O Papa inícia esta quinta-feira uma visita à Alemanha. Bento XVI ainda não chegou a Berlim, mas já tem à sua espera várias manifestações.
A fachada do edifício do diário sensacionalista “Bild” saúda, em formato gigante, a visita do Papa ao país natal. Uma reedição da manchete da eleição de Joseph Ratzinger serve para dar as boas-vindas.
Mas a mensagem eufórica contrasta com as críticas ao discurso que pronunciará no Parlamento.
“As críticas ao Papa estão relacionadas com a atitude do Sumo Pontífice em relação ao direito das mulheres à autodeterminação, em relação aos homossexuais e lésbicas”, explica Barbara Holl, do partido de esquerda Die Linke.
Muitos deputados planeiam boicotar a sessão do Bundestag por considerar que o discurso do Papa rompe com o princípio de independência religiosa.
As ações de protesto estendem-se também ao domínio católico.
Como compete aos chefes de Estado, o presidente alemão receberá o Papa. Católico, casado em segundas núpcias, o presidente Christian Wulff lamentou que a Igreja continue a negar a comunhão aos divorciados.
Também católico, o autarca-governador de Berlim Klaus Wowereit, homossexual assumido, lamentou que as obrigações como anfitrião o impeçam de participar nas manifestações.
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