Após reunião com líderes do PMDB na manhã desta quarta-feira (14), o ministro do Turismo, Pedro Novais, decidiu que irá deixar o cargo. Ele vai entregar uma carta de demissão à presidente Dilma Rousseff até o final do dia. "A melhor coisa que ele deve fazer é renunciar", diz o senador Pedro Simon (PMDB-RS).
A saída do peemedebista configura a quinta demissão na Esplanada dos Ministérios em pouco mais de oito meses de governo. Na tentativa de dissolver a crise, o Planalto preferia que Novais entregasse o cargo, pedido avaliado e acatado pelas lideranças do PMDB próximas ao ministro. Todos concordam que isso evitará maiores desgastes.
Mais cedo, como adiantou Terra Magazine, o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), declarou que faria uma reunião com o ministro para decidir a melhor saída para a crise, mas enfatizou que a decisão de sair seria do próprio Novais. "Essa é uma história que ele deve encerrar", disse Alves.
O PMDB, principal aliado do governo, já estuda nomes para substituir Pedro Novais. O líder do partido na Câmara garante que o novo ministro será da bancada de deputados do PMDB. Um dos cotados é o deputado federal Marcelo Castro (PI).
Após denúncias de que o ministro do Turismo usou dinheiro público para pagar uma governanta em seu apartamento, em Brasília, a situação de Novais, que nunca foi das melhores, segundo vários peemedebistas de alta patente, piorou.
O ministro já havia sido acusado de custear despesas de um motel com verba de gabinete e seu ministério foi alvo de uma das maiores operações da Polícia Federal este ano, a Voucher, deflagrada em 9 de agosto, e que resultou em diversas prisões, inclusive a do número dois da pasta, Frederico Costa.
0 comentários:
Postar um comentário