Interino no cargo, sucessor de Alfredo Nascimento vai assumir pasta de forma definitiva. Falta de nomes no PR contribuiu para a decisão
A presidente Dilma Rousseff vai efetivar nesta terça-feira Paulo Sérgio Passos como ministro dos Transportes. A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira. O nome não era o preferido do partido, mas, sem alternativa depois que Blairo Maggi recusou o convite para assumir o cargo, a legenda acabou aceitando a efetivação de Passos. Ele havia assumido de forma interina depois da demissão de Alfredo Nascimento, envolvido no esquema de corrupção revelado por VEJA.
Maggi telefonou para a presidente por volta das 19h para rejeitar oficialmente o posto. Ele alega que sua posição de empresário criaria complicações jurídicas para o exercício do cargo. Logo após a negativa de Maggi, a presidente convidou Paulo Sérgio Passos a continuar no posto de forma definitiva. O convite foi aceito. Passos, que era secretário-executivo do minsitério, já havia ocupado o posto máximo da pasta por um total de 20 meses, quando Nascimento se licenciou para disputar eleições durante os anos de 2006 e 2010. Embora seja filiado ao PR, o novo ministro não é considerado um nome dos mais destacados do partido. Por isso, parte da legenda resistia à efetivação dele no cargo.
Também nesta terça, o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, falará a senadores. Ele participará de audiência conjunta das comissões de Infraestrutura e de Meio Ambiente. Nesta segunda, o líder do PT na Casa, Humberto Costa (CE), pediu que a reunião fosse adiada. Ele ainda não tinha segurança sobre as declarações que Pagot, integrante do PR, poderia dar. Mas, depois de conversar com representantes do partido, concordou com a manutenção da data.
Garantias - O temor dos governistas era de que Pagot comprometesse outros integrantes do primeiro escalão do governo em seu depoimento. Mas os aliados receberam garantias de que o diretor do Dnit, que está de férias e deve ser demitido quando retornar, deve adotar a estratégia de dizer que apenas seguia ordens, mas não vai dar nomes nem atacar outros integrantes do governo. Inicialmente, a audiência estava marcada para quinta-feira. A antecipação ocorreu a pedido da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO).
As conversas sobre o adiamento da fala de Pagot paralelamente às negociações para sucessão de Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes.
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