Um índice de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao padrão foi encontrado no mar próximo à central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, informou neste sábado a Agência de Segurança Nuclear.
Segundo a agência, os testes foram realizados pela Tokyo Electric Power (Tepco), operadora da central nuclear.
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“Se alguém bebe 50 centilitros de água com esta concentração de iodo atingirá de uma só vez o limite anual que pode absorver. É um nível relativamente elevado”, explicou um porta-voz da agência. O mesmo funcionário destacou que a radioatividade registrada na costa “se diluirá com a maré, impedindo que uma concentração muito alta seja absorvida por algas e animais marinhos”.
“A concentração de iodo cai à metade a cada oito dias e quando a população efetivamente tiver acesso a estes produtos do mar, seu volume estará reduzido de maneira significativa”, afirmou o porta-voz.
O índice de iodo 131 já estava 126 vezes acima do padrão na terça-feira (22) passada no litoral próximo à central de Fukushima Daiichi. O governo japonês decretou então um reforço no controle sobre peixes e mariscos procedentes da costa atingida.
Fukushima Daiichi, situada 250 km a nordeste de Tóquio, foi varrida por um tsunami de 14 metros que interrompeu o fornecimento de energia e provocou o colapso na refrigeração dos reatores, após a paralisação das bombas d'água, iniciando uma crise nuclear.
O primeiro-ministro japonês admitiu na sexta-feira (25) que a situação segue “imprevisível” em Fukushima.
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