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terça-feira, 5 de abril de 2011

Corpos apodrecem nas ruas da Costa do Marfim, diz ONU

Agências humanitárias relatam situação de caos na principal cidade do país, Abidjã
As agências humanitárias das Nações Unidas descreveram nesta terça-feira (5) uma situação de caos na principal cidade da Costa do Marfim, Abidjã, com corpos há dias espalhados nas ruas, hospitais fechados, ambulâncias atingidas por tiros e a população trancada em suas casas.

Em entrevista coletiva, Elisabeth Byrs, porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha), relata que até mesmo as ambulâncias são alvos de tiros e os serviços públicos não funcionam.
- Há dezenas de corpos estendidos nas ruas e que ninguém recolhe. O acesso à população é impossível. Os funcionários humanitários também devem ficar trancados em suas casas por motivos de segurança, pedimos às partes envolvidas que, por favor, protejam os cidadãos.
Os porta-vozes falaram sobre vários casos extremos, como a aglomeração de 3.000 malineses que, fugindo dos combates, se refugiaram na embaixada do Mali em Abidjã.
Duékoué concentra mais de 25 mil refugiados
A situação também é extremamente difícil na cidade de Duékoué, no oeste do país, onde até o momento a Organização Mundial das Migrações (OIM) presta assistência a mais de 25 mil refugiados internos, que buscaram ajuda nos arredores de uma missão católica, e que precisam "desesperadamente de comida, água, abrigo e assistência médica", assinalou o porta-voz da OIM, Jean-Philippe Chauzy.
- O acesso à água é o maior problema, tanto para beber como para manter os mínimos padrões de higiene. Já foram registrados os primeiros casos de diarreias e tememos a proliferação de doenças.
O atendimento aos refugiados é realizado em coordenação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e o Programa Mundial de Alimentos (PAM), voltado especialmente a mulheres e crianças traumatizadas pelo massacre da semana passada no distrito de Carrefour, em Duékoué.
O porta-voz do Escritório da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville, assinalou que há investigações em curso sobre o massacre e que as impressões preliminares indicam "várias centenas de pessoas assassinadas".
ONU e França passam a interferir na guerra civil
A grave crise política que atinge a Costa do Marfim começou em novembro passado, quando o presidente Laurent Gbagbo perdeu as eleições presidenciais para Alassane Ouattara, mas se recusa desde então a entregar o poder.
A batalha de Abdijã, iniciada em 31 de março pelas forças do presidente reconhecido pela comunidade internacional, Ouattara, adquiriu outra dimensão com a participação desde segunda-feira (4) da ONU e da França.
Segundo Ahoua Don Mello, porta-voz de Gbagbo, as forças do presidente controlam o palácio presidencial em Abidjã, assim como a residência presidencial e o acampamento militar de Agban.
Indagado sobre uma possível rendição de Gbagbo, o porta-voz disse que "neste momento, isso não está sendo considerado". No entanto, à RFI (Rádio França Internacional) Ally Coulibaly, embaixador na França nomeado por Ouattara, disse que estaria sendo negociada uma rendição.
Os "bombardeios" da ONU e da França contra alvos militares em Abidjã provocaram "muitos mortos", atesta Mello, já que "os militares vivem com suas famílias nos acampamentos" militares, acrescentou.

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