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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Oposição diz que ataque da Otan matou rebeldes líbios

Coalizão teria bombardeado tanque por engano e causado pelo menos 13 mortes em Ajdabiya, segundo médicos

Forças rebeldes da Líbia disseram que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) bombardeou por engano tanques da oposição nesta quinta-feira na cidade de Ajdabiya. Segundo médicos do hospital local, o ataque matou pelo menos 13 integrantes das forças rebeldes.
A rede de televisão Al Arabiya disse que os mortos podem chegar a 50. Uma autoridade da ONU em Bruxelas afirmou que a organização vai analisar a acusação dos rebeldes, mas disse não ter informações sobre o suposto ataque equivocado
Nesta quinta-feira, os rebeldes recuaram para Ajdabiya após enfrentaram um pesado bombardeio das forças pró-Kadafi na cidade de Brega. Veículos militares e ambulâncias passavam em alta velocidade pela estrada que liga as duas cidades.
Também nesta quinta-feira, relatos não confirmados indicaram que um bombardeio promovido pela coalizão internacional pode ter danificado um oleoduto. Khaled Kaim, vice-ministro das Relações Exteriores de Kadafi, afirmou a jornalistas estrangeiros em Trípoli que três guardas teriam sido mortos e outros funcionários feridos durante um ataque aéreo promovido por caças britânicos no campo de petróleo Sarir, na bacia de Sirte.
Porém, o campo de petróleo estava sob controle das forças rebeldes, que acusaram o governo de promover ataques na região, forçando a interrupção da produção de petróleo.
O Ministério da Defesa da Grã-Bretanha não comentou as declarações do governo líbio, mas na tarde da quarta-feira havia afirmado que caças britânicos haviam atingido alvos no entorno de Sirte e Misrata, atacando veículos blindados e tanques.
Escudos humanos
Na quarta-feira, a Otan acusou as forças leais a Kadafi de usarem escudos humanos na cidade de Misrata, única localizada no oeste da Líbia que é controlada pelos rebeldes. Segundo a organização, o regime tenta despistar a coalizao usando veículos civis e táticas de franco-atiradores, que alvejam a população indiscriminadamente. As forças pró-Kadafi também escondem seu armamento pesado em locais com grande presença de civis, para dificultar ataques aéreos.
Na terça-feira, o comandante rebelde Adbelfatah Yunis criticou a demora nos ataques aéreos promovidos pela Otan  e disse que a aliança ocidental "está deixando o povo de Misrata morrer todos os dias". Ele também disse que a cidade "deixará de existir" sem uma ação da Otan.
O chanceler francês, Alain Juppé, disse que a situação em Misrata é "insustentável", mas agregou que a Otan tem como prioridade evitar a morte de civis e que isso causa a restrição a alguns bombardeiros. "As tropas de Kadafi perceberam (a intenção da Otan de não alvejar civis) e, por isso, se aproximam dos civis."
Um morador disse que a população da cidade se sente "desprotegida pela comunidade internacional, apesar da resolução da ONU (que autorizou a ofensiva externa na Líbia)" e disse que a noite de terça foi de "ataques contínuos e de destruição" por parte das forças de Kadafi. Ele agregou que há dezenas de feridos, incluindo idosos e crianças.

Carta de Kadafi para Obama
O governo dos Estados Unidos rejeitou um apelo pessoal do líder líbio ao presidente americano, Barack Obama, e repetiu a exigência de que ele renuncie e deixe o país para o exílio. "O senhor Kadafi sabe o que ele precisa fazer", afirmou nesta quarta-feira a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, comentando a carta de três páginas do líder líbio recebida por Obama. "É preciso haver um cessar-fogo e suas forças devem se retirar das cidades que tomaram à força com grande violência e custo humano", disse. "É preciso haver uma decisão sobre sua saída do poder e sua saída da Líbia."
Um porta-voz da Casa Branca também respondeu à carta de Kadafi, dizendo que ações, e não palavras, são esperadas agora por parte do líder líbio.
Na carta enviada ao presidente americano, Kadafi se referia a Obama como "nosso filho" - em uma aparente referência às raízes africanas de Obama - e pediu aos Estados Unidos que pare "uma guerra injusta contra um pequeno povo de um país em desenvolvimento".
O líder líbio saudou ainda o fato de que os caças americanos já não estarem participando dos ataques aéreos na Líbia e acusou os rebeldes de serem "militantes da Al-Qaeda". Segundo ele, sua nação foi ferida "moralmente" mais do que "fisicamente".
Os Estados Unidos participam, ao lado de países como França e Grã-Bretanha, da coalizão internacional liderada pela Otan que vem promovendo ataques aéreos contra as forças de Kadafi para garantir a segurança dos civis líbios.
Uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU no mês passado estabeleceu uma zona de exclusão aérea na Líbia e autorizou a ação militar para proteger os civis opositores dos ataques pelas forças de Kadafi. A Líbia vinha sendo palco de manifestações intensas contra o regime de Kadafi, inspirados pela onda de protestos pró-democracia em países árabes.

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