Resultado de fevereiro foi influenciado pelo item Trasnporte; inflação ainda acumula alta acima de 6% em 12 meses, com impacto maior para famílias de menor renda
São Paulo – O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no município de São Paulo, teve forte desaceleração em fevereiro, quando registrou alta de 0,41%, ante 1,28% no mês anterior. Embora tenha contribuído para o resultado, o item Alimentação continua mostrando altas mais moderadas: em fevereiro, subiu 0,39%, bem abaixo de janeiro (1,17%) e de dezembro (2,81%).Com isso, o ICV-Dieese acumula alta de 1,70% no ano e de 6,26% em 12 meses, com impacto maior para a faixa de menos poder aquisitivo.
Entre os itens de maior peso na composição do índice, a maior taxa individual do mês passado foi a do Transporte (0,76%), com destaque para o aumento no preço dos combustíveis (1,28%), principalmente o do álcool (4,40%). No transporte coletivo, o Dieese apurou aumento de 2,76% no metrô, 2,96% nos ônibus intermunicipais, 4,72% no trem de subúrbio e 8,29% nos táxis. "Cabe salientar que estas altas se deram principalmente a partir da segunda quinzena de fevereiro, devendo ainda agravar a taxa de março", diz o instituto.
Em Alimentação, o comportamento foi diferenciado entre os grupos. Os legumes, por exemplo, tiveram alta generalizada (15%), atingindo 26,50% no tomate, 10,15% no pepino e 10,08% na vagem. Entre as hortaliças (inflação de 11,16%), os destaques foram escarola (14,71%), repolho (13,56%) e alface (12,19%) –resultado das fortes chuvas ocorridas no período. As frutas subiram menos (2,50%), mostrando altas como a do pêssego (16,37%), manga (15,06%), abacaxi (12,15%) e laranja (7,62%) e quedas do abacate (-20,31%), limão (-9,29%), pêra (5,53%), maçã (-5,50%) e mamão (-4,50%).
Com peso menor no ICV, o item Despesas Pessoais registrou alta de 2,50%, mostrando aumento de 4,79% do cigarro.
A inflação em 12 meses vem mostrando desaceleração, embora ainda se mantenha acima dos 6%: 6,91% até dezembro, 6,46% até janeiro e 6,26% até fevereiro. E sobe mais faixas de menor renda: no estrato 1, de família de menos poder aquisitivo, a alta em 12 meses é de 7,04%, chegando a 6,60% no estrato 2 e 5,93% no 3
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