Dez pessoas morreram e ao menos 110 ficaram feridas na noite desta terça-feira (8), durante violentos confrontos religiosos no Cairo, informou o Ministério da Saúde. O diretor dos serviços de emergência do ministério, Sherif Zamel, confirmou a cifra, sem dar mais detalhes ou informar a religião das vítimas.
- O número total de feridos internados em hospitais depois da violência nos bairros de Moqattam, da Citadela e Sayeda Aisha é de 110, e dez pessoas foram mortas.
Mais cedo, um padre copta havia anunciado a morte de pelo menos seis fiéis nos enfrentamentos entre muçulmanos e cristãos coptas.
O padre Samann Ibrahim informou ainda que os corpos foram levados para o pequeno hospital da paróquia.
- Todos morreram baleados. Os feridos também foram atingidos por tiros.
Os confrontos aconteceram quando os cristãos, muito numerosos nesse bairro pobre da zona leste do Cairo, protestavam contra o incêndio de uma igreja ao sul da capital egípcia.
Os manifestantes foram atacados por muçulmanos armados, que também abriram fogo contra as casas dos cristãos.
Os incidentes começaram na última sexta-feira (4) e foram provocados pelo relacionamento amoroso entre um cristão e uma muçulmana, fato que revoltou as famílias. A briga terminou com as mortes dos dois patriarcas.
No último sábado (5), depois do funeral do pai da mulher, um grupo de muçulmanos ateou fogo à igreja da localidade.
As relações entre muçulmanos e cristãos são um tabu no Egito, onde o casamento entre as religiões só é considerado legal se o homem se converter ao Islã.
Os coptas, os cristão egípcios, representam entre 6% e 10% da população.
No último sábado (5), depois do funeral do pai da mulher, um grupo de muçulmanos ateou fogo à igreja da localidade.
As relações entre muçulmanos e cristãos são um tabu no Egito, onde o casamento entre as religiões só é considerado legal se o homem se converter ao Islã.
Os coptas, os cristão egípcios, representam entre 6% e 10% da população.
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