacto negativo sobre os produtores agrícolas.
O número de mortos pela epidemia causada pela bactéria aumentou para 22, sendo 21 na Alemanha, segundo os últimos dados publicados no domingo pelo ECDC (Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças), com sede em Estocolmo. O último balanço registrava 19 pessoas mortas, 18 na Alemanha e uma na Suécia.
A maior parte dos afetados estão na Alemanha, são 1.536 casos de ECEH e 627 de SHU. Em relação ao balanço de sábado, são 328 novos casos de ECEH e 107 de SHU.
Nas últimas 24 horas, foram registrados quatro novos casos de ECEH no Reino Unido e um na Dinamarca. Os outros foram todos na Alemanha.