Rádio Boa Nova

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

FORMAÇÕES
Tenho confiado em Deus ou em mim mesmo?
Nem sempre é possível caminhar amparado pelas certezas

É feliz quem na vida apreende com tudo o que ela proporciona, e quem consegue perceber nos fatos, nas alegrias e nas decepções realidades que acrescentem positivamente ao próprio universo de compreensão a respeito da existência. Em algumas situações parece que a vida nos "puxa o tapete", quando vemos nossos sonhos e tudo o que construímos desmoronar. Tais situações podem nos ensinar muito, nos levando a compreender a vida de maneira mais autêntica e acompanhada por Deus.
Muitas vezes, sentimos "sumir nosso chão" quando algo que desejávamos muito nos é tirado, e quando o que queríamos não acontece; porém, diante de tais situações é preciso que o coração questione se, de fato, a realidade com a qual sonhávamos era o melhor para nós.

É difícil ver nossos projetos desmoronarem, mas esses são momentos privilegiados para constatarmos se esses eram verdadeiramente os sonhos de Deus para nós.
Deus sabe o que é melhor para nós, Ele consegue enxergar além do que conseguimos compreender, e quando entregamos a Ele as rédeas de nossa vida Sua ação se faz real em tudo e através de tudo, nos retirando de caminhos tortuosos e nos conduzindo pela estrada certa, mesmo quando não somos capazes de perceber.

Muitas vezes, construímos nossa história e pautamos nossas escolhas em ideais puramente nossos, nos amparando somente naquilo que são nossas convicções pessoais, sem submeter a Deus nossa vontade. Agindo assim corremos o risco de viver constantemente frustrados, em virtude de termos confiado em nossas próprias forças e não n’Aquela que verdadeiramente sabe do que precisamos.
 

Deus nos conhece melhor que nós mesmos; Ele sabe o que, de fato, nos realizará em nossa essência.

O Cristianismo é um território onde a confiança se estabelece como "necessidade", pois nem sempre é possível caminhar amparados pelas certezas nas quais desejaríamos ancorar nossa história.
A certeza que precisa ancorar nossos passos é aquela que brota confiança no Deus que cuida de nós e que sempre tem o melhor para nós, mesmo quando tudo parece escuro.

Deus sempre está agindo, nos moldando e nos fazendo melhores. É preciso que confiemos n’Ela e em Sua maneira de agir, e não somente em nossas potencialidades e convicções.
Deus tem o melhor para nós, Ele sempre tem... É preciso confiar e permitir que Ele conduza todas as coisas, pois Ele sabe o que é o melhor.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal à Arquidiocese de São Paulo

Dom Odilo encoraja leigos a serem anunciadores de Cristo
Nicole Melhado
Da Redação

o
O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, enviou nesta quarta-feira, 22, uma mensagem de Natal direcionada, em especial, aos leigos que acolhem e difundem a Boa Nova do nascimento de Jesus. 

A mensagem, divulgada depois de uma coletiva de imprensa, encoraja os pais cristãos, primeiros evangelizadores dos filhos, a serem anunciadores do Salvador, e a estarem presentes no serviço e colaboração para Obra de Cristo. 

Leia na íntegra a mensagem de Dom Odilo Scherer.
Mensagem de Natal
à Arquidiocese de São Paulo


Querido povo de Deus em São Paulo!

Feliz e abençoado Natal para todos! Que a recordação do nascimento de Jesus Cristo traga bênção, paz e alegria aos seus lares e seja motivo de renovada esperança e conforto para os que sofrem ou andam tristes. Deus pensou em nós, em cada um de nós!

Por seu Filho eterno, nascido para este mundo como filho da Virgem Maria, Deus veio ao nosso encontro para ser Emanuel – Deus conosco. Por isso, ninguém deve sentir-se só e esquecido: Deus se fez próximo de nós todos e preenche nossa vida de sentido. Ele está no meio de nós!

Este ano foi marcado, em nossa Arquidiocese, pelo 1º Congresso de Leigos. Por isso, desejo saudar, de maneira especial, a todos os leigos e leigas. É belo pensar que o nascimento de Jesus foi um acontecimento que envolveu, sobretudo, leigos e leigas: Maria, José, os pastores, os reis magos... Houve também o sacerdote Simeão e a profetisa Ana... Mas foi um acontecimento em família, envolvendo leigos, sobretudo.

E a Boa Nova do nascimento de Jesus Cristo, proclamada pelos anjos, também foi acolhida e difundida, em primeiro lugar, por leigos e leigas. Não seria isso um sinal forte do desejo de Deus? Ainda hoje, a Igreja conta com a participação de todos fiéis leigos e leigas para que a Boa Nova do Natal seja acolhida e difundida em todo o mundo. Conta com os pais cristãos e as famílias que, como Maria e José, se colocam a serviço de Deus e colaboram com sua obra.

Os pais têm a grande chance de apresentar seus filhos pequenos a Deus, como fizeram Maria e José, introduzindo Jesus no templo, diante do sacerdote; podem transmitir-lhes as primeiras práticas e ensinamentos da fé, o senso da consciência moral, amor e delicado respeito ao próximo; isso eles conservarão para toda a vida. A transmissão da fé, de geração em geração, acontece sobretudo na família e os pais cristãos são os primeiros evangelizadores dos seus filhos.

Neste Natal peço que Deus abençoe a todos os leigos e leigas de nossa Arquidiocese; e os encorajo a serem anunciadores da Boa Nova do Natal à cidade, como foram os pastores nos campos de Belém. Sejam por toda parte sinais de que Deus habita esta cidade e quer bem a todos os seus habitantes!

Feliz e abençoado Natal a todos! E que o ano de 2011 seja portador de bênçãos e boas realizações, com a graça de Deus!
Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer
Arcebispo metropolitano de São Paulo 

domingo, 12 de dezembro de 2010



Nem se assuste. Não é de química que vou falar. Não tenho como dar uma de professor versado nos mais variados reagentes e naquelas fórmulas sem fim. Falo de outro radical e de outra liberdade.


Olhando superficialmente, diríamos que vivemos na era radical. É radical o esporte, são radicais os carros, as vestimentas, as posturas, os comportamentos e escolhas. É radical até aquela “coisa” genérica e indefinida que leva os jovens à expressão: “Radical, meu!”
 

Um olhar mais atento verá que esta radicalidade, escondida no perigo dos esportes, na esquisitice dos carros e vestimentas, no inusitado das posturas e comportamentos, no extremismo das escolhas é, no fundo, uma busca desesperada pela verdade.
 

Além de fuga e ilusão, nesta radicalidade, há de tudo, menos liberdade. Nela vê-se um homem centrado em si mesmo, em posturas de aparente coragem de enfrentar qualquer desafio e, no fundo de si mesmo, um mal disfarçado medo de encarar a realidade do vazio interior.

Nada contra esta postura radical. No entanto, tudo seria muito diferente - radicalmente diferente – se resolvêssemos encarar um outro tipo de radicalidade para encontrar um outro tipo de liberdade – a única que pode ter este nome. Refiro-me à corajosa e livre radicalidade libertadora e vivencial do Evangelho. Perdoem-me os professores de português pelo excesso de adjetivos, mas o que quero dizer é isso mesmo: a corajosa e livre radicalidade libertadora e vivencial do Evangelho.

Comecemos com o “corajosa”. Esta radicalidade requer coragem. E, se você quer saber, creio que a coragem de viver a radicalidade do Evangelho será uma virtude cada dia mais necessários para nós, católicos. Basta dar uma olhada no que aconteceu no Brasil nos últimos tempos com relação à moral e à fé:
 

1. aprovação da utilização de embriões congelados (porém vivos!) para que sejam mortos em pesquisas, como aqueles ratinhos ou sapinhos de laboratório dos quais tantos ecologistas radicais costumam ter pena, em favor dos quais tantos naturalistas lutam;

2. aprovação por esmagadora maioria (só 3 foram contra!) do aborto de fetos anencéfalos por parte do Conselho do Ministério da Saúde;

3. aprovação da não necessidade da mulher apresentar-se no hospital munida de boletim de ocorrência que comprove o estupro para fazer o aborto. Agora basta que ela declare que foi estuprada e o médico é obrigado por lei a proceder ao assassinato da criança. Simples assim.

Basta olhar estes fatos, considerados “progresso” para logo ver que todos os que quiserem viver a radicalidade do Evangelho (aliás, tem como viver o Evangelho sem ser com radicalidade?) vão precisar de muita, muita coragem. Embora nem todas estas medidas estejam definitivamente aprovadas, a coisa tende a ficar cada vez mais preta para quem ama a verdade e o próximo, para quem ama a Deus e à vida. Haja coragem!

Vamos ao “livre” da corajosa e livre radicalidade libertadora e vivencial do Evangelho. Ou esta radicalidade é livre, ou não é radicalidade. Isso é: ou você abraça o Evangelho e o vive em sua radicalidade como fruto de uma experiência pessoal com Jesus Cristo Vivo, isto é, ou você a abraça como prova de amor e livre entrega de gratidão a Ele, ou não tem jeito. Argumentos humanos não vão convencê-lo de entregar-se livremente à radicalidade evangélica. Nos esportes radicais, há vários argumentos humanos e pressões sociais que levam a pessoa a arriscar a vida em saltos sem pára-quedas ou a despencar em um abismo amarrado por um cabo de aço. Na radicalidade do Evangelho, a liberdade vem do amor de Deus experimentado e do amor a Deus ofertado. É uma opção livre e corajosa pelo tudo.

Tudo! Eis a palavra chave da radicalidade. “Quero tudo!” disse Santa Teresinha. Quem ama a Deus de verdade, também quer tudo, aceita tudo, acolhe tudo, contanto que seja feita a vontade de Deus em sua vida e na vida de todos os homens e da criação inteira, que “sofre e geme em dores de parto aguardando a manifestação dos filhos de Deus”, como diz São Paulo.
 

Radicalidade é tudo querer, tudo acolher, tudo viver, sem meias palavras, sem panos mornos, sem disfarces de argumentos humanos, sem “mas”, sem “porém, no meu caso”, sem mentiras, sem disfarces, sem mornidão, sem relativismos. Ou é, ou não é. O sim tem que ser sim. O não tem que ser não. E pronto.

E a caridade? Não seria falta de caridade as coisas serem assim tão... radicais? A caridade é a verdade. O Evangelho também. Simples assim.
 

É exatamente por ser a verdade que o Evangelho é libertador. A verdade liberta. No entanto, precisa ser, antes, conhecida como verdade, como ela é, sem nuances nem disfarces. Jesus é claro quanto a isso. Disse: “Conhecereis a verdade” para completar, em seguida: “e a verdade vos libertará”. O mundo dissemina suas mentiras contrárias ao Evangelho por todos os meios possíveis: a mídia, a arte, a legislação, os lobbies, associações e organizações, outdoors, conversas e outros recursos sem fim. Faz conhecer sua mentira e a reveste de argumentos humanos lógicos, convenientes, convincentes e de legalidade civil. Quanto aos que vivem a radicalidade do Evangelho, bem... a estes, além da coragem, do livre amor a Jesus e à Sua Palavra, além da radicalidade, têm como maior propaganda a vivência.

Por isso, a radicalidade é, também, vivencial. Para convencer, o Evangelho tem de tornar-se vida. Seria bom, maravilhoso, um sonho, termos uma mini-série sobre Madre Teresa, sobre o Santo Padre, para dar somente dois exemplos. O índice de audiência seria, creio, bastante alto. Mas não há dinheiro para isso. Nem interesse. Há uma fila de investidores e patrocinadores à espera de um minuto de merchandising na novela das oito, mas não sei se um só dentre eles estaria disposto a apoiar ou financiar uma produção sem merchandising, onde se propagasse a verdade do Evangelho.

Assim sendo, meu caro, nossa propagação da verdade parece restringir-se à vivência de cada um que ama Jesus e está livre e corajosamente disposto a dar a vida por Ele e ser considerado escória por aderir à radicalidade evangélica. Há os grupos, claro, as comunidades, as congregações, (e, escreva o que digo, cada vez mais precisaremos delas para sobrevivermos às pressões externas contra a vivência do Evangelho). Mas nossa tendência é sempre dizer: “Deixa a comunidade tal lutar por isso. Não tenho nada com esta história. Deixa a Igreja comprar esta briga”, e tirarmos o corpo fora.

Estarmos restritos à vivência leva-nos, aparentemente, a um fracasso diante do gigantismo da mídia e do avanço do anti-evangelho, como uma gotinha no oceano, certo? Errado! Erradíssimo! Há, na livre e corajosa radicalidade libertadora e vivencial do Evangelho (minha coleção de adjetivos!) uma qualidade radical: ela é libertadora! Libertadora de quem a vive, que, de tanto ser amado por Deus e de tanto querer amar em troca, vive a tranqüilidade que o mundo não consegue perturbar com facilidade.
 

A força libertadora da vivência radical do Evangelho, mesmo que escondida, ultrapassa toda 

sábado, 11 de dezembro de 2010

 FORMAÇÕES
A coroa do Advento e seu significado
Simboliza a eternidade e sua cor representa a esperança e a vida
                                                                                                                                                                                                                           Deus se faz presente na vida de todo ser humano e de todas as formas deixa-nos sentir Seu amor e desejo de nos salvar. A palavra ADVENTO é de origem latina e quer dizer CHEGADA. É o tempo em que os cristãos se preparam para a vinda de Jesus Cristo. O tempo do Advento abrange quatro semanas antes do Natal.
Atualmente há uma grande preocupação em reavivar este costume muito significativo e de grande ajuda para vivermos este tempo. A coroa ou a grinalda do Advento é o primeiro anúncio do Natal. É um círculo de folhagens verdes, sua forma simboliza a eternidade e sua cor representa a esperança e a vida. Vem entrelaçado por uma fita vermelha, símbolo tanto do amor de Deus por nós como também de nosso amor que aguarda com ansiedade o nascimento do Filho de Deus.
No centro do círculo se colocam as quatro velas para se acender uma a cada domingo do Advento. A luz das velas simboliza a nossa fé e nos leva à oração, e simbolizam as quatro manifestações de Cristo:
1° Encarnação, Jesus Histórico;
2° Jesus nos pobres e necessitados;
3° Jesus nos Sacramentos;
4° Parusia: Segunda vinda de Jesus.
No Natal se pode adicionar uma quinta vela branca, até o término do tempo natalino e, se quisermos, podemos pôr a imagem do Menino Jesus junto à coroa: temos que nos atentar, porém, que o Natal é mais importante do que a espera do Advento.
Essa coroa é originária dos países nórdicos (países escandinavos, Alemanha), a qual contém raízes simbólicas universais: a luz como salvação, o verde como vida e o formato redondo como eternidade.
Simbolismos estes que se tornaram muito adequados ao mistério natalino cristão, e que por isso, adentraram facilmente nos países sulinos. Visto que se converteram rapidamente em mais um elemento de pedagogia cristã para expressarmos a espera de Jesus como Luz e Vida, em conjunto com outros símbolos, certamente mais importantes, como são as leituras bíblicas, os textos de oração e o repertório de cantos.
O comércio e o sistema deste mundo fazem questão de esquecer o verdadeiro sentido do Natal e nós podemos cair nessa, mas é possível dar presente e celebrar o verdadeiro sentido: O Menino Jesus é o nosso grande presente!
Sugestão: você pode fazer uma coroa do Advento em sua casa e celebrar com sua família à luz da nossa fé a chegada de Jesus Cristo nosso Salvador. E a cada domingo ir acendendo as velas, convidando seus familiares para rezar.
Oração: Senhor Jesus, celebrar o teu Natal é fazer da minha vida, da minha casa, um lugar de eternidade e salvação. Que a Tua luz brilhe em cada coração. Acendendo cada vela desta coroa do Advento queremos acender a esperança, o amor, a fraternidade e a Salvação que é o grande presente que queremos dar a todos que amamos por intermédio do Menino Jesus, que vai nascer em nossa família.
Como você se prepara para celebrar esta grande festa do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo? Clique em comentários e diga como você vive este tempo litúrgico? Natal feliz é Natal com Cristo!

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FORMAÇÕES
O tesouro que o mundo procura
Ao longo de nossa vida, adquirimos falsos tesouros
                                                                                                                                                                              A juventude é a fase em que mais sofremos as investidas do inimigo de Deus, enfrentamos as maiores batalhas e temos sentimentos à flor da pele. É uma guerra em que nos machucamos e ficamos, muitas vezes, mutilados. É difícil, porém, não ir para a guerra significa não conhecer o sabor da vitória. Quem não luta, não tem muitos problemas nem dificuldades, mas também não alcança a vitória. É assim que acontece com alguém que está em pecado: como um porco, se lambuza todo e se mistura tanto à lama, que não quer sair mais. E mesmo sendo lavado, o porco retorna à lama.
Quem não luta contra o pecado se torna semelhante a esse animal, acostumado à vida do chiqueiro. Muitas vezes, permanecemos no pecado e nas conseqüências deste, porque não quisemos lutar. Há uma história sobre um homem e seu baú cheio de tesouros, os quais colecionavam e comercializavam. Além do baú, possuía tecidos, tapetes, terras, gado, cavalos, casas, enfim, era muito rico. Viajava bastante e sempre comprava algo que não possuía. Assim foi ajuntando tesouros, até que, um dia, numa das viagens, deparou-se com uma pérola negra e encantou-se. Era a única no mundo!
Em nenhum dos lugares pelos quais já havia passado, havia visto aquele tesouro. Quis possuí-la e foi até o dono da pérola. Pelo fato de não haver nada parecido no mundo inteiro, o proprietário tinha todo o direito de pedir o valor que quisesse, e foi o que aconteceu. Ele pediu um preço tão alto, que era quase impossível alguém possuir todo aquele dinheiro. O comerciante achou o preço exorbitante, mas, como um bom negociante, fez o cálculo de todos os seus bens, incluindo a roupa do corpo, e percebeu que teria o dinheiro suficiente para comprá-la. Voltou para casa, juntou tudo, vendeu, comprou a pérola e saiu vestido com o mínimo necessário para não estar nu. Olhava o bem recém-adquirido sem ter para onde ir, pois tinha vendido a casa e tudo o que possuía. Achou então uma árvore e sentou-se à sombra, contemplando o seu tesouro. Ninguém era mais rico do que aquele homem, mas também ninguém era mais pobre do que ele. Nada custava mais do que a sua pérola e ele era feliz. Havia encontrado o que sempre buscara.
Aquele homem acumulou riquezas por toda a vida, achando que nelas seria feliz, até encontrar a pérola. E, quando a encontrou, teve de se desfazer de tudo para comprá-la. Nossa situação é parecida: não temos carneiros, tesouros, contas bancárias "gordas", cheque especial, muitos não têm carro nem cartão de crédito, mas, ao longo de nossa vida, adquirimos falsos tesouros, como o pecado, por exemplo. Ele nos impossibilitou de buscar o tesouro da felicidade e da paz, que é o próprio Deus. A mesma paz que Ele fez acontecer quando se levantou no barco e mandou o mar ficar calmo. Jesus é essa paz na agitação da vida. A alegria verdadeira e plena. 

Muita gente procura esse tesouro em lugares impróprios e não o encontra. Sabemos que Cristo está em todas as pessoas, mas não em todas as situações. Existem situações em que somente o diabo está. E nessas situações é que, ao longo da vida, fomos buscar a felicidade: numa zona de prostituição, na boca de fumo, numa butique gastando além do que podíamos e ficando endividados. Buscamos a felicidade na violência, na loucura, na moda, na novela, na traição, em situações nas quais Deus não está, e acumulamos misérias dentro de nós.

Hoje, alegre-se! Sua busca acabou! Até mesmo o que temos de material, adquirido com muito custo e trabalho, passa a ter mais valor, mais sentido e mais gosto, porque
 encontramos o grande tesouro, que é o próprio Deus.  

Do livro: “Sementes de uma nova geração”
Dunga
Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

                                  Aceline Barros cantora católica de campina grande  pb.OLÁ! EU SOU ACILENE BARROS CANTORA CATÓLICA, CASADA MÃE DE DOIS FILHOS. TENHO A MARCA DA PROMESSA QUE JESUS ME FEZ.ELE ME CUROU E LIBERTOU.AMÉM

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

 NOVAS FORÇAS DA IGREJA
A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA
                                                O que é a RCC
O movimento carismático está marcado pela vinda do Espírito Santo narrada nos Atos dos Apóstolos, Cap.2l, quando os discípulos de Jesus, após sua ascensão, com medo, estavam recolhidos no cenáculo. Uma manhã, entre fragores e luzes, desceu sobre eles o Espírito Santo em forma de pomba e chamas, transformando aqueles rudes homens do povo que, reanimados, saíram às praças e ruas e começaram a evangelizar. A partir da vida do Espírito Santo, surgiu a Igreja que se espalhou pelo mundo inteiro, se organizou e hoje ainda existe, com sua rica história e experiências acumuladas ao longo de dois mil anos.
Dom das línguas, entusiasmo, renovação, dom de cura eram alguns dos carismas do Espírito Santo que sempre acompanharam os evangelizadores. A renovação Carismática Católica quer, hoje, de certa forma, repetir o que aconteceu naquele dia, por obra do Espírito Santo. Renovação, nesse caso, não é no sentido de que haveria algo de errado, de velho dentro da Igreja e que deve ser renovado, mas uma maneira nova de viver o dom de Jesus Cristo e do Espírito que é nos dado por Deus Pai: criar um novo entusiasmo, criar homens novos na vida e na oração; tornar novo o que já existe, conforme o espírito do Concílio Vaticano II, em comunhão com Igreja e com o papa.
Uma renovação, portanto, que converta e transforme o homem no seu ser e na sua oração, uma conversão interior - não da não- crença- mas para uma maneira mais vivida e própria de crer e viver seu contato com Deus. Algo mais pessoal, mais íntimo. Melhor, porém, é ouvir o que os protagonistas que se converteram nesse batismo no Espírito Santo falam: "A RCC é o batismo no Espírito Santo, ou seja, um mergulho na graça do Espírito, para que o fiel viva melhor sua vida e seu carisma de cristão onde ele se encontrar, seja como leigo ou como consagrado, numa maneira mais humana e mais divina" (PE. Eduardo Dougherty à revista Mundo e Missão).
Pe. Jonas Abib e outros insistem na semelhança do movimento carismático com o que aconteceu no dia do Pentecostes, o que, em outras palavras, quer dizer uma experiência de conversão pessoal e comunitária à pessoa de Jesus: "Não somente uma conversão simplesmente intelectual, racional, ou uma conversão baseada na simples aceitação de verdades dogmáticas e, portanto estéril, mais uma experiência pessoal com Jesus Cristo, o Deus vivo, que penetra em nossas vidas, inundado-as com o amor do Pai, uma experiência que não só é sentimental mas que invade toda à vida.... transformando todo nosso ser através da oração, da palavra, dos sacramentos, do testemunho de vida e de serviço aos irmãos.
Experiência de amor que leva a Deus e aos irmãos...experiência que provém do Espírito Santo... dos que nasceram de novo no Espírito". E poderíamos continuar citando muitos outros que se converteram ao movimento numa busca sincera de uma vida nova, dentro do espírito da RCC. Eles chamam o movimento de "Caminho Novo do Espírito", a "Obra Nova" que Deus nos propõe.
A Vida após o batismo no Espírito
Dentro desse espírito de conversão total ( alma, corpo, razão e sentimentos), voltam a ter nova importância na vida do carismático, as devoções, que n nos anos passados, foram deixadas de lado, como a participação à Eucaristia e adoração ao Santíssimo, a devoção a Nossa Senhora com a reza do terço (até numa forma incomum, o chamado terço bizantino), a oração e muitos cânticos como expressão de louvor e pedido a Deus Trindade, acompanhados de gestos, movimentos do corpo e símbolos.
Nesse espírito de renovação carismática, estão surgindo também movimentos religiosos e laicais com um revigoramento inesperado de vocações masculinas e femininas que há tempo não acontecia. A preparação desses aspirantes vocacionados diverge dos modelos recentes de formação, às vezes, polêmicos por causa do espírito da teologia da libertação. É um retorno a um certo tradicionalismo, mas com novidades como o espírito de louvor que permeia toda oração carismática.
Emoção e Evangelização
Nem todos que participaram do movimento carismático, especialmente o povo que freqüenta somente as missas e shows, têm essa visão clara do espírito que fundamenta o movimento que a liderança gostaria que tivessem a respeito dos carismas, da conversão, não só emocional, mas também da razão.
Muitas pessoas - é fato conhecido - participam por exigências muito mais concretas e pessoais, como a emoção, a expectativa de solucionar algum problema como desemprego, doença, etc.. em busca de uma segurança emocional, religiosa, diante do mundo que assusta porque permissivo, consumista, violento e individualista. São motivos pessoalmente validos e que na participação das missas parecem encontrar um alivio, senão ema solução.
A Evangelização é a parte essência da RCC, isto é, formar as pessoas profundamente conscientes de sua fé e de sua transformação em Cristo, pela ação do Espírito Santo. João Paulo II recomenda essa evangelização: no discurso de abertura da Conferência Internacional de Lideres Carismático, além de elogiar a inegável força de conversão que leva a "redescobrir a presença e o poder do Espírito Santo em suas vidas, na vida da Igreja e do mundo...
que tem levantado uma fé cheia de alegria, um amor pela Igreja e uma generosa dedicação à evangelização", insiste que "o movimento- carismático católico- é eclesial e a palavra eclesial implica uma tarefa precisa de formação cristã, envolvendo uma profunda convergência de fé e de vida. A fé entusiástica, que dá vida às suas comunidades, deve ser acompanhada por uma formação cristã abrangente e fiel aos ensinamentos da Igreja. De uma formação sólida, surgirá uma espiritualidade profunda, enraizada nas fontes de vida cristã e capaz de responder às perguntas cruciais colocadas colocada pela cultura de nossos dias..." (Brasil Cristão, fevereiro 99, p.23).
A evangelização é portanto, parte essencial da legitima renovação cristã. Na entrevista concedida por pe. Eduardo a Mundo e Missão, ele insistia sobre as palavras que sublinháramos na descrição de Pentecostes. Os apóstolos, após ter recebido o Espírito Santo, saíram à rua para evangelizar com a palavra e o testemunho pessoal, porque sem testemunho e palavra, ou seja, sem essa evangelização, nem Pentecostes teria tido efeito que teve. Tudo teria acabado no cenáculo ou, talvez, tivesse surgido mais seita como existiam outras no mundo judaico. Portanto, insiste pe. Eduardo, um dos iniciadores do movimento no Brasil e fundador da Associação do Senhor Jesus, "sem uma evangelização constante e universal que abranja o mundo inteiro, a RCC perderia sua característica de movimento eclesial".
Evangelização e solidariedade
Outra face da Renovação Carismática, mais pouco divulgada, é o aspecto social e a ajuda aos pobres e marginalizados. Na mesma entrevista, tomamos conhecimento dos muitos trabalhos realizados em favor de drogados, moradores de rua, crianças e órfãos e carentes e das instituições que o movimento mantém. Aliás, no final de 1998, em Brasília, realizou-se o I Fórum Nacional da Renovação Carismática de Direitos sociais, onde se discutiram os novos caminhos que a RCC deve tomar em relação aos direitos humanos. O objetivo è "promover a consciência social e ocupar os espaços que são de direitos e de dever dos leigos na tarefa de conduzir toda a humanidade a Deus" (Brasil Cristão, fevereiro, 99).
Carismas polêmicos
No dia de Pentecostes, os Apóstolos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o mesmo Espírito lhes concedia que falassem. Logo na primeira pregação, na rua, os presentes ouviam falar em sua própria língua. Este dom, junto com o dom da cura, foi praticado nas primeiras comunidades cristã, mas São Paulo já alertava que o dom era útil, se houvesse alguém para interpretar os sons pronunciados.
Na reforma evangélica pentecostal e no movimento carismático católico fala-se muito desse dom que suscita perplexidade em alguns e entusiasmo em outros. Em Brasil cristão, a revista da Associação do senhor Jesus, pe. Eduardo refere-se a esse dom como "uma benção de Deus"... uma experiência linda e fantástica. A nossa língua, mente, nosso coração e corpo são purificados, por isso temos que exercitar esses dons preciosos que Deus Pai nos concede através do Espírito Santo... Não existem palavras suficientes para louvar a Deus. Deixe portanto, que o Espírito Santo reze em você, aos poucos sentirá toda a purificação dentro de seu ser. Falar em línguas é estar em sintonia com Deus.
História do Movimento Pentecostal
Jorge Paleari
É no seio do metodismo que nasce o movimento pentecostal. Tudo começou em 1866, nos Estados Unidos, quando alguns fiéis se encontraram para uma grande concentração "renovadora" ( de revival, em inglês, isto é, renovação). Essas concentrações de oração chegavam a reunir até 20 mil pessoas. Havia sempre explosão emocional intensas que contagiavam a todos. Os "revivals" se multiplicaram. Em janeiro de 1901, Charles F. Parham começou a pregar sobre os dons do Espírito; em 1906, William J. Seymour, um ministro negro, insistente nas experiências emocionais e introduz o dom das línguas.
Los Angeles é tida como lugar do surgimento da primeira experiência pentecostal. Em 1906, em Los Angeles (Azuza Street), uma enorme quantidade de pessoas "continuou a gritar por três dias e TRÊS noites, durante o tempo pascal. As pessoas vinham de todos os lugares. Ninguém podia se aproximar da casa por causa da enorme massa de gente que circundava. Cada um que entrava na casa era violentamente envolvido pelo poder de Deus. Eles gritaram até que a casa caiu, mas ninguém ficou ferido".
O jornal: "The New York Americam" do dia 03 de Dezembro de 1906 falou que algo estranho estava acontecendo. "Um novo movimento religioso, formado por negros e brancos, estava começando. A tradição metodista estava sendo misturada à religiosidade popular dos negros". Dissensões e divisões marcaram logo, a epopéia pentecostal: mais briga havia, mais os pentecostais se multiplicavam. A primeira explosão pentecostal, acontecida em Los Angeles em 1906, é tida como o período clássico do movimento.
Uma segunda onda coincide com a difusão missionária pentecostal pelo mundo e o estabelecimento dos primeiros templos autóctones. De Chicago, Luigi Francescon, a partir de 1910, chega ao Brasil e começa a "Congregação Cristã"; Daniel Berg e Gunnar Vingren Começam a "Assembléia de Deus" em Belém ( em 1911). Um terceira onda pentecostal pretende influenciar as Igrejas protestantes tradicionais e a Igreja católica. Em 1960, na Califórnia o pastor Dennis Bennet, reitor da igreja episcopal, aceita o pentecostalismo em sua própria organização.
Em 1967, a Igreja católica começa o movimento carismático entres os estudantes e professores da universidade Du Quesne (USA). Uma quarta onda pentecostal coincide com o processo do uso dos meios de comunicação e a especialização na cura divina. Este novo desenvolvimento é chamado de neopentecostalismo. O Brasil conheceu uma explosão pentecostal, nos anos 50, com o surgimento das igrejas tipicamente brasileiras, como "Brasil para Cristo", "Deus é Amor" e a "igreja quandrangular". Nos anos 80, surgem outras neopentecostais como a "Igreja universal do reino de Deus", a igreja internacional da graça de Deus", a "Igreja renascer", etc.
OS BISPOS DOS BRASIL E A RCC
Há alguns anos, a CNBB fez um estudo sobre a RCC e em 1994 publicou um amplo documento "Orientações pastorais sobre a Renovação Carismática Católica".
Reproduzimos alguns trechos significativos. "Reconhecendo-se a presença da RCC em muitas dioceses e também a contribuição que tem trazido à Igreja no Brasil, é preciso estabelecer o diálogo fraterno no seio da comunidade eclesial, apoiando o sadio pluralismo, acolhendo a diversidade de carisma e corrigindo o que for necessário" (n.º 19).
"Haja muito discernimento na identificação de carismas e dons extraordinários. Diante dos pessoas que teriam carismas especiais, o juízo sobre sua autenticidade e seu ordenado exercício compete aos pastores da Igreja. A eles em especial cabe não extinguir o Espírito, mas provar as coisas para ficar com o que é bom" (n.º 57).
"Orar e falar em línguas: O destinatário da oração em línguas é o próprio Deus, por ser uma atitude da pessoa absorvida em conversa particular com Deus. E o destinatário do falar em línguas é a comunidade. O apóstolo Paulo ensina: "Numa assembléia prefiro dizer cinco palavras com minha inteligência pra instruir também aos outros, a dizer dez mil palavras em línguas" (1 Cor 14,3). Como é difícil discernir, na prática, entre inspiração do Espírito Santo e os apelos do animador do grupo reunido não se incentive a oração em línguas e nunca fale em línguas sem que haja intérprete (n.º 62).
É preciso ser humilde e estar dispostos a adorar a Deus, mesmo sem entender as palavras que saem de nossa boca ... São impressionantes os sinais e prodígios, as curas e os milagres que acontecem quando realmente estamos em sintonia com Ele" (Brasil Cristão, janeiro, 98, p.7)
Dom das curas
Quem procura as cerimônias carismáticas, às vezes, vai mais na esperança de curar doenças de todos os tipos ou pata solucionar problemas pessoais como o desemprego. Em um artigo publicado em Brasil Cristão (n. 14), ir. Cecília R. Vianna, explica que a cura mais profunda e própria do movimento é a cura interior, ou seja, a cura espiritual dos males que afligem o espírito. Nessa linha de entendimento, estamos dentro da lógica da conversão do todo ser, conversão do pecado, dos vícios, das más inclinações, etc. É normal- e a ciência confirma - que uma purificação profunda do espírito, aliada a uma fé e uma confiança total em Deus, pode operar as curas de males físicos e psíquicos.
A oração de entrega, recomendada na revista, é um forte exemplo: "Senhor Jesus, eu me entrego aos pés de Sua Cruz. Preciso do Seu Amor Redentor, da plenitude de Seu Santo Espírito. Entrego todas as minhas faltas, meus traumas, em fim tudo aquilo que me machuca interiormente me causando desânimo e desamor. Olhando para Você agora, sacrificado em uma cruz por meus pecados, me sinto pequeno diante de tanto Amor. Meus traumas, problemas, infelicidades se tornam pequenos diante do Seu sacrifício por mim. Quero abraçá-lo, Jesus, e me entregar completamente a este Amor que me cura e liberta. Peço que caminhe comigo em todas as fases de minha vida. Amém".
A Renovação Carismática no Brasil
Um dos fundadores da Renovação Carismática Católica no Brasil foi pe. Eduardo Duogherty SJ. Mundo e Missão foi entrevista-lo em Valinhos, SP, onde ele dirige um centro de produção de programas de televisão, a Associação do Senhor Jesus.
M.M.: Como o movimento da Renovação Carismática veio para o Brasil?
Pe. Eduardo: Vou contar minha história. Em 1966, cheguei como escolástico ao Brasil. Trabalhei em Campinas no centro social dos jesuítas, coordenei grupos de jovens, campeonatos de futebol e até um seleção de atletismo. Em 1968, comecei o primeiro ano de teologia em São Paulo com os dominicanos. No segundo semestre, houve problemas na escola, a policia entrou na faculdade e fui embora para o Canadá. Logo que cheguei lá, ouvi falar dos pentecostais (naquele tempo era esse o nome da Renovação Carismática). Em 1969, e no dia 15 de março, num fim de semana que passei junto com pessoas desse movimento, tive uma experiência de Deus. Mergulhei no Espírito Santo. Realmente experimentei uma grande paz, muita alegria, acho que tive uma experiência de Pentecostes. Comecei a ler e a estudar o que era a Renovação Carismática Católica. Durante as férias de verão do Canadá ( de julho a agosto), voltei ao Brasil, ao centro social dos jesuítas de Campinas, e com o padre Haroldo Ranhm começamos um grupo de oração. Em setembro, voltei para o Canadá e continuei meus estudos de teologia e aproveitei para ler tudo o que podia sobre espiritualidade inaciana e espiritualidade carismática. Em 1970, fui ordenado padre, em 1971 terminei teologia e fui encarregado de pregar retiros para sacerdotes nos Estados Unidos. Nesse tempo, continuei aprofundando cada vez mais meus conhecimentos da espiritualidade da Renovação Carismática.
M.M.: Permaneceu muito tempo nos Estados Unidos depois de sua ordenação?
P.E.: Somente dois anos. Em 1972, voltei ao Brasil e fui para Osasco. Meu ministério continuou sendo pregar retiros. Eu gosto muito de fazer isso. Fui liberado logo de qualquer compromisso paroquial em Osasco para poder viajar pelo Brasil inteiro, pregando retiros e espalhando a Renovação Carismática.
Entre 69 e 72 pe. Haroldo publicou um livro: "Batizados no Espírito" que foi uma peça chave para a Renovação Carismática aqui. Em 73, organizamos, eu e ele, a equipe nacional. O movimento foi muito influenciado pelos retiros com os sacerdotes: milhares deles fizeram retiros carismáticos e muitos deles entraram em cheio. Outra peça-chave para a renovação foram os padres pregadores que viajaram pelo Brasil inteiro. Dentre eles: pe. Haroldo, pe. Alírio Pedrini, Schuster, pe. Jonas...
A partir de 1980, entramos mais na mídia e isso ajudou muito para que o movimento se espalhasse pelo país. O pe. Jonas começou em 1980 com a rádio Canção Nova", nós entramos em 1983, no mundo da televisão com um programa semanal e começamos a produzir programas também.
O que ajudou a fortalecer o movimento e lhe deu uma certa estrutura foi a formação de equipes locais: esta foi a chave para que a Renovação Carismática se organizasse e chegasse ao ponto que se encontra agora no Brasil.
M.M.: Existe abertura à questão missionária dentro da Renovação Carismática?
P.E.: Existe, ainda que, aparentemente, a gente tenha a impressão de que poderia ser sentida e vivida mais intensamente. Cabe aos pastores orientar a Igreja e a ovelhas, dar a visão que Jesus Cristo tinha da Igreja, abrir os horizontes, animar e estimular os fiéis.
É problema de cabeças, de lideres.
M.M.: Costuma-se dizer que a Renovação Carismática não se engaja muito no campo social. O que acha disso?
P.E.: Muito pelo contrario. Nós temos um secretariado que cuida do empenho co campo social e esse é um dos aspectos da Renovação Carismática. Temos dado atendimento a viciados, a menores abandonados: a Renovação Carismática trabalha com pessoas de rua, com drogados, em orfanatos e em creches.
Depois de Pentecostes, as pessoas que receberam o Espírito Santo saíram para a rua. Fazer a experiência de Deus e depois ir ao encontro do irmão que está na rua, abandonado, é essencial para o carismático, faz parte da vida ra RCC e prova que é autentica.
Conheço pessoas que saem às dez goras da noite para encontrar as pessoas da rua e não só para dar-lhes sopa, mas para ajuda-las a deixar essa vida, a sair das ruas.
SHALOM, o dom da paz
No dia 9 de julho de 1982, em Fortaleza, é inaugurado o Centro Católico de Evangelização Shalom (plenitude de paz, em hebraico), com a benção do cardeal d. Aloísio Lorscheider. Um centro de evangelização singular, porque se trata de uma lanchonete, com a finalidade de aproximar os jovens e anuncia-lhes Jesus além dos esquemas convencionais. É o início de uma Obra agora em plena expansão no Brasil e também em outros países, mas que levou vários anos de preparação na oração e no discernimento, às vezes, sofrido. O desejo do fundador Moysés Louro de Azevedo Filho, e do seu grupo de oração, que deu origem à Obra, era de evangelizar, sobretudo os jovens, e de se comprometer totalmente com Deus e com os outros.
O grupo nasceu da Renovação Carismática Católica e algumas pessoas deste movimento ajudaram de maneira determinante na primeira etapa de busca de vontade de Deus: entre elas pe. Jonas, da Comunidade Canção Nova de Cachoeira Paulista, SP. Importante também foi o encontro com dois santos, Francisco de Assis e Teresa de Ávila, que imprimiram suas marcas na Obra nascente. O primeiro iluminou sobre a pobreza e a fraternidade e a mística espanhola os conduziu no caminho da oração.Logo depois da fundação, a Obra conheceu um rápido crescimento. "No inicio, eram os jovens, mas começaram a comparecer também seus pais, adultos, crianças, enfim todos os tipos de pessoas" (Moysés Azevedo).
A forma comunitária da convivência fraterna começou a se definir, desde as primeiras inspirações e experiências, e era sentida como uma exigência essencial da nova espiritualidade. A primeira foi a comunidade de Vida e, em um segundo momento , a comunidade de Aliança (CF Box). Em janeiro de 1985, os primeiros cinco membros (homens e mulheres) emitiam votos como consagrados na comunidade de Vida Shalom, depois que, no ano anterior, foram redigidas as primeiras regras.
SHALOM é uma comunidade da Igreja Católica, formada por homens e mulheres casados, solteiros e sacerdotes, que consagraram suas vidas inteiramente ao serviço de Deus, da Igreja e da humanidade.
Sua missão é instaurar a paz no mundo e nos corações, através do anúncio de Jesus Cristo e da formação de filhos de Deus autênticos, mediante a transformação dos meios seculares em meios de evangelização e renovação do apostolado da Igreja.
Formas de vida
  • Comunidade de vida
    Forma o núcleo da Obra e vive a consagração plena a Deus e ao seu Reino, através de uma vida inteiramente dedicada ao serviço na Obra, à contemplação e ao amor fraterno.
    Seus membros vivem em residências comunitárias, com intensa vida de oração, dedicação exclusiva ao apostolado, total partilha de vida e renúncia completa dos bens. Seu sustento da Providência e de uma parte do dizimo da Comunidade Aliança.
  • Comunidade de Aliança 
    É formada por membros comprometidos com o Shalom, exercendo atividades profissionais no mundo e nele sendo fermento, morando em residências de vida fraterna (Aliança residencial) ou com suas próprias famílias (Aliança externa), assumindo compromisso de oração, fraternidade e dias de apostolados na Obra.
Shalom tem 23 casas. Os membros das Comunidades de Vida são 348 e os das Comunidades da Aliança 729.
Espiritualidade
"Nossa vocação nasceu no interior da Igreja, através da graça da efusão do Espírito Santo como vivida pela Renovação Carismática Católica"(Moysés Azevedo). Nesse contexto se faz uso dos carismas do Espírito Santo, para a edificação da Igreja. O cerne da vocação Shalom é o amor esponsal a Jesus Cristo, que Moysés assim explica: "Ao dizermos 'sim à vocação Shalom, dizemos igualmente nosso 'sim' ao amor incondicional a Jesus Cristo, em sua paixão, morte e ressurreição e, como Ele e com Ele, nos dispomos a unir perfeitamente nossa vontade à vontade do Pai, seja como for, custe o que custar, pois, 'um coração inflamado por este amor tudo realiza, a tudo se dispõe' (Regras de Vida)". Nesse sentido, a oração amplo espaço nas comunidades e a Igreja é amada como Mãe, com a qual unicamente Shalom pode viver sua vocação e missão, na fidelidade ao Magistério a com uma vida sacramental autêntica e profunda.
Atividade
* Evangelização: tudo começou com os jovens na lanchonete em uma livraria e agora se estende aos ambientes e categorias cada vez mais numerosos e categorias cada vez mais numerosos e diversificados com projetos apropriados: crianças, família, sacerdotes, jovens, doentes, profissionais. A metodologia é variada: grupos de oração, missões, retiros, pregações em praças públicas, abordagem direta como visitas de casa em casa ou em lugares públicos, com festas, praias, portas de cinema, teatro, restaurantes etc.
Depois da fase do primeiro anúncio (querigma) vem a catequese, na qual as pessoas se engajam em um grupo de oração para que sua fé seja fortificada. São organizados grandes eventos evangelizadores, como encontros no Carnaval, acampamentos de jovens, fóruns e congressos. A evangelização realiza-se também através de cinco estações de rádio, de produção de programas para Tv, uma revista mensal ("Shalom Maná") e publicações de livros. Sustenta este projeto uma grande variedade de ministérios: de evangelização, de pastoreio, de animadores, de eventos, de acolhimento, de liturgia, de cura e acolhimento.
* Formação: milhares de pessoas são formadas na doutrina, na liderança na vivenciada fé, através de Centros de Formação Shalom, cursos, apostilas e retiros de aprofundamento.
*Obras: o amor ao irmão, sobre tudo ao pobre, se traduz em atividades de vários tipos: em creches, hospitais, orfanatos, com leprosos, meninos de rua, dependentes de álcool e drogas e em diversas pastorais sociais.

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