Este é o I Domingo de Quaresma, Tempo Litúrgico de quarenta dias que é para a Igreja um itinerário espiritual de preparação para a Páscoa. Trata-se de seguir Jesus que caminha em direção à Cruz, ápice de sua missão de salvação", explicou o Papa Bento XVI, no Angelus deste domingo, 13, no Vaticano.
"Por que a Quaresma? Por que a Cruz?", perguntou o Papa. "A resposta, em termos radicais, é esta: porque existe o mal, aliás, o pecado, que segundo as Escrituras é a causa profunda de todo mal, mas a palavra pecado não é aceita por muitos, porque pressupõe uma visão religiosa do mundo e do homem", disse Bento XVI.
O Santo Padre ressaltou ainda que, diante do mal, o comportamento de Deus é o de se opor ao pecado e salvar o pecador. "Deus não suporta o mal, porque é Amor, Justiça e Fidelidade e por isso não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva. Para salvar a humanidade, Deus intervém e nós vemos isso em toda a história do povo judeu, a partir da libertação do Egito. Deus está determinado a libertar os seus filhos da escravidão para conduzi-los à liberdade. A escravidão maior e mais profunda é a do pecado. Por isso, Deus mandou seu Filho ao mundo, para libertar os homens do domínio de Satanás, origem e causa de todo pecado", sublinhou.
Bento XVI frisou que Cristo se tornou vítima de expiação de nossos pecados, morrendo por nós na cruz. "Contra esse plano de salvação definitivo e universal, o diabo se opôs com todas as suas forças, como mostra o Evangelho que fala sobre as tentações de Jesus no deserto, proclamado todos os anos no I Domingo da Quaresma", disse.
O Pontífice ressaltou que entrar neste Tempo Litúrgico significa ficar do lado de Cristo, com Cristo e contra o pecado, "enfrentar individualmente e como Igreja o combate espiritual contra o espírito do mal".
O Santo Padre invocou a materna proteção de Maria para que esse período da Quaresma seja rico de frutos de conversão e pediu aos fiéis para que rezem por ele e seus colaboradores da Cúria Romana que, neste domingo, iniciam o retiro espiritual.
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