A noite após o ataque da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, foi de tristeza e homenagens em frente à unidade onde crianças foram vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos. Na manhã desta sexta-feira (8), do lado de fora, no muro da unidade havia flores, velas e cruzes, além de papéis com os nomes dos mortos no massacre.
A previsão é que assistentes sociais e psicólogos façam plantam próximo a escola para dar auxílio a alunos, funcionários e suas famílias. O colégio passou a noite lacrado, com a presença de policiais militares. As aulas estão suspensas.
'Não caiu a ficha', diz mãe de aluno
Um dia depois da tragédia, a mãe do menino Mateus, de 12 anos, Fátima Moraes Coelho afirmou que o filho não quer voltar à escola.
Um dia depois da tragédia, a mãe do menino Mateus, de 12 anos, Fátima Moraes Coelho afirmou que o filho não quer voltar à escola.
“Ele dormiu um pouco à tarde, depois ficou lembrando dos colegas, falou que não caiu a ficha ainda", contou Fátima, que pretende levá-lo a um psicólogo.
Polícia quer traçar perfil psicológico do atirador
O delegado titular da Divisão de Homicidios do Rio, Felipe Ettore, disse nesta madrugada, em entrevista ao Jornal da Globo, que o principal objetivo das investigações é traçar um perfil psicológico de Wellington Menezes de Oliveira, responsável pelo ataque.
"Pelas entrevistas que fizemos hoje com parentes localizados e pessoas do convívio, [Wellington] atua como uma pessoa que tinha patologia mental, o que motivou esse crime", afirma Ettore.
"A mãe biológica dele seria portadora de esquizofrenia, segundo relatos dos familiares identificados. A importância é traçar se essa doença mental dele é hereditária", completou, que afirmou que a perícia na escola continuará a ser realizada nesta sexta.
Como foi
A tragédia foi por volta das 8h30 de quinta-feira (7). Wellington entrou na escola e atirou em salas de aula lotadas. Segundo lista divulgada no início da noite, 12 crianças morreram. O atirador se matou, de acordo com a polícia.
O delegado titular da Divisão de Homicidios do Rio, Felipe Ettore, disse nesta madrugada, em entrevista ao Jornal da Globo, que o principal objetivo das investigações é traçar um perfil psicológico de Wellington Menezes de Oliveira, responsável pelo ataque.
"Pelas entrevistas que fizemos hoje com parentes localizados e pessoas do convívio, [Wellington] atua como uma pessoa que tinha patologia mental, o que motivou esse crime", afirma Ettore.
"A mãe biológica dele seria portadora de esquizofrenia, segundo relatos dos familiares identificados. A importância é traçar se essa doença mental dele é hereditária", completou, que afirmou que a perícia na escola continuará a ser realizada nesta sexta.
Como foi
A tragédia foi por volta das 8h30 de quinta-feira (7). Wellington entrou na escola e atirou em salas de aula lotadas. Segundo lista divulgada no início da noite, 12 crianças morreram. O atirador se matou, de acordo com a polícia.
A perícia realizada nesta tarde achou sua casa totalmente destruída: móveis e eletrodomésticos foram quebrados.
Os investigadores querem saber como um rapaz sem antecedentes criminais sabia manusear as armas. Ele usou dois revólveres: um de calibre 38 e outro de calibre 32 e estava com muita munição num cinturão. Ele usava um equipamento chamado de "speedloader", um dispositivo que ajudava a recarregar as armas rapidamente, de uma vez só.
A polícia está tentando descobrir como Wellington conseguiu as armas. O revólver 38 está com a numeração raspada, o que dificulta o rastreamento. Os investigadores localizaram a origem da outra arma, de calibre 32. O dono dela já morreu e, em depoimento, seu filho disse que o revólver tinha sido roubado há quase 18 anos.
Perfil do atirador
Wellington, que era ex-aluno da escola, nunca apresentou problemas no colégio. Ele cursou o ensino fundamental de 1999 a 2002. De acordo com a Secretaria de Educação, era bom estudante e nunca repetiu de ano. Também não há registros de mau comportamento na sala de aula.
Wellington, que era ex-aluno da escola, nunca apresentou problemas no colégio. Ele cursou o ensino fundamental de 1999 a 2002. De acordo com a Secretaria de Educação, era bom estudante e nunca repetiu de ano. Também não há registros de mau comportamento na sala de aula.
Wellington era filho adotivo, caçula de cinco irmãos. O pai morreu há cinco anos e a mãe, há dois anos. Em 2008, ele trabalhou no almoxarifado de uma fábrica de salsichas, de onde pediu demissão em agosto do ano passado. Segundo funcionários, ele era um jovem de poucas palavras.
O rapaz, considerado estranho pelos vizinhos, morou com a família em uma casa, na mesma rua da escola, cenário do massacre. Há 8 meses, Wellington se mudou para outra casa, em Sepetiba, também na Zona Oeste do Rio. O imóvel foi herança do pai.
Atirador deixou uma carta
O atirador deixou uma carta. Nela, citou Jesus, Deus e traçou planos para o próprio funeral. O rapaz disse que os impuros não poderiam tocá-lo sem usar luvas. Ele afirmou que era virgem, pediu o banhassem e o envolvessem num lençol branco que ele teria deixado no prédio, numa bolsa. E que só depois fosse colocado no caixão e enterrado ao lado da sepultura da mãe.
Wellington disse que gostaria que um fiel seguidor de Deus orasse pedindo o perdão de Deus pelo o que ele fez e pediu que Jesus o despertasse do sono da morte para a vida. Em nenhum momento, o criminoso explica os motivos dos disparos.
Atirador deixou uma carta
O atirador deixou uma carta. Nela, citou Jesus, Deus e traçou planos para o próprio funeral. O rapaz disse que os impuros não poderiam tocá-lo sem usar luvas. Ele afirmou que era virgem, pediu o banhassem e o envolvessem num lençol branco que ele teria deixado no prédio, numa bolsa. E que só depois fosse colocado no caixão e enterrado ao lado da sepultura da mãe.
Wellington disse que gostaria que um fiel seguidor de Deus orasse pedindo o perdão de Deus pelo o que ele fez e pediu que Jesus o despertasse do sono da morte para a vida. Em nenhum momento, o criminoso explica os motivos dos disparos.
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