Decisão é anunciada no dia em que UE e Otan fazem reunião para discutir crise líbia e possível criação de zona de restrição aérea
A França reconheceu nesta quinta-feira a liderança rebelde da Líbia - reunida no Conselho Nacional de Transição Interino (CNTR) - como governo legítimo do país imerso em conflito.
A decisão foi anunciada em Paris pelo gabinete do presidente Nicolas Sarkozy, um dia depois de deputados do Parlamento Europeu terem feito um apelo à União Europeia (UE) a reconhecer os rebeldes.
A alta representante para Relações Exteriores da UE, Baronesa Ashton, disse que não tinha mandato para tomar a decisão. Um enviado do CNTR busca apoio na Europa, mas diplomatas da UE ouvidos pela emissora britânica BBC disseram que precisavam compreender quem eram os líderes rebeldes, e se o grupo era verdadeiramente representativo da oposição.
O presidente do CNTR, Mustafá Abdel Jalil, renunciou ao cargo de ministro da Justiça para se unir aos rebeldes. Na quarta-feira, o governo da Líbia ofereceu uma recompensa de 500 mil dinares líbios (cerca de US$ 400 mil e R$ 663 mil) pela captura de Jalil.
Também nesta quinta-feira, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, assinou um decreto que proíbe a exportação, venda e entrega de armas de qualquer tipo para a Líbia. Munições e peças de reposição também estão na lista de itens proibidos.
No fim de fevereiro, a Rússia votou a favor de uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que impõe sanções severas ao regime do líder líbio, Muamar Kadafi, entre elas o embargo sobre a venda de armas.
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