HAVANA (Reuters) - O ex-presidente cubano Fidel Castro oficializou na terça-feira que não ocupará cargos na cúpula do Partido Comunista, apesar de seguir assessorando o governo liderado por seu irmão Raúl Castro, em um momento crucial de reformas econômicas.
Fidel fez a declaração no último dia do congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC) que, além de aprovar reformas para tirar a ilha da crise econômica sem perder a marca do modelo socialista, decide sobre uma nova diretriz da organização política governista depois de quase meio século.
"Raúl (Castro) sabia que eu não aceitaria, atualmente, nenhum cargo no Partido; foi sempre ele que me classificava como primeiro-secretário (do PCC) e comandante chefe", disse Fidel Castro em uma coluna publicada na imprensa oficial.
O líder, de 84 anos, que governou Cuba durante quase meio século, disse que havia renunciado a todos os seus cargos oficiais e políticos depois que ficou gravemente doente em julho de 2006.
Os delegados do PCC decidiram pela sua substituição como líder do partido, cargo que ocupou desde sua fundação em 1965, e a previsão é de que seu irmão, o presidente Raúl Castro, seja eleito.
Em seu artigo, Fidel Castro acrescentou que entre os temas abordados no Congresso, inaugurado no sábado, "um dos (temas) que mais me interessou foi a relação com o poder".
Seu irmão lançou uma surpreendente afirmação na abertura da reunião comunista quando expressou a intenção de limitar a permanência em cargos de Estado e no Partido em Cuba para dois períodos de cinco anos, sem excluir o cargo de presidente do país.
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