NOVA YORK, 19 de maio (Reuters) - Dominique Strauss-Kahn renunciou como diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), dizendo que precisa usar toda sua energia para defender-se das acusações de agressão sexual contra uma camareira de hotel, gerando um imediato cabo de guerra político por seu cargo.
A prisão de Strauss-Kahn em Nova York no sábado acabou com suas ambições de concorrer à presidência da França em 2012 e levantou um debate sobre a tradição de um europeu ser o apontado para a chefia do organismo há 65 anos.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que o próximo diretor-gerente do FMI deve ser europeu e indicado rapidamente.
A carta de renúncia de Strauss-Kahn, divulgada pelo FMI e com data de 18 de maio, contém seus primeiros comentários sobre as acusações de tentativa de estupro, atos sexuais ilegais e cárcere privado de uma viúva de 32 anos de idade em um hotel de luxo em Manhattan.
"Eu nego, com a maior firmeza possível, todas as acusações feitas contra mim", disse ele na carta.
"Eu quero devotar toda minha força, todo meu tempo e toda minha energia para provar minha inocência."
Mais tarde nesta quinta-feira, o ex-ministro das Finanças francês deve fazer um segundo pedido por fiança, no valor de 1 milhão de dólares, antes do julgamento de Strauss-Kahn sobre tentativa de estupro de uma camareira de hotel, disseram seus advogados. Ele está preso na cadeia Rikers Island.
A mulher que o acusa das agressões testemunhou na quarta-feira perante um júri, que vai decidir se há evidências suficientes para processá-lo formalmente.
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