CAIRO (Reuters) - Manifestantes egípcios se envolveram em tumultos com a polícia em frente ao tribunal onde o julgamento do ex-presidente Hosni Mubarak foi retomado nesta segunda-feira, no dia em que autoridades policiais iam prestar o primeiro depoimento. Do lado de fora da corte, simpatizantes e oponentes de Mubarak entraram em choque.
Um policial com alto cargo na corporação depôs no tribunal nesta segunda-feira e disse não ter conhecimento de que alguém tenha ordenado o disparo contra manifestantes que pediam a saída de Mubarak.
O ex-presidente é acusado de envolvimento na matança de pessoas que protestavam contra ele e de ter "incitado" alguns policiais a usarem munição real. Cerca de 850 pessoas morreram nos protestos que começaram em 25 de janeiro e puseram fim às três décadas de Mubarak no poder.
Internado desde abril com problemas cardíacos e outras doenças, Mubarak foi levado de maca para a jaula dos réus no tribunal, na Academia de Polícia do Cairo.
"Em meus 30 anos de experiência na segurança do Estado, nunca soube de nenhum incidente no qual tivesse sido dada uma ordem para usar munição real contra manifestantes", disse ao tribunal o general Hussein Saeed Mohamed Mursi, de 54 anos, da força policial.
Mursi chefiava as comunicações da força do serviço de segurança estatal e estava na sala de operações da polícia durante o levante popular.
Três outras autoridades da segurança iriam depor nesta segunda-feira, mas a sessão foi adiada por causa de uma briga na corte, iniciada quando um partidário de Mubarak levantou uma foto do ex-presidente, irritando parentes das vítimas da repressão aos protestos. Advogados da acusação também se envolveram na confusão.
Segundo pessoas presentes no tribunal, a polícia teve de intervir para separar a disputa e o juiz Ahmet Refaat decidiu pedir o recesso.
Na audiência anterior, Refaat proibiu a cobertura ao vivo do processo depois das primeiras duas sessões, em que os entusiasmados egípcios assistiram ao ex-líder, de 83 anos, sendo julgado atrás das grades.
Os advogados aplaudiram a decisão do juiz, dizendo que impediria que testemunhas fossem influenciadas por outras testemunhas ou pelo público.
Mubarak é o primeiro líder árabe a ser julgado desde a onda de insurgências populares que irromperam no Oriente Médio neste ano.
Simpatizantes seguravam cartazes de Mubarak, gritando: "Ele nos deu 30 anos de proteção, Mubarak mantenha sua cabeça erguida".
Nas proximidades, manifestantes anti-Mubarak atiraram pedras contra a polícia e alguns oficiais revidaram com mais pedras. Em certo momento, policiais com escudos e cassetetes avançaram contra um grupo de manifestantes.
"Ele precisa ser enforcado. Não queremos mais atrasos na sessão de julgamento", disse Mohamed Essam, que viajou da cidade de Kafr el-Sheikh, no delta do Nilo, para o Cairo.
Brigas entre simpatizantes e opositores de Mubarak e a polícia também ocorreram nas duas audiências anteriores.
"Esperamos ouvir o depoimento de quatro testemunhas que a acusação pediu para provar as acusações contra Mubarak e os outros'", disse Gamal Eid, um advogado que representa 16 dos 850 mortos na insurgência contra o ex-líder.
Um policial com alto cargo na corporação depôs no tribunal nesta segunda-feira e disse não ter conhecimento de que alguém tenha ordenado o disparo contra manifestantes que pediam a saída de Mubarak.
O ex-presidente é acusado de envolvimento na matança de pessoas que protestavam contra ele e de ter "incitado" alguns policiais a usarem munição real. Cerca de 850 pessoas morreram nos protestos que começaram em 25 de janeiro e puseram fim às três décadas de Mubarak no poder.
Internado desde abril com problemas cardíacos e outras doenças, Mubarak foi levado de maca para a jaula dos réus no tribunal, na Academia de Polícia do Cairo.
"Em meus 30 anos de experiência na segurança do Estado, nunca soube de nenhum incidente no qual tivesse sido dada uma ordem para usar munição real contra manifestantes", disse ao tribunal o general Hussein Saeed Mohamed Mursi, de 54 anos, da força policial.
Mursi chefiava as comunicações da força do serviço de segurança estatal e estava na sala de operações da polícia durante o levante popular.
Três outras autoridades da segurança iriam depor nesta segunda-feira, mas a sessão foi adiada por causa de uma briga na corte, iniciada quando um partidário de Mubarak levantou uma foto do ex-presidente, irritando parentes das vítimas da repressão aos protestos. Advogados da acusação também se envolveram na confusão.
Segundo pessoas presentes no tribunal, a polícia teve de intervir para separar a disputa e o juiz Ahmet Refaat decidiu pedir o recesso.
Na audiência anterior, Refaat proibiu a cobertura ao vivo do processo depois das primeiras duas sessões, em que os entusiasmados egípcios assistiram ao ex-líder, de 83 anos, sendo julgado atrás das grades.
Os advogados aplaudiram a decisão do juiz, dizendo que impediria que testemunhas fossem influenciadas por outras testemunhas ou pelo público.
Mubarak é o primeiro líder árabe a ser julgado desde a onda de insurgências populares que irromperam no Oriente Médio neste ano.
Simpatizantes seguravam cartazes de Mubarak, gritando: "Ele nos deu 30 anos de proteção, Mubarak mantenha sua cabeça erguida".
Nas proximidades, manifestantes anti-Mubarak atiraram pedras contra a polícia e alguns oficiais revidaram com mais pedras. Em certo momento, policiais com escudos e cassetetes avançaram contra um grupo de manifestantes.
"Ele precisa ser enforcado. Não queremos mais atrasos na sessão de julgamento", disse Mohamed Essam, que viajou da cidade de Kafr el-Sheikh, no delta do Nilo, para o Cairo.
Brigas entre simpatizantes e opositores de Mubarak e a polícia também ocorreram nas duas audiências anteriores.
"Esperamos ouvir o depoimento de quatro testemunhas que a acusação pediu para provar as acusações contra Mubarak e os outros'", disse Gamal Eid, um advogado que representa 16 dos 850 mortos na insurgência contra o ex-líder.
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