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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Crianças relatam momentos de pânico durante ataque a escola no RJ


Aluizio Freire, Carolina Lauriano e Fabrício Costa

Alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira relataram momentos de pânico vividos no interior da unidade, no bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio, durante o ataque de um atirador.
A estudante Jade Ramos de Araújo, de 12 anos, disse que estava no meio de uma prova de Ciências quando começou a ouvir os disparos. "Todo mundo achou que era tiro, mas as professoras tentaram tranquilizar a turma", contou a menina.
Segundo ela, as crianças gritavam muito, mas as professoras pediam para fazerem silêncio. "Elas diziam: 'ele vai ficar nervoso, vai querer matar todo mundo'". Ao entrar nas salas, ainda segundo a menina, o atirador disse para que as crianças ficassem de frente para a parede. "Ele pedia para virarem de costas para a parede e falava que ia matar todo mundo. Foi nessa hora que alguns conseguiram fugir", relatou.
Nesse momento, de acordo com Jade, algumas crianças conseguiram correr em direção ao terceiro andar da escola. "Vi muito sangue nas escadas, crianças desmaiadas. Quando a gente subia tinha um bando de gente amontoada no chão. Os alunos foram pisoteados durante a fuga, as crianças iam fugindo subindo as escadas e algumas acabaram desmaiando", disse.
A menina contou ainda que contou com a ajuda do irmão, de 17 anos, para sair da escola. "Meu irmão veio me buscar, ele procurou de porta em porta. O atirador ainda estava vivo quando ele entrou e conseguiu me tirar daqui", falou.
"Fiquei muito nervosa, mas consegui fugir. Para me tranquilizar, fiquei desenhando na minha mão, desenhei uma casa", disse a menina Jade, que correu da escola levando apenas um lápis na mão e chegou em casa com o "tênis imundo de sangue".
Jade voltou à escola na tarde desta quinta (7) para tentar recuperar seus pertences e, principalmente, tentar falar com os policiais que a salvaram. "Vim para agradecer aos policiais porque ele ia matar todo mundo", completou.
Já o motorista de ônibus Elias Campista da Silva, disse que o sobrinho relatou que conseguiu fugir do atirador no momento em que ele recarregava uma de suas armas. "Ele correu na hora, escorregou numa poça de sangue, caiu e se machucou enquanto tentava fugir", contou o tio de Patrick da Silva Figueiredo, de 14 anos.
Segundo Elias, foi Patrick quem ajudou a menina Renata Lima Rocha, 13, a escapar do atirador. A menina foi baleada nos rins durante o ataque e está internada Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.
'Pensei que fosse morrer'
O estudante Marcus Vinicius estava no último andar da escola quando ouviu muitos tiros. "A professora mandou todo mundo abaixar e trancou a porta. Foi terrível. Fiquei muito nervoso.Pensei que fosse morrer", diz o menino, de 10 anos.
Outra aluna também lembrou dos momentos de terror na unidade. A menina de 12 anos disse que viu o atirador entrar na escola. Ela estava dentro da sala de aula quando ele abriu fogo contra os alunos.

“Ele começou a atirar. Eu me agachei e, quando vi, minha amiga estava atingida. Ele matou minha amiga dentro da minha sala”, conta ela, que afirma que estava no pátio na hora em que o atirador entrou na escola.
“Ele estava bem vestido. Subiu para o segundo andar e eu ouvi dois tiros. Depois, todos os alunos subiram para suas salas. Depois ele subiu para o terceiro andar, onde é a minha sala, entrou e começou a atirar”, completou.
Ainda de acordo com os relatos, professores e alunos colocaram armários e cadeiras atrás das portas das salas para evitar a entrada do atirador.
Parentes se desesperam com morte de crianças
Tia de menina morta em escola de Realengo (Foto: Aluizio Freire/G1)Tia de menina morta em escola de Realengo é
consolada ao chegar ao IML (Foto:Aluizio Freire/G1)
Parentes das crianças mortas durante o ataque à escola na manhã desta quinta (7) chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) no início da tarde. Desesperados, muitos estão em estado de choque.
"Ela era muito carinhosa. Estava toda animada, tinha acabado de começar a praticar atletismo na Escola Militar, em Sulacap", disse Ana Paula Oliveira dos Santos, tia de Karine Chagas de Oliveira, de 14 anos, após receber a notícia da morte da menina.
Segundo Ana Paula, a sobrinha vivia com a avó desde pequena. "Minha mãe está em estado de choque. Ela cria a Karine desde dois anos de idade", contou a tia da menina, acrescentando que os pais da criança ainda não sabem da tragédia.
"Vimos o que tinha acontecido pela TV. Meu irmão me ligou e foi ao colégio, mas não encontrou minha sobrinha. Um coleguinha achou o celular dela e corremos para o hospital", completou.
Atirador não tinha antecedentes criminais
Segundo autoridades, o nome do atirador é Wellington Menezes de Oliveira e ele é ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira. Seu corpo foi retirado por volta das 12h20, segundo os bombeiros. De acordo com polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais
A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.
Segundo testemunhas, Wellington baleou duas pessoas ainda do lado de fora da escola e entrou no colégio dizendo que faria uma palestra.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ele falou com uma professora e seguiu para uma sala de aula. O barulho dos tiros atraiu muitas pessoas para perto da escola (se você esenciou o caso? Envie fotos e vídeos ao VC no G1).
O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o meliante saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio", disse o policial (veja ao lado a declaração, em reportagem do Jornal Hoje).
A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.
Fonte: G1.

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