Ofereceu o seu corpo pela Igreja, para levar a unidade e a comunhão entre todos os fiéis, em todo mundo". O presidente do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, Arcebispo Piero Marini, recorda assim João Paulo II. Uma visão de quem esteve ao seu lado, de fevereiro de 1987 até seu falecimento, como Mestre das Celebrações Litúrgicas.
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.: Página especial da beatificação de JPII
"Era um celebrante exemplar da Eucaristia. Realmente, eram momentos de comoção, muitas vezes cheguei às lágrimas, vendo na África, na Ásia, toda aquela gente que celebrava com o Papa, que se aproximava dele. Vi em todo o mundo aquela que era a liturgia que o Vaticano II queria na redescoberta daquele povo, santo, sacerdotal, do povo de Deus”, destaca Dom Marini.
O Arcebispo ressalta a grande intimidade que João Paulo II tinha na oração e como ele amava os sacramentos. Era um homem que amava os sinais e não tinha vergonha de ajoelhar-se. Não se preocupava com o que os outros pudessem dizer. João Paulo II transformou a sacristia pontifícia em um lugar de oração, lá ele sempre se ajoelhava antes e depois da Missa.
Dom Marini conta que João Paulo II amava cantar e que ele o acompanhava na sacristia antes das celebrações. “Via-se também na celebração momentos de intimidade com o Senhor. Por exemplo, depois da comunhão, ele permanecia sempre absorto em oração, enquanto todos esperavam por ele”, conta.
Karol Wojtyla era um homem também de grande sensibilidade para a participação dos fiéis. Para ele, a participação dos fiéis na Missa era uma inculturação. “Era convicto, convencendo a mim também, que não era possível participar da Missa sem inculturar a liturgia, exprimindo-a em cada cultura. Assim, permanece para mim um exemplo desse Pastor sobre o qual falou o Concílio Vaticano II, que é o bispo o grande pastor do seu rebanho, sobretudo na celebração dos grandes mistérios. E ele fez todas essas viagens justamente para celebrar a Eucaristia. Era o coração de todas as viagens”, enfatiza Dom Marini.
Centenas de celebrações, dezenas de viagens apostólicas em todo o mundo. Para o Arcebispo, entre as celebrações que mais lhe marcaram está aquela realizada em Miami, quando um tornado se aproximava e eles tiveram que interromper a Missa e continuá-la num trailer.
“Lembro-me de uma Missa celebrada em Corrientes em meio a uma tempestade tropical e as pessoas estavam com água até os joelhos, tivemos que mudar o altar de lugar durante a Missa três ou quatro vezes buscando um lugar que não chovia”, conta ainda.
Outra celebração que ficou gravada na memória dele foi aquela realizada em Sarajevo, na Bósnia, onde era possível perceber o sofrimento do Papa durante a celebração. “Os tremores de frio se juntavam àqueles do mal de Parkinson”, lembra.
Dom Marini lembra ainda quando celebrou com o Papa João Paulo II no Hospital Gemelli, lugar onde ficou internado até pouco antes de sua morte. “Estava doente sob um leito. Vi, realmente, naquele momento, a participação no sacrifício de Cristo. Tenho esse momento no coração como uma das recordações mais belas”.
A grande vida de fé de Karol Wojtyla deixou para a Igreja muitas graças e dons. Para o presidente do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, o carisma da unidade e da comunhão da Igreja são os mais importantes.
“Aquilo que os papas nos primeiros séculos faziam em Roma, o Papa fez para toda Igreja e se tornou, realmente, o centro, o elemento da comunhão de toda Igreja. Colocou-se fisicamente à disposição da Igreja e de todas as pequenas comunidades para dizer 'somos uma só Igreja, somos um povo em caminho, devemos viver na comunhão, unidos pela mesma'. Eis para mim a interpretação das suas viagens que, ainda hoje, creio, seja necessário ter presente”, ressalta.
Dom Marini recorda ainda a última vez que se encontrou com João Paulo II, dois dias antes de sua partida para o Céu. “Uma lembrança que me comove foi quando o saudei pela última vez. Na quinta-feira, ao meio dia, fui saudá-lo e no sábado estava morto. Não podia falar e para me saudar me deu a sua mão, segurou minha mão e ficamos assim, apenas nos olhando nos olhos. Essa é a recordação mais bela que tenho dele, de suas mãos que se colocaram sobre a minha cabeça no dia da minha ordenação".
João Paulo II era um Papa próximo a todos, um Papa que queria abraçar todos, um Papa movido pelo amor ao homem, pelo amor ao Evangelho e pelo anúncio da Palavra de Deus.
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"Era um celebrante exemplar da Eucaristia. Realmente, eram momentos de comoção, muitas vezes cheguei às lágrimas, vendo na África, na Ásia, toda aquela gente que celebrava com o Papa, que se aproximava dele. Vi em todo o mundo aquela que era a liturgia que o Vaticano II queria na redescoberta daquele povo, santo, sacerdotal, do povo de Deus”, destaca Dom Marini.
O Arcebispo ressalta a grande intimidade que João Paulo II tinha na oração e como ele amava os sacramentos. Era um homem que amava os sinais e não tinha vergonha de ajoelhar-se. Não se preocupava com o que os outros pudessem dizer. João Paulo II transformou a sacristia pontifícia em um lugar de oração, lá ele sempre se ajoelhava antes e depois da Missa.
Dom Marini conta que João Paulo II amava cantar e que ele o acompanhava na sacristia antes das celebrações. “Via-se também na celebração momentos de intimidade com o Senhor. Por exemplo, depois da comunhão, ele permanecia sempre absorto em oração, enquanto todos esperavam por ele”, conta.
Karol Wojtyla era um homem também de grande sensibilidade para a participação dos fiéis. Para ele, a participação dos fiéis na Missa era uma inculturação. “Era convicto, convencendo a mim também, que não era possível participar da Missa sem inculturar a liturgia, exprimindo-a em cada cultura. Assim, permanece para mim um exemplo desse Pastor sobre o qual falou o Concílio Vaticano II, que é o bispo o grande pastor do seu rebanho, sobretudo na celebração dos grandes mistérios. E ele fez todas essas viagens justamente para celebrar a Eucaristia. Era o coração de todas as viagens”, enfatiza Dom Marini.
Centenas de celebrações, dezenas de viagens apostólicas em todo o mundo. Para o Arcebispo, entre as celebrações que mais lhe marcaram está aquela realizada em Miami, quando um tornado se aproximava e eles tiveram que interromper a Missa e continuá-la num trailer.
“Lembro-me de uma Missa celebrada em Corrientes em meio a uma tempestade tropical e as pessoas estavam com água até os joelhos, tivemos que mudar o altar de lugar durante a Missa três ou quatro vezes buscando um lugar que não chovia”, conta ainda.
Outra celebração que ficou gravada na memória dele foi aquela realizada em Sarajevo, na Bósnia, onde era possível perceber o sofrimento do Papa durante a celebração. “Os tremores de frio se juntavam àqueles do mal de Parkinson”, lembra.
Dom Marini lembra ainda quando celebrou com o Papa João Paulo II no Hospital Gemelli, lugar onde ficou internado até pouco antes de sua morte. “Estava doente sob um leito. Vi, realmente, naquele momento, a participação no sacrifício de Cristo. Tenho esse momento no coração como uma das recordações mais belas”.
A grande vida de fé de Karol Wojtyla deixou para a Igreja muitas graças e dons. Para o presidente do Pontifício Comitê para os Congressos Eucarísticos Internacionais, o carisma da unidade e da comunhão da Igreja são os mais importantes.
“Aquilo que os papas nos primeiros séculos faziam em Roma, o Papa fez para toda Igreja e se tornou, realmente, o centro, o elemento da comunhão de toda Igreja. Colocou-se fisicamente à disposição da Igreja e de todas as pequenas comunidades para dizer 'somos uma só Igreja, somos um povo em caminho, devemos viver na comunhão, unidos pela mesma'. Eis para mim a interpretação das suas viagens que, ainda hoje, creio, seja necessário ter presente”, ressalta.
Dom Marini recorda ainda a última vez que se encontrou com João Paulo II, dois dias antes de sua partida para o Céu. “Uma lembrança que me comove foi quando o saudei pela última vez. Na quinta-feira, ao meio dia, fui saudá-lo e no sábado estava morto. Não podia falar e para me saudar me deu a sua mão, segurou minha mão e ficamos assim, apenas nos olhando nos olhos. Essa é a recordação mais bela que tenho dele, de suas mãos que se colocaram sobre a minha cabeça no dia da minha ordenação".
João Paulo II era um Papa próximo a todos, um Papa que queria abraçar todos, um Papa movido pelo amor ao homem, pelo amor ao Evangelho e pelo anúncio da Palavra de Deus.
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