Rio de Janeiro - O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, apresentou uma variação de 0,97% em fevereiro deste ano, resultado superior ao registrado no mês anterior, de 0,76%. O dado foi divulgado hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do ano, o IPCA-15 registra inflação de 1,74%. Considerando os últimos 12 meses, a taxa é de 6,08%.
O grupo de despesas educação, com taxa de 5,88%, foi o que mais contribuiu para a alta da inflação em fevereiro. O resultado foi puxado principalmente pelos aumentos nas mensalidades dos cursos de ensino formal, que subiram 6,41% e foram o principal item de contribuição para a inflação geral.
Entre as 11 capitais pesquisadas pelo IBGE, apenas Fortaleza não teve reajuste de mensalidades em fevereiro.
A alta do IPCA-15 também pode ser explicada pela inflação de 1,04% no grupo transportes, em decorrência, principalmente, do reajuste de tarifas de ônibus urbanos em cinco capitais.
O grupo despesas pessoais também contribuiu, com uma inflação de 1,17%, por influência do aumento do custo com empregados domésticos (0,91%), jogos de azar (6,37%) e cigarros (1,61%).
Na contramão da alta da inflação estão grupos de despesas como alimentação, que tiveram redução no ritmo do aumento de preços. A taxa para os alimentos passou de 1,21% em janeiro para 0,57% em fevereiro, com destaque para produtos como as carnes, que tiveram queda de preços de 1,87%.
Além dos alimentos, três grupos de despesa apresentaram redução da inflação: habitação (que passou de 0,60% em janeiro para 0,28% em fevereiro), vestuário (de 0,83% para 0,13%) e artigos de residência (de 0,58% para -0,13%).
Entre as capitais, a maior inflação foi registrada em São Paulo (1,23%), seguida por Salvador (1,06%), pelo Rio de Janeiro (1,03%) e por Belo Horizonte (1,00%). As capitais que tiveram inflação abaixo da média foram Brasília (0,91%), Goiânia (0,81%), Curitiba (0,78%), Belém (0,74%), Recife (0,71%), Porto Alegre (0,57%) e Fortaleza (0,39%).
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