Bento XVI receberá homenagem de artistas nos 60 anos de sacerdócio
O Papa Bento XVI receberá homenagem de 60 artistas de todo o mundo por ocasião do seu 60º aniversário de sacerdócio, comemorado dia 29 de junho. O título da mostra é "O esplendor da verdade, a beleza da caridade – Homenagem dos Artistas a Bento XVI pelo 60º de Sacerdócio".
A mostra é promovida pelo Pontifício Conselho para a Cultura e acontecerá no Átrio da Sala Paulo VI entre os dias 5 de julho e 4 de setembro, de segunda a sábado, das 10 às 19h (horário local). O próprio Papa inaugurará a mostra, no dia 4 de julho, ocasião em que receberá pessoalmente a homenagem dos artistas e dirigirá aos mesmos o seu discurso.
O representante do Brasil no evento será o arquiteto Oscar Niemeyer, que, devido à idade avançada, não estará presente fisicamente, mas com a representação de uma de suas obras: a Catedral de Belo Horizonte.
Os 60 artistas convidados são de renome internacional e pertencem a diversas categorias artísticas (pintura, escultura, arquitetura, fotografia, literatura e poesia, música, cinema, ourivesaria).
O evento foi apresentado durante uma coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé na manhã desta sexta-feira, 17. Participaram da coletiva o presidente do Pontifício Conselho, Cardeal Gianfranco Ravasi, e o responsável pelo Departamento "Arte e Fé" do mesmo dicastério, monsenhor Pasquale Iacobone.
"A relevância desta ocasião é devida também ao significado que assume para o diálogo entre a Igreja e os artistas, bem como pela presença de artistas de clara fama e pertencentes às diversas áreas de expressão, que se envolvem com um tema de grande profundidade e valor espiritual, no qual se refletem os motivos caros ao Pontífice", lê-se na nota divulgada pela Sala de Imprensa.
O encontro acontece na esteira do encontro do Pontífice com os Artistas, acontecido em novembro de 2009, na Capela Sistina. Naquela ocasião, de fato, Bento XVI havia se despedido dos artistas com um "Arrivederci!", expressão italiana equivalente a um "Até breve!".
Santa Sé defende dignidade da mulher junto a ONU
A violência contra a mulher continua a ser um grave problema em muitos países e para mudar esta situação, um dos melhores instrumentos é a educação. Esta é a reflexão proposta pelo observador permanente da Santa Sé, Dom Silvano Tomasi, na 17ª Sessão do Conselho para os Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), que acontece em Genebra, Suíça.
Entre as várias agressões destacadas pelo observador da Santa Sé estão o estupro como arma de guerra, o tráfico de meninas, os abusos contra empregadas domésticas, os sequestros e conversões forçadas, casamentos e abortos obrigados.
Dom Silvano recordou as palavras do Papa Bento XVI que disse que "embora a violência seja mais frequente onde há pobreza e instabilidade social, há que reconhecer que ainda a toleram alguns sistemas legais e tradições: Em alguns lugares e culturas, elas são discriminadas ou subestimadas só por serem mulheres".
Dom Silvano recordou as palavras do Papa Bento XVI que disse que "embora a violência seja mais frequente onde há pobreza e instabilidade social, há que reconhecer que ainda a toleram alguns sistemas legais e tradições: Em alguns lugares e culturas, elas são discriminadas ou subestimadas só por serem mulheres".
“Perante estes fenômenos graves e persistentes, os cristãos têm um compromisso cada vez mais urgente em promover uma cultura que reconheça a dignidade que pertence às mulheres, na lei e na realidade concreta”, afirmou o representante da Santa Sé.
Para prevenir esse tipo de violência, Dom Tomasi sugeriu a instauração de melhorias no nível de vida e o acesso à educação. Neste sentido, recordou o ensinamento da Igreja sobre a “igualdade de dignidade na unidade de homem e mulher, na arraigada e profunda diversidade entre masculino e feminino, na sua vocação à reciprocidade e à complementaridade, à colaboração e à comunhão”.
“A minha delegação considera que é possível melhorar a situação das mulheres e lutar contra o flagelo da violência, construir uma igualdade criativa e um respeito mútuo que previnam todo recurso à violência”, concluiu o observador.
Para prevenir esse tipo de violência, Dom Tomasi sugeriu a instauração de melhorias no nível de vida e o acesso à educação. Neste sentido, recordou o ensinamento da Igreja sobre a “igualdade de dignidade na unidade de homem e mulher, na arraigada e profunda diversidade entre masculino e feminino, na sua vocação à reciprocidade e à complementaridade, à colaboração e à comunhão”.
“A minha delegação considera que é possível melhorar a situação das mulheres e lutar contra o flagelo da violência, construir uma igualdade criativa e um respeito mútuo que previnam todo recurso à violência”, concluiu o observador.
Vaticano vai debater uso de células-tronco adultas com estudiosos
O Vaticano realizará entre os dias 9 e 11 de novembro uma Convenção Internacional intitulada “Células-Tronco: a ciência e o futuro do homem e da cultura” (tradução livre). O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira, 16, por membros do Departamento Ciência e Fé do Pontifício Conselho da Culturadurante uma coletiva de imprensa na Sala João Paulo II.
“Seguramente, muitos se perguntam: por que o Pontifício Conselho da Cultura está envolvido na questão das células-tronco adultas? A resposta cai sobre a missão do nosso dicastério, chamado a dialogar com toda a expressão da cultura contemporânea, fortemente imbuída e moldada pela ciência”, explicou o Diretor do Departamento Ciência e Fé, padre Tomasz Trafny.
Segundo os membros do dicastério, presentes na coletiva, já há algum tempo este pontifício conselho está empenhado na promoção de um sério diálogo entre as ciências naturais e humanas, especialmente filosofia e teologia. A escolha de indagar sobre o uso das células-tronco adultas é, assim, uma natural consequência de um percurso iniciado alguns anos atrás.
“O interesse, portanto, que temos nesta questão em particular é bastante limitado. Destina-se a explorar o impacto cultural da pesquisa sobre células-tronco adultas e a medicina regenerativa, a médio e longo prazo. Tudo tem sua origem em uma dupla convicção”, esclareceram.
Para o Vaticano, promover diálogos como esse é essencial, visto que a medicina hoje interage com todas as dimensões da cultura: social, legislativa, filosófica-teológica e econômica.
Trabalho em conjunto
Neste sentido, a companhia internacional biofarmacêutica NeoStem está trabalhando em conjunto com o Vaticano para partilhar “valores éticos que veem em sua essência a proteção da vida humana em todas as fases do seu desenvolvimento”, destaca a cientista americana Robin L. Smith, presidente e diretora executiva da NeoStem.
A companhia, ressalta a cientista, tem interesse em indagar os impactos culturais que possam haver com as descobertas científicas resultantes da investigação em células-estaminais adultas.
“Hoje não é de se espantar que uma indústria biofarmacêutica tenha forte interesse sobre a tutela da vida em sua totalidade, havendo ao mesmo tempo interesse em indagar a cultura. Por este motivo, pensamos em formalizar uma colaboração. Já há mais de um ano estamos traçando possibilidades para desenvolver isso”, conta a presidente da NeoStem.
O primeiro fruto prático desta colaboração será a convenção em novembro, para a qual o Vaticano quer convidar todos os bispos, embaixadores credenciados junto a Santa Sé, ministros de saúde dos diversos países, líderes de opinião e meios de comunicação.
“Esperamos que estejam presentes pessoas que partilhem da mesma sensibilidade para a realidade dos valores éticos e o desejo de promover o diálogo entre ciência e religião”, destaca o diretor do Departamento Ciência e Fé.
Construção de diálogos
Também está nos planos do Vaticano desenvolver projetos com a ajuda de estudantes das universidades pontifícias e instituições católicas de ensino sobre temas ligados ao diálogo entre as ciências naturais e humanas.
“Desejamos também alcançar um amplo público, especialmente os fiéis e operadores de pastorais nos vários níveis que algumas vezes encontram dificuldades para entender alguns problemas complexos relacionados com a ciência, filosofia e teologia. Bem como, aqueles que não tem conhecimento científico, mas desejam ter não só uma correta informação sobre esses temas, como também a disponibilidade de ter uma formação clara”, salienta o sacerdote.
No fim da coletiva, foi recordada uma famosa carta de João Paulo II escrita ao padre George Coyne que diz: “Com o crescimento do diálogo e da comunhão existirá um progresso em direção a mútua compreensão e uma gradual descoberta de interesses comuns que formam as bases para novas buscas e discussões”.
“Nós acreditamos no diálogo e estamos abertos a explorar os possíveis percursos de colaboração com várias instituições e cientistas que queiram contribuir para a aproximação recíproca entre ciência e religião para uma cultura do futuro baseada em grandes valores”, concluiu o diretor do Departamento Ciência e Fé.
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