O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que o salário mínimo será de R$545,00 a partir de 1º de fevereiro.
"Vale a partir de 1º de fevereiro," disse Mantega a jornalistas após a primeira reunião ministerial com a presidente Dilma Rousseff.
O novo valor leva em conta a correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que elevaria o mínimo para R$543,00. O governo, no entanto, optou por arredondar a soma.
Mantega afirmou também que o governo deverá editar uma medida provisória estabelecendo o cálculo, que leva em conta a inflação acumulada no ano mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB), para os reajustes do salário mínimo entre 2011 e 2015.
Na prática, a fórmula já vem sendo adotada pelo governo e, com a nova MP, o governo evita o desgaste de submeter ao Congresso, anualmente, a aprovação de um novo valor para o mínimo.
Outro ponto reivindicado pelas centrais sindicais, a correção da tabela do Imposto de Renda, não foi discutido no encontro, de acordo com Mantega.
Segundo o ministro, o eixo da reunião foi a adoção de medidas para garantir que a economia do país cresça a um ritmo superior nos próximos anos, esforço que incluirá redução de gastos públicos, incluindo os de custeio. Para isso, os ministérios foram orientados a fazer estudos de orçamento para identificar os possíveis alvos de cortes.
"Nesse período do governo Dilma, o que pretendemos fazer é consolidar esse desenvolvimento e levá-lo a um patamar mais elevado," disse Mantega. "A solidez fiscal é condição necessária para o país continuar crescendo".
De acordo com Mantega, a aceleração da inflação nos últimos meses deriva de um aumento pontual dos preços de alimentos e essa tendência pode se estender por mais algum tempo, devido aos efeitos das fortes chuvas que atingem algumas regiões do país.
No entanto, ponderou, os demais preços, como os de manufaturados e os de serviços públicos, estão sob controle.
"A inflação de 2011 será menor que a de 2010. Estamos trabalhando com 5 por cento", disse.
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