O Papa Bento XVI presidiu a celebração das Vésperas Marianas na esplanada em frente ao Santuário de Etzelsbach, conhecido como Wallfahrtkapelle (Capela da peregrinação), na tarde desta sexta-feira, 23. Antes de presidir a cerimônia, andou de papamóvel em meio aos fiéis reunidos.
"Em todos os tempos e lugares, quando os cristãos se dirigem a Maria, deixam-se espontaneamente guiar pela certeza de que Jesus não pode recusar os pedidos que Lhe apresenta sua Mãe; e apoiam-se na confiança inabalável de que Maria é ao mesmo tempo também nossa Mãe", ressaltou.
O Pontífice explicou que a devoção mariana concentra-se na contemplação da relação entre a Mãe e o seu Filho divino. "Não é a auto-realização que opera o verdadeiro desenvolvimento da pessoa – um dado que hoje é proposto como modelo da vida moderna, mas que pode facilmente mudar-se numa forma de refinado egoísmo –, mas sim a atitude do dom de si, que se orienta para o coração de Maria e, deste modo, também para o coração do Redentor".
A particularidade da representação da Pietà presente no Santuário - geralmente, o observador pode ver a ferida no lado do Crucificado; em Etzelsbach, ao contrário, a ferida está escondida, justamente porque o cadáver está virado para o outro lado - esconde um profundo significado, conforme revela o Papa.
"Na imagem miraculosa de Etzelsbach, os corações de Jesus e da sua Mãe estão voltados um para o outro; estão junto um do outro. Trocam entre si o seu amor. Sabemos que o coração é também o órgão de uma sensibilidade mais delicada pelo outro, bem como o órgão da compaixão íntima. No coração de Maria, há o espaço para o amor que o seu divino Filho quer dar ao mundo", ressaltou.
Maria
"Em Maria, Deus fez concorrer tudo para o bem, e não cessa de fazer com que, por meio de Maria, o bem se espalhe ainda mais no mundo. Da Cruz, do trono da graça e da redenção, Jesus deu aos homens como Mãe a sua própria Mãe, Maria. No momento do seu sacrifício pela humanidade, Ele, de certo modo, torna Maria medianeira do fluxo de graça que provém da Cruz. Junto da Cruz, Maria torna-se companheira e protetora dos homens ao longo do caminho da sua vida. É verdade! Na vida, atravessamos vicissitudes várias, mas Maria intercede por nós junto de seu Filho e comunica-nos a força do amor divino", esclareceu Bento XVI.
O Santo Padre explicou o que Maria quer dizer ao homem quando atua para salvar do perigo.
"Quer ajudar-nos a compreender a grandeza e a profundidade da nossa vocação cristã. Com delicadeza materna, quer-nos fazer compreender que toda a nossa vida deve ser uma resposta ao amor rico de misericórdia do nosso Deus. Como se nos dissesse: Compreende que Deus, o Qual é a fonte de todo o bem e nada mais quer senão a tua felicidade, tem o direito de exigir de ti uma vida que se abandone, sem reservas e com alegria, à sua vontade e se esforce por que os outros façam o mesmo também".
Sobre o tema da viagem apostólica - "Onde há Deus, há futuro" -, apontou que, onde se deixa que o amor de Deus atue plenamente, aí se abre o céu. "Aí é possível plasmar o presente de forma tal que corresponda sempre mais à Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aí as pequenas coisas da vida diária têm o seu sentido, e os grandes problemas encontram aí a sua solução".
Itinerário da sexta-feira
O primeiro compromisso do Papa é com cerca de 15 Representantes das Comunidades Muçulmanas presentes na Alemanha, aos quais o Santo Padre dirige um discurso. O encontro acontece na Nunciatura Apostólica de Berlim, às 9h (hora local - 4h no horário de Brasília), após o Pontífice celebrar a Missa privada e saudar os colaboradores da Nunciatura. Ao final, o Papa dirige-se ao Aeroporto de Berlin-Tegel, de onde parte em direção a Erfurt.
Bento XVI chega no Aeroporto de Erfurt às 10h45 (hora local - 5h45 no horário de Brasília), onde é acolhido pelo Bispo, Dom Joachim Wanke, e outras autoridades civis e religiosas. Logo depois, dirige-se à Catedral da cidade,dedicada à Santa Maria. Após a adoração ao Santíssimo Sacramento e veneração do Relicário de São Bonifacio, em uma sala contígua, saúda 15 professores de Teologia na Universidade de Erfurt e assina o Livro de Ouro da Turíngia e da cidade de Erfurt na presença do Presidente e do Prefeito. Então, presta homenagem diante do túmulo do Bispo Hugo Aufderbeck. Depois, entra novamente na Igreja e venera a antiga estátua de Nossa Senhora Sedes Sapientiae. Ao deixar a Catedral, dirige-se para o antigo Convento dos Agostinianos, onde Lutero iniciou seu caminho teológico.
Na Sala do Capítulo do Convento dos Agostinianos (Augustinerkloster) de Erfurt, às 11h45 (hora local - 6h45 no horário de Brasília), encontra-se com os representantes do Conselho Igreja Evangélica Alemã (Evangelische Kirche in Deutschland, EKD). É acolhido pelo Presidente da Igreja Evangélica Alemã, pastor Nikolaus Schneider, e pelo Presidente da Igreja Evangélica da Turíngia, Katrin Göring-Eckardt, juntamente com 15 representantes do Conselho da EKD. Após a saudação dos representantes evangélicos, Bento XVI pronuncia um discurso aos presentes.
Às 12h20 (hora local - 7h20 no horário de Brasília), no ex-Convento dos Agostinianos, o Santo Padre participa da Celebração Ecumênica com a Igreja Evangélica na Alemanha. A celebração inicia com um canto, a oração inicial e a recitação de um Salmo lido pelo Bispo evangélico, professor Friedrich Weber, na tradução alemã de Martinho Lutero. Após a saudação da presidente do Sínodo da EKD, Katrin Göring-Eckhardt, o Papa recita a Oração pela Unidade dos Cristãos e o presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, lê a oração sacerdotal de Jesus: "Que todos sejam um" (Jo 17, 1.20-23). O Papa pronuncia um discurso aos presentes.
Após a oração dos fiéis e a oração do Pai Nosso, o presidente do Conselho da EKD invoca a bênção aronítica e, logo depois, o Papa concede a bênção na forma trinitária. Concluída a Celebração Ecumênica, Bento XVI encaminha-se para o Seminário de Erfurt, onde, às 13h20 (hora local - 8h20 no horário de Brasília), almoça com os membros do Séquito papal.
Às 16h30 (hora local - 11h30 no horário de Brasília), Bento XVI deixa o Seminário de Erfurt e encaminha-se para o aeroporto da cidade, de onde dirige-se via helicóptero para a cidade de Etzelsbach. Na chegada, vai em direção ao Santuário de Etzelsbach, conhecido como Wallfahrtkapelle (Capela da peregrinação). Antes de presidir a celebração das Vésperas Marianas na esplanada em frente ao pequeno Santuário, o Papa andará de papamóvel em meio aos fiéis reunidos no campo da Wallfahrtkapelle. A celebração mariana inicia às 17h45 (hora local - 12h45 no horário de Brasília) e, após a saudação introdutória do Bispo de Erfurt, Dom Joachim Wanke, e da recitação das Vésperas, Bento XVI pronuncia um discurso.
Ao final da celebração das Vésperas marianas, após a Adoração Eucarística e a Bênção conclusiva, o Santo Padre venera a imagem milagrosa de Etzelsbach. Do heliporto da cidade, o Papa retorna para Erfurt, às 19h (hora local - 14h no horário de Brasília). Ao chegar, dirige-se para o Seminário, para o jantar em privado.
"Em todos os tempos e lugares, quando os cristãos se dirigem a Maria, deixam-se espontaneamente guiar pela certeza de que Jesus não pode recusar os pedidos que Lhe apresenta sua Mãe; e apoiam-se na confiança inabalável de que Maria é ao mesmo tempo também nossa Mãe", ressaltou.
O Pontífice explicou que a devoção mariana concentra-se na contemplação da relação entre a Mãe e o seu Filho divino. "Não é a auto-realização que opera o verdadeiro desenvolvimento da pessoa – um dado que hoje é proposto como modelo da vida moderna, mas que pode facilmente mudar-se numa forma de refinado egoísmo –, mas sim a atitude do dom de si, que se orienta para o coração de Maria e, deste modo, também para o coração do Redentor".
A particularidade da representação da Pietà presente no Santuário - geralmente, o observador pode ver a ferida no lado do Crucificado; em Etzelsbach, ao contrário, a ferida está escondida, justamente porque o cadáver está virado para o outro lado - esconde um profundo significado, conforme revela o Papa.
"Na imagem miraculosa de Etzelsbach, os corações de Jesus e da sua Mãe estão voltados um para o outro; estão junto um do outro. Trocam entre si o seu amor. Sabemos que o coração é também o órgão de uma sensibilidade mais delicada pelo outro, bem como o órgão da compaixão íntima. No coração de Maria, há o espaço para o amor que o seu divino Filho quer dar ao mundo", ressaltou.
Maria
"Em Maria, Deus fez concorrer tudo para o bem, e não cessa de fazer com que, por meio de Maria, o bem se espalhe ainda mais no mundo. Da Cruz, do trono da graça e da redenção, Jesus deu aos homens como Mãe a sua própria Mãe, Maria. No momento do seu sacrifício pela humanidade, Ele, de certo modo, torna Maria medianeira do fluxo de graça que provém da Cruz. Junto da Cruz, Maria torna-se companheira e protetora dos homens ao longo do caminho da sua vida. É verdade! Na vida, atravessamos vicissitudes várias, mas Maria intercede por nós junto de seu Filho e comunica-nos a força do amor divino", esclareceu Bento XVI.
O Santo Padre explicou o que Maria quer dizer ao homem quando atua para salvar do perigo.
"Quer ajudar-nos a compreender a grandeza e a profundidade da nossa vocação cristã. Com delicadeza materna, quer-nos fazer compreender que toda a nossa vida deve ser uma resposta ao amor rico de misericórdia do nosso Deus. Como se nos dissesse: Compreende que Deus, o Qual é a fonte de todo o bem e nada mais quer senão a tua felicidade, tem o direito de exigir de ti uma vida que se abandone, sem reservas e com alegria, à sua vontade e se esforce por que os outros façam o mesmo também".
Sobre o tema da viagem apostólica - "Onde há Deus, há futuro" -, apontou que, onde se deixa que o amor de Deus atue plenamente, aí se abre o céu. "Aí é possível plasmar o presente de forma tal que corresponda sempre mais à Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aí as pequenas coisas da vida diária têm o seu sentido, e os grandes problemas encontram aí a sua solução".
Itinerário da sexta-feira
O primeiro compromisso do Papa é com cerca de 15 Representantes das Comunidades Muçulmanas presentes na Alemanha, aos quais o Santo Padre dirige um discurso. O encontro acontece na Nunciatura Apostólica de Berlim, às 9h (hora local - 4h no horário de Brasília), após o Pontífice celebrar a Missa privada e saudar os colaboradores da Nunciatura. Ao final, o Papa dirige-se ao Aeroporto de Berlin-Tegel, de onde parte em direção a Erfurt.
Bento XVI chega no Aeroporto de Erfurt às 10h45 (hora local - 5h45 no horário de Brasília), onde é acolhido pelo Bispo, Dom Joachim Wanke, e outras autoridades civis e religiosas. Logo depois, dirige-se à Catedral da cidade,dedicada à Santa Maria. Após a adoração ao Santíssimo Sacramento e veneração do Relicário de São Bonifacio, em uma sala contígua, saúda 15 professores de Teologia na Universidade de Erfurt e assina o Livro de Ouro da Turíngia e da cidade de Erfurt na presença do Presidente e do Prefeito. Então, presta homenagem diante do túmulo do Bispo Hugo Aufderbeck. Depois, entra novamente na Igreja e venera a antiga estátua de Nossa Senhora Sedes Sapientiae. Ao deixar a Catedral, dirige-se para o antigo Convento dos Agostinianos, onde Lutero iniciou seu caminho teológico.
Na Sala do Capítulo do Convento dos Agostinianos (Augustinerkloster) de Erfurt, às 11h45 (hora local - 6h45 no horário de Brasília), encontra-se com os representantes do Conselho Igreja Evangélica Alemã (Evangelische Kirche in Deutschland, EKD). É acolhido pelo Presidente da Igreja Evangélica Alemã, pastor Nikolaus Schneider, e pelo Presidente da Igreja Evangélica da Turíngia, Katrin Göring-Eckardt, juntamente com 15 representantes do Conselho da EKD. Após a saudação dos representantes evangélicos, Bento XVI pronuncia um discurso aos presentes.
Às 12h20 (hora local - 7h20 no horário de Brasília), no ex-Convento dos Agostinianos, o Santo Padre participa da Celebração Ecumênica com a Igreja Evangélica na Alemanha. A celebração inicia com um canto, a oração inicial e a recitação de um Salmo lido pelo Bispo evangélico, professor Friedrich Weber, na tradução alemã de Martinho Lutero. Após a saudação da presidente do Sínodo da EKD, Katrin Göring-Eckhardt, o Papa recita a Oração pela Unidade dos Cristãos e o presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, lê a oração sacerdotal de Jesus: "Que todos sejam um" (Jo 17, 1.20-23). O Papa pronuncia um discurso aos presentes.
Após a oração dos fiéis e a oração do Pai Nosso, o presidente do Conselho da EKD invoca a bênção aronítica e, logo depois, o Papa concede a bênção na forma trinitária. Concluída a Celebração Ecumênica, Bento XVI encaminha-se para o Seminário de Erfurt, onde, às 13h20 (hora local - 8h20 no horário de Brasília), almoça com os membros do Séquito papal.
Às 16h30 (hora local - 11h30 no horário de Brasília), Bento XVI deixa o Seminário de Erfurt e encaminha-se para o aeroporto da cidade, de onde dirige-se via helicóptero para a cidade de Etzelsbach. Na chegada, vai em direção ao Santuário de Etzelsbach, conhecido como Wallfahrtkapelle (Capela da peregrinação). Antes de presidir a celebração das Vésperas Marianas na esplanada em frente ao pequeno Santuário, o Papa andará de papamóvel em meio aos fiéis reunidos no campo da Wallfahrtkapelle. A celebração mariana inicia às 17h45 (hora local - 12h45 no horário de Brasília) e, após a saudação introdutória do Bispo de Erfurt, Dom Joachim Wanke, e da recitação das Vésperas, Bento XVI pronuncia um discurso.
Ao final da celebração das Vésperas marianas, após a Adoração Eucarística e a Bênção conclusiva, o Santo Padre venera a imagem milagrosa de Etzelsbach. Do heliporto da cidade, o Papa retorna para Erfurt, às 19h (hora local - 14h no horário de Brasília). Ao chegar, dirige-se para o Seminário, para o jantar em privado.
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