De acordo com o diretor da escola, Luís Marduk, foram recebidos 20 pedidos de transferência em apenas quatro dias
Rio - Depois de 11 dias da tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, moradores de Realengo tentam retomar a vida aos poucos. No dia marcado para a reabertura do colégio, o sentimento ainda é de revolta e dor para alguns pais. Uma das pessoas mais emocionadas era a mãe das gêmeas vítimas do ataque, Renata dos Reis Rocha, que foi buscar o histórico escolar de Brenda na manhã desta segunda-feira e disse que a filhanão quer mais voltar para a escola. A outra filha de Renata, Bianca, morreu durante o atentado.
"Não queremos mais voltar aqui. Eu nunca podia entrar com a merenda para as minhas filhas e um estranho conseguiu entrar", disse Renata, com lágrimas nos olhos, completando: "Este lugar não pode virar um lugar histórico porque é onde ocorreu a tragédia".
A secretária municipal de Educação, Cláudia Costin, foi à escola para uma reunião com professores e pais de alunos, onde ela pretende escutar sugestões. De acordo com o diretor da escola, Luís Marduk, foram recebidos 20 pedidos de transferência em apenas quatro dias. No entanto, ele explica que muitos pais desistiram da ideia de retirar os filhos do colégio.
Alunos de uma escola da região levaram cartazes ao local da tragédia e vão recepcionar os alunos do 9º ano no período da tarde. O estudante Eduardo Felipe de Santana, de 11 anos, falou que está com saudades dos amigos e que vai voltar a escola normalmente. "Eu não vi nada e agora o monstro já se foi", falou.
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