O líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR) encaminhou à Mesa do Senado, nesta terça-feira (2), requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar as denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes.
Ele informou ter coletado o número de 27 assinaturas de senadores, que correspondem a um terço da composição da Casa, para a criação da CPI.
- Atingimos as 27 assinaturas, número regimental para a criação de CPI. A CPI terá 13 senadores titulares e sete suplentes e terá a duração de 180 dias - afirmou o líder.
Apesar de o requerimento ter sido apresentado, a criação da CPI não está garantida. É que os senadores que assinaram o pedido ainda podem desistir e retirar suas assinaturas. Além disso, a Mesa precisa ler o requerimento encaminhado por Alvaro Dias, para então dar início ao prazo para instalação da CPI do Ministério dos Transportes.
As denúncias de corrupção, inicialmente publicadas pela revista Veja, vincularam as irregularidades no Ministério dos Transportes a um esquema que beneficiaria políticos do PR. E acabaram por provocar a queda, em julho, do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e de outros 26 subordinados. No lugar de Nascimento - que voltou a exercer seu mandato de senador pelo Amazonas e se defendeu das acusações nesta terça em Plenário - assumiu o então secretário-executivo do Ministério, Paulo Sérgio Passos, apontado como homem de confiança da presidente da República, Dilma Rousseff.
A CPI deverá, segundo Alvaro Dias, investigar os "graves problemas" na contração de serviços, obras e processos licitatórios a partir de relatórios e outros documentos produzidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que evidenciaram a existência de irregularidades no Ministério dos Transportes e nos órgãos vinculados a ele.
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