Querer melhorar de vida não é atitude que briga com o ser cristão
É conhecida a determinação das comunidades católicas do século III em não aceitar como cristãos os comerciantes. É que, naquela época, não havia leis claras sobre medidas e pesos – o metro, o braço, o palmo e o pé variavam de acordo com a vontade do comerciante - e não havia legislação suficiente por parte do poder público para coibir os abusos que se cometiam (hoje temos até o Código de Defesa do Consumidor). Depois, a praxe mudou por causa das parábolas de Cristo que colocavam a atividade econômica como uma ação não pecaminosa. E as ameaças de Jesus contra os ricos devem ser entendidas, referindo-se a roubos, juros extorsivos, lucros exorbitantes; não ao simples procedimento financeiro.
Na sociedade precisamos de todas as categorias profissionais: do guarda noturno, do lavrador, da empregada doméstica, do engenheiro e também do empresário. Este organiza a produção, responde às necessidades da sociedade e abre possibilidades de empregos. Nunca se pode afirmar que um soldado raso é menos feliz do que um produtor de máquinas agrícolas. Mas também precisamos de líderes empresariais, pois sem eles a sociedade estagna, as famílias empobrecem, a nação começa a comprar de países mais empreendedores.
Vamos tirar da cabeça a ideia de que um cristão perfeito é aquele que reza, faz retiros, mas não deve “sujar” as mãos nas atividades mundanas da economia. Também vamos compreender para sempre de que o convite de Jesus “para vender tudo e dar aos pobres” (Lc 12,33) se refere a um pequeno grupo que busca desenvolver-se, sem preocupações de dinheiro, como Ele próprio fez. Mas Jesus não se refere a maioria da humanidade que tem família para sustentar, precisa casa condigna para viver, precisa dar educação aos filhos. Tratar com dinheiro, com bancos, com cartões de crédito é quase um imperativo.
Vamos tirar da cabeça a ideia de que um cristão perfeito é aquele que reza, faz retiros, mas não deve “sujar” as mãos nas atividades mundanas da economia. Também vamos compreender para sempre de que o convite de Jesus “para vender tudo e dar aos pobres” (Lc 12,33) se refere a um pequeno grupo que busca desenvolver-se, sem preocupações de dinheiro, como Ele próprio fez. Mas Jesus não se refere a maioria da humanidade que tem família para sustentar, precisa casa condigna para viver, precisa dar educação aos filhos. Tratar com dinheiro, com bancos, com cartões de crédito é quase um imperativo.
Querer melhorar de vida não é atitude que briga com o ser cristão. Vai contra a mentalidade de Jesus enriquecer com dolo, enganar o semelhante ou não querer trabalhar e exigir tudo dos outros. "Saibam que a fadiga de vocês não é inútil no Senhor" (1Cor 15,58). Respeitada a justiça e o direito, devemos trabalhar com afinco.
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