O chefe tribal Sadi al-Ahmar foi, em tempos, apoiante de Saleh (Khaled Abdullah/Reuters)
O mais importante e influente líder tribal do Iémen, Sadiq al-Ahmar, anunciou nesta sexta-feira um cessar-fogo entre os seus apoiantes e as forças fiéis ao Presidente Ali Abdullah Saleh, que se confrontam desde o início da semana.
O anúncio de “tréguas” por Al-Ahmar foi feito no âmbito de funerais de 30 dos seus homens e foi recebido com aplausos. De acordo com Tom Finn, um correspondente do “The Guardian” no local, centenas de milhares de pessoas aplaudiram quando Al-Ahmar anunciou que tinha sido assinado um cessar-fogo e que estava totalmente empenhado em apoiar os protestos, mas que queria que a revolução fosse pacífica.
Os combates entre os guerrilheiros da tribo Hashed e as forças de segurança iemenitas já fizeram mais de 70 mortos desde segunda-feira e o anúncio de Al-Ahmar acontece horas depois de um oficial da Guarda Republicana e 12 homens da tribo Naham terem morrido devido a um ataque aéreo na sequência da tomada de controlo de uma barragem militar em Sanaa, por parte dos membros tribais.
“Os nossos homens atacaram de manhã três barragens militares da Guarda Republicana na zona de Fardha (a cerca de 75 quilómetros de Sanaa)”, declarou uma fonte tribal à AFP. “Os combates fizeram mortos dos dois lados e conseguimos tomar o controlo de uma das posições”, acrescentou a mesma fonte. Para tentar retomar a sua posição o exército iemenita lançou raides aéreos que acabaram por ser fatais tanto para um dos seus homens como para os guerrilheiros tribais.
Para esta sexta-feira tanto os opositores ao regime de Saleh como os apoiantes do regime apelaram a manifestações. Mas enquanto os protestantes anti-Governo falam numa “Sexta-feira de Revolução Pacífica”, os apoiantes do chefe de Estado iemenita planeiam a sua “Sexta-feira de Lei e Ordem”.
Ali Abdullah Saleh, que enfrenta há quase quatro meses uma onda de contestação sem precedentes, não parece disposto a abandonar o seu cargo e por três vezes rejeitou assinar o plano proposto pelo Conselho de Cooperação do Golfo que prevê a sua saída, num prazo de um mês, depois de mais de três décadas no poder.
Qatar fecha embaixada em Sanaa
Um dia depois de os EUA terem dado ordem de retirada de todo o seu pessoal diplomático não essencial do Iémen, nesta sexta-feira foi a vez de o Qatar decidir fechar temporariamente a sua embaixada em Sanaa e retirar também o seu pessoal diplomático do país.
“O Estado do Qatar segue com inquietação a evolução da situação no Iémen (...) e decidiu, em razão da recusa das iniciativas e apelos a uma solução política, de encerrar temporariamente a sua embaixada em Sanaa e retirar o seu pessoal diplomático”, declarou um porta-voz oficial, num comunicado citado pela AFP.
Também a França decidiu reduzir o seu pessoal na embaixada na capital iemenita.
Os combates entre os guerrilheiros da tribo Hashed e as forças de segurança iemenitas já fizeram mais de 70 mortos desde segunda-feira e o anúncio de Al-Ahmar acontece horas depois de um oficial da Guarda Republicana e 12 homens da tribo Naham terem morrido devido a um ataque aéreo na sequência da tomada de controlo de uma barragem militar em Sanaa, por parte dos membros tribais.
“Os nossos homens atacaram de manhã três barragens militares da Guarda Republicana na zona de Fardha (a cerca de 75 quilómetros de Sanaa)”, declarou uma fonte tribal à AFP. “Os combates fizeram mortos dos dois lados e conseguimos tomar o controlo de uma das posições”, acrescentou a mesma fonte. Para tentar retomar a sua posição o exército iemenita lançou raides aéreos que acabaram por ser fatais tanto para um dos seus homens como para os guerrilheiros tribais.
Para esta sexta-feira tanto os opositores ao regime de Saleh como os apoiantes do regime apelaram a manifestações. Mas enquanto os protestantes anti-Governo falam numa “Sexta-feira de Revolução Pacífica”, os apoiantes do chefe de Estado iemenita planeiam a sua “Sexta-feira de Lei e Ordem”.
Ali Abdullah Saleh, que enfrenta há quase quatro meses uma onda de contestação sem precedentes, não parece disposto a abandonar o seu cargo e por três vezes rejeitou assinar o plano proposto pelo Conselho de Cooperação do Golfo que prevê a sua saída, num prazo de um mês, depois de mais de três décadas no poder.
Qatar fecha embaixada em Sanaa
Um dia depois de os EUA terem dado ordem de retirada de todo o seu pessoal diplomático não essencial do Iémen, nesta sexta-feira foi a vez de o Qatar decidir fechar temporariamente a sua embaixada em Sanaa e retirar também o seu pessoal diplomático do país.
“O Estado do Qatar segue com inquietação a evolução da situação no Iémen (...) e decidiu, em razão da recusa das iniciativas e apelos a uma solução política, de encerrar temporariamente a sua embaixada em Sanaa e retirar o seu pessoal diplomático”, declarou um porta-voz oficial, num comunicado citado pela AFP.
Também a França decidiu reduzir o seu pessoal na embaixada na capital iemenita.
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