Líderes europeus foram recebidos com aplausos do público durante visita a um hospital
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse em visita à capital líbia, Trípoli, nesta quinta-feira (15), que Muammar Khadafi e seus altos comandantes deveriam ser presos e responsabilizados por suas ações durante a guerra de seis meses no país.
Sarkozy e o premiê britânico, David Cameron, fazem uma visita a Trípoli sob forte segurança nesta quinta-feira, e foram recebidos pelos novos líderes do país que as forças aéreas da França e da Grã-Bretanha ajudaram a instaurar.
A visita ocorre três semanas depois que as forças rebeldes derrubaram Muammar Khadafi.
"O sr. Khadafi deve ser preso e todos aqueles que são acusados (de crimes) sob jurisdição internacional devem ser responsabilizados pelo que fizeram", disse Sarkozy, em discurso na capital líbia.
Ele pediu a todos os países para que trabalhem com as autoridades jurídicas internacionais na busca por autoridades do governo de Khadafi, acrescentando que não haveria reconciliação na Líbia se a justiça não for feita.
Cameron, por sua vez, prometeu que a Grã-Bretanha ajudaria a perseguir e capturar Khadafi. "Isso ainda não acabou", disse ele em coletiva de imprensa na capital líbia. "Ajudaremos vocês a encontrar Khadafi e trazê-lo à justiça."
Sarkozy e Cameron visitarão Benghazi, berço da revolução que derrubou Khadafi, ainda nesta quinta-feira.
"Estamos prontos para ajudar, mas queremos saber o que é que vocês mais querem fazer", disse Cameron. "Esse é o momento em que a primavera árabe poderia se tornar um verão árabe e veremos a democracia avançar em outros países também".
Sarkozy e Cameron, que assumiram a responsabilidade por liderar a campanha da Otan, no qual os Estados Unidos assumiram um papel secundário, foram recebidos no avião com sorrisos e cumprimentados pelos dois líderes da fragmentada coalizão anti-Khadafi.
Os líderes europeus, acompanhados de seus ministros de Relações Exteriores, foram recebidos com aplausos do público durante visita a um hospital em Trípoli -- indicando a popularidade de sua intervenção após 42 anos do governo de Khadafi na Líbia.
O ex-líder líbio continua foragido e prometeu lutar de volta.
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