Mano Menezes continua respaldado por Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Um dia após a eliminação precoce na Copa América, com derrota nos pênaltis para o Paraguai, o técnico garantiu que conseguirá montar um time forte até 2014. Em caso contrário, pedirá demissão.
"Sempre disse para as pessoas não ficarem tão preocupadas, pois tenho uma autocrítica muito firme. O Brasil não chegará na Copa do Mundo cambaleando. Se um dia eu sentir que não tenho condições de chegar firme, direi isso ao presidente. Fiquem tranquilos para elogiar ou criticar", bradou Mano.
A confiança do treinador é consequência da conversa que ele teve com Ricardo Teixeira depois do fracasso nas quartas de final da Copa América. "O presidente disse para eu me sentir confortável. A direção tem uma ideia muito clara sobre aquilo que devemos fazer. E continuaremos assim até que se pense diferente", afirmou.
Após recusa de Muricy Ramalho, Mano Menezes foi o escolhido por Teixeira para conduzir uma renovação na seleção brasileira. A ideia era mudar radicalmente a filosofia adotada por Dunga até o ano passado, quando se primava pelo comprometimento de jogadores mais experientes.
Com os jovens e badalados santistas Neymar e Paulo Henrique Ganso, contudo, a seleção de Mano ainda não encantou. "Penso que serei criticado por isso, como os técnicos são quando não vencem. Mas me parece que trocar o treinador não resolve tanto. A Argentina vem trocando bastante e não resolveu o problema", argumentou.
O sempre contido Mano ainda se exaltou quando ouviu seus maus resultados listados na manhã desta segunda-feira. "Não vão falar da atuação contra o Paraguai? Não foi boa?", questionou, emburrado, antes de negar que repetirá as mesmas justificativas para os tropeços. "Não, não vou mais ficar insistindo."
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