O líder da rebelião na Casa de Custódia de Maringá, Mayco de Souza Moretti, vulgo "Guerreiro", e outros 22 presos, foram transferidos, por volta das 11h desta segunda-feira (13), para um centro de triagem em Curitiba, de onde serão, posteriormente, remenejados para unidades prisionais em suas cidades de origem. Outros oito presos aguardam contato da juíza da Vara de Execuções Penais, com a Justiça de Outros estados, para que sejam transferidos. Com isso, o motim, que durou cerca de 23 horas, chega ao fim.
Os 400 homens que participaram da rebelião estão deitados, apenas de roupas íntimas, no pátio do presídio. O agente penitenciário Paulo Arruda e outros presos que estavam sendo mantidos como reféns, foram todos libertados sem ferimentos.
A Polícia Militar e agentes penitenciários iniciam um processo de varredura na Casa de Custódia, para avaliar os estragos e recolher as armas utilizadas pelos rebelados. Não há informações sobre mortos e feridos. Durante a manhã, os presos atearam fogo a roupas e colchões em um dos setores do presídios.
Os integrantes do grupo conhecido como "Ferro Velho", em Maringá, liderados por Benedito Batistiole, foram os últimos a se renderem. Eles foram presos no início de julho em uma operação da Polícia Federal.
Estragos
O diretor do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Jayro Kaillo, está em Maringá para acompanhar a rendição dos detentos. Ele afirmou que assim que receber um balanço dos prejuízos causados pela rebelião, irá inciar, imediatamente, procedimentos para a reforma do local.
Negociação fechada
Nesta manhã os presos fecharam um acordo com a Polícia Militar de que iriam se entregar, se os 31 presos fossem transferidos. A tropa de choque da Polícia Militar e um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública acompanham o processo de rendição.
Conflito com familiares
O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Chehade Elias Geha, foi ao local e impediu que a imprensa acompanhasse a descida dos presos. Familiares se revoltaram com a atitude e tentaram impedir que uma das viaturas entrassem no presídio. Houve confronto com a polícia e algumas mulheres foram agredidas. Elas temem que os policiais agridam os presos que ficarem no presídio, fato que foi contestado pela PM.
Rebelião
A rebelião na Casa de Custódia de Maringá iniciou por volta das 12h30 desta segunda-feira (12). DUrante a manhã de ontem, cinco presos fugiram do recinto. Durante a rebelião, os detentos danificaram grande parte do presídio, quebrando celas e queimando colchões. Dos 900 homens que estão presos no local, aproximadamente 400 participaram do motim.
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