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terça-feira, 3 de maio de 2011

Paquistão se defende e diz que não protegia Bin Laden


O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, se defendeu nesta terça-feira das acusações de que o país estava abrigando secretamente o líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama bin Laden, morto em uma mansão a cerca de 50 km da capital do país.


Bin Laden com Ayman Al Zawahri, considerado o número 2 da Al Qaeda

"Alguns na imprensa americana sugeriram que o Paquistão não teve a vitalidade necessária em sua luta contra o terrorismo, ou pior, que fomos dissimulados e protegemos os terroristas que dizíamos buscar", disse Zardari.

"Tal especulação sem base pode ser excitante para os jornais, mas no reflete a realidade", completou.

Bin Laden foi morto com um tiro de um dos cerca de 20 militares da Marinha dos Estados Unidos que invadiram, em helicópteros, sua mansão de alta segurança em Abbottabad, cidade a apenas cerca de 50 km da capital paquistanesa. A mansão ficava ainda a menos de um quilômetro de uma academia militar que treinava membros para as Forças Armadas do Paquistão.

Nesta segunda-feira, o assessor de contraterrorismo da Casa Branca, John Brennan, reconheceu que é "inconcebível" que Bin Laden não tinha um "sistema de apoio" no Paquistão. "As pessoas estão falando em se esconder debaixo do nariz. Nós estamos avaliando como ele foi capaz de se esconder por tanto tempo", disse.

As declarações de Zardari foram feitas em um artigo ao jornal americano "Washington Post". Foi a primeira vez que alguém do alto escalão do Paquistão reage aos comentários da imprensa e de funcionários do governo americano.

O presidente reconheceu que o Paquistão não participou da operação que matou Bin Laden, mas insiste que mesmo assim a morte do líder terrorista causou uma grande "satisfação" ao seu país.

"O Paquistão, talvez a maior vítima do terrorismo no mundo, se une aos outros alvos da Al Qaeda --os povos de EUA, Reino Unido, Espanha, Indonésia, Afeganistão, Turquia, Iêmen, Quênia, Tanzânia, Egito, Arábia Saudita e Argélia-- em nossa satisfação diante do fato de que a fonte do maior mal do novo milênio tenha sido eliminada e tenha sido feita justiça para com suas vítimas", escreveu Zardari no artigo intitulado justamente "O Paquistão fez sua parte".

"Embora os eventos de domingo não representem uma operação conjunta, havia uma década de cooperação e de parceria entre EUA e Paquistão que desembocou na eliminação de Osama bin Laden como uma ameaça constante ao mundo civilizado".

COMPARTILHAMENTO


A principal agência de inteligência paquistanesa (ISI) também foi a público nesta terça-feira para dizer que "compartilhou" informações sobre Bin Laden com os Estados Unidos.

Um alto funcionário da ISI afirmou à agência Efe que a colaboração em matéria de inteligência foi o único papel do Paquistão na operação, sem detalhar se foi decisiva para lançar o ataque ou para conhecer o paradeiro de Bin Laden.

"O presidente Obama aludiu a isso em sua declaração. Disse que o Paquistão tinha sido um fator instrumental para compartilhar informações. Nossa cooperação chegou até aí", assegurou a fonte, que pediu anonimato.

A fonte também contestou as declarações de Brennan. "Isso é totalmente falso. É infeliz que não conhecêssemos seu paradeiro. Se soubéssemos, o teríamos capturado antes", assegurou o alto funcionário do ISI.

VÍTIMAS

Zardari ressalta ainda em seu artigo que, "horas depois da morte de Bin Laden, os talebans culparam o governo do Paquistão e reivindicaram vingança contra seus líderes, especificamente contra mim, como o presidente da nação".

O presidente paquistanês insiste que seu país "pagou muito caro" por sua oposição ao terrorismo. "Morreram mais soldados nossos que de todos os países da Otan juntos".

Zardari lembra também que sua própria família foi alvo do terrorismo, já que "os terroristas assassinaram nossa maior líder, a mãe dos meus filhos" (em alusão a sua mulher, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, morta em um atentado em dezembro de 2007.

"Alguns na imprensa americana sustentaram que faltava ao Paquistão entrega na campanha contra o terrorismo, ou ainda pior, que éramos falsos e de fato protegíamos os terroristas que afirmávamos perseguir", assinala o presidente paquistanês.

"Pode ser que semelhantes conjeturas sem fundamento constituam notícias chamativas, mas não se correspondem com os fatos. O Paquistão tem muitos motivos para detestar a Al Qaeda. A guerra contra o terrorismo é tanto uma guerra do Paquistão como dos Estados Unidos", afirma Zardari.

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