Governo israelense não se desculpou pelo ataque à frota humanitária em 2010
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou nesta terça-feira que as relações comerciais, militares e de defesa com Israel estão "totalmente" suspensas, após a recusa desse país de pedir perdão pelo ataque à Flotilha da Liberdade, no qual morreram nove turcos, no ano passado.
"A partir de amanhã (quarta-feira), as relações diplomáticas com Israel serão reduzidas em nível de segundo secretário. Do mesmo modo, as relações comerciais, militares e da indústria de Defesa serão suspensas. Serão completamente congeladas. A este processo seguirão novas sanções", declarou à imprensa.
Erdogan disse ainda que cogita uma viagem a Gaza na próxima semana à margem de uma visita ao Egito. "Estamos conversando com o lado egípcio a respeito. No momento não tomamos nenhuma decisão", afirmou, ao ser questionado sobre a intenção de viajar à Faixa de Gaza.
Israel - Pouco depois, uma fonte do governo de Israel afirmou que o país tenta evitar um novo enfraquecimento nas relações com a Turquia. "Israel não quer uma nova deterioração de suas relações com a Turquia", declarou à agência de notícias France-Presse a fonte, que pediu anonimato.
O corte de laços diplomáticos entre os países é anunciado quatro dias após o embaixador de Israel ser expulso de Ancara. Um relatório da ONU na época do bloqueio à frota humanitária concluiu que Israel usou "força excessiva". Enquanto Israel lamentou as novas mortes, a Turquia prometeu levar o caso à Corte Internacional de Justiça. O premiê descreve o ataque como uma "selvageria" e acusou Israel de agir como "um menino mimado".
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