SIRTE, Líbia (Reuters) - Um ancião da tribo de Muammar Gaddafi dentro da cidade sitiada de Sirte pediu uma trégua às forças do novo governo líbio, disse nesta terça-feira um comandante local, mas não houve qualquer alívio nos conflitos em um dos distritos da localidade.
Cidade natal de Gaddafi e um dos últimos bastiões de apoio ao líder deposto líbio, Sirte está cercada por forças do governo interino e sob o bombardeio de aviões de guerra da Otan.
Touhami Zayani, comandante da brigada El-Farouk nos arredores de Sirte, disse à Reuters que o ancião, a quem ele não quis identificar, entrou em contato com ele em seu telefone via satélite.
"Ele me ligou e disse que estão procurando uma passagem segura para as famílias e para os militantes deixarem a cidade", disse ele.
Zayani disse que concordou em deixar passar as famílias da tribo de Gaddafi, que compõem a maioria da população de Sirte, mas que estava negociando os termos para os homens armados leais a Gaddafi se renderem.
"Nós realmente não entramos em detalhes e nós não conversamos muito sobre como eles irão sair, mas acho que o cenário será que eles têm que entregar as armas", disse Zayani.
Com as negociações em curso, houve um alívio no conflito no lado ocidental de Sirte, onde a brigada de Zayani está posicionada, mas não havia nenhum sinal de trégua em perspectiva a leste do centro da cidade.
As forças do Conselho Nacional de Transição (CNT) conseguiram nos últimos dias, após várias semanas de impasse, entrar na cidade, mas não conseguem chegar até o centro urbano devido aos intensos disparos de franco-atiradores.
As unidades do CNT que chegaram à cidade pelo leste ficaram, pelo segundo dia consecutivo, retidas em uma rotatória a cerca de dois quilômetros do centro.
"As forças de Gaddafi posicionaram muitos franco-atiradores em torno da rotatória, e não está fácil para nós avançarmos até nos livrarmos dos franco-atiradores", disse Ahmed Saleh, combatente do CNT em Sirte.
PREOCUPAÇÃO COM CIVIS
Explosões e tiroteios eram ouvidos na direção da rotatória. Aviões da Otan, que bombardearam alvos pró-Gaddafi em Sirte para permitir o avanço das forças do CNT, sobrevoavam a área.
Esta cidade litorânea é um troféu simbólico importante para o novo regime líbio, e sua conquista deixaria o CNT mais perto de controlar todo o país, mais de um mês depois de os seus combatentes ocuparem Trípoli.
Ao longo dos 42 anos do regime de Gaddafi, esta cidade antes pacata ganhou edifícios suntuosos e se tornou uma espécie de "subcapital" informal da Líbia. Era entre as paredes de mármore do Centro de Conferências Ouagadougou, em Sirte, que Gaddafi recebia chefes de Estado para cúpulas nas quais ele buscava lustrar sua imagem de "rei dos reis africanos".
O novo governo líbio está sob pressão para acabar com os combates. Organizações humanitárias alertam para as duras condições dos civis em Sirte e em outro reduto pró-Gaddafi, Bani Wali, a sudeste da capital.
Na segunda-feira, muitos civis deixavam Sirte na direção oeste e leste, em carros atulhados de pertences pessoais.
"Estamos muito preocupados com as pessoas dentro e perto de Bani Walid e Sirte", disse em nota Georges Comninos, que dirige o Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Líbia. A entidade disse que está tentando obter acesso às populações ilhadas nessas duas cidades e ajudar milhares que fugiram.
Por email e telefone, moradores de Bani Walid e Sirte têm implorado por ajuda, segundo um porta-voz da Cruz Vermelha. "As pessoas falam em escassez de suprimentos médicos e alimentos."
Combatentes do CNT e pessoas que fugiram de Sirte dizem que as forças gaddafistas estão usando os civis como escudos humanos, impedindo-os de deixarem a cidade.
Moussa Ibrahim, porta-voz do foragido Gaddafi, disse na segunda-feira que o líder deposto está na Líbia, "muito feliz por participar dessa grande saga de resistência."
Cidade natal de Gaddafi e um dos últimos bastiões de apoio ao líder deposto líbio, Sirte está cercada por forças do governo interino e sob o bombardeio de aviões de guerra da Otan.
Touhami Zayani, comandante da brigada El-Farouk nos arredores de Sirte, disse à Reuters que o ancião, a quem ele não quis identificar, entrou em contato com ele em seu telefone via satélite.
"Ele me ligou e disse que estão procurando uma passagem segura para as famílias e para os militantes deixarem a cidade", disse ele.
Zayani disse que concordou em deixar passar as famílias da tribo de Gaddafi, que compõem a maioria da população de Sirte, mas que estava negociando os termos para os homens armados leais a Gaddafi se renderem.
"Nós realmente não entramos em detalhes e nós não conversamos muito sobre como eles irão sair, mas acho que o cenário será que eles têm que entregar as armas", disse Zayani.
Com as negociações em curso, houve um alívio no conflito no lado ocidental de Sirte, onde a brigada de Zayani está posicionada, mas não havia nenhum sinal de trégua em perspectiva a leste do centro da cidade.
As forças do Conselho Nacional de Transição (CNT) conseguiram nos últimos dias, após várias semanas de impasse, entrar na cidade, mas não conseguem chegar até o centro urbano devido aos intensos disparos de franco-atiradores.
As unidades do CNT que chegaram à cidade pelo leste ficaram, pelo segundo dia consecutivo, retidas em uma rotatória a cerca de dois quilômetros do centro.
"As forças de Gaddafi posicionaram muitos franco-atiradores em torno da rotatória, e não está fácil para nós avançarmos até nos livrarmos dos franco-atiradores", disse Ahmed Saleh, combatente do CNT em Sirte.
PREOCUPAÇÃO COM CIVIS
Explosões e tiroteios eram ouvidos na direção da rotatória. Aviões da Otan, que bombardearam alvos pró-Gaddafi em Sirte para permitir o avanço das forças do CNT, sobrevoavam a área.
Esta cidade litorânea é um troféu simbólico importante para o novo regime líbio, e sua conquista deixaria o CNT mais perto de controlar todo o país, mais de um mês depois de os seus combatentes ocuparem Trípoli.
Ao longo dos 42 anos do regime de Gaddafi, esta cidade antes pacata ganhou edifícios suntuosos e se tornou uma espécie de "subcapital" informal da Líbia. Era entre as paredes de mármore do Centro de Conferências Ouagadougou, em Sirte, que Gaddafi recebia chefes de Estado para cúpulas nas quais ele buscava lustrar sua imagem de "rei dos reis africanos".
O novo governo líbio está sob pressão para acabar com os combates. Organizações humanitárias alertam para as duras condições dos civis em Sirte e em outro reduto pró-Gaddafi, Bani Wali, a sudeste da capital.
Na segunda-feira, muitos civis deixavam Sirte na direção oeste e leste, em carros atulhados de pertences pessoais.
"Estamos muito preocupados com as pessoas dentro e perto de Bani Walid e Sirte", disse em nota Georges Comninos, que dirige o Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Líbia. A entidade disse que está tentando obter acesso às populações ilhadas nessas duas cidades e ajudar milhares que fugiram.
Por email e telefone, moradores de Bani Walid e Sirte têm implorado por ajuda, segundo um porta-voz da Cruz Vermelha. "As pessoas falam em escassez de suprimentos médicos e alimentos."
Combatentes do CNT e pessoas que fugiram de Sirte dizem que as forças gaddafistas estão usando os civis como escudos humanos, impedindo-os de deixarem a cidade.
Moussa Ibrahim, porta-voz do foragido Gaddafi, disse na segunda-feira que o líder deposto está na Líbia, "muito feliz por participar dessa grande saga de resistência."
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